FLAGRADA

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Duas semanas antes do fim do trimestre, o céu clareou de repente até atingir um branco leitoso e ofuscante, e os terrenos enlameados da escola amanheceram, certo dia, cobertos de cintilante geada

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Duas semanas antes do fim do trimestre, o céu clareou de repente até atingir um branco leitoso e ofuscante, e os terrenos enlameados da escola amanheceram, certo dia, cobertos de cintilante geada. No interior do castelo, havia um rebuliço de Natal no ar. Flitwick, o professor de Feitiços, já enfeitara sua sala de aula com luzes pisca-piscas que, quando foram ver, eram fadinhas voadoras de verdade. Os alunos estavam satisfeitos discutindo planos para as férias de Natal.

- Infelizmente mamãe já disse que eu serei obrigada a ir para casa... – Disse Hydra, um dia no almoço.

- Nós também vamos para casa, talvez você possa nos visitar! – Disse Fred comendo uma asa de frango.

- Eu vou amar, pode deixar que vou bolar um plano para poder visitar você pelo menos um dia – Disse ela sorrindo para os gêmeos.

- Esse ano eu também irei, na verdade eu só fiquei ano passado por você... – Disse Olívio deixando Hydra vermelha.

- Onde você mora afinal? Acho que nunca perguntei isso. – Disse Hydra como sempre mudando de assunto quando a incomodava.

- Escócia na região das montanhas, apesar de eu ter nascido em Glasgow, acho que você iria gostar... – Disse ele bebendo um pouco suco de abóbora.

- Também acho que sim, quem sabe um dia eu não visito lá também! – Disse Hydra, sorrindo para o rapaz.

- Está mais do que convidada – Disse Wood -, se quiser vir nesse Natal, eu poderia te mostrar as montanhas, são lindas...

- Obrigado, Wood, nós todos amamos o convite que você tão gentilmente fez para todos e não só para a Hydra, não é mesmo? – Perguntou Jorge, querendo implicar com o rapaz, que corava.

- É claro que vocês todos estão convidados, nem precisava dizer isso... – Corrigiu Olívio.

- Claro, nós sabemos que sim! – Disse Fred, fazendo os amigos rirem.

Peter olhava da mesa da Corvinal, ele andava irritado com a demora de Hydra para assumir o romance dos dois e Hydra sabia que ele tinha toda a razão de se sentir assim.

- Hydra, eu vou esperar somente até o Natal, não estou fazendo nada de errado para ter que me esconder assim! – Disse Peter enquanto os dois estavam em uma sala vazia uma noite depois do jantar. Ele parecia realmente irritado.

- Eu sei, eu prometo que eu vou contar... – Hydra tentou acariciar seu rosto, mas ele se afastou.

- Não Hydra, você já me prometeu isso diversas vezes... – Ele tinha os olhos meio fechados, da forma quando ficava quando estava com raiva ou pensativo – Eu estou falando sério, eu sei que o principal é estar com você, mas qual é o problema, você tem vergonha de mim? – Disse ele olhando em seus olhos.

- Você está brincando? – Disse ela incrédula – Dez em cada dez meninas de Hogwarts queriam estar com você, eu já ouvi várias meninas falando sobre isso e tinha uma do segundo ano que até estava lendo um dia na biblioteca como fazer uma poção do amor para te dar, fora as mais velhas...

O Primo Perdido - Livro 2  Onde histórias criam vida. Descubra agora