PIRATA INVADE UM SEGUNDO BAILE

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CAPÍTULO UM

Killian está consciente que sua incompetência em consertar a adaga pode ser facilmente consertada. Smee o lembra disso diversas vezes. Ele pode simplesmente invadir o castelo e roubar a adaga, mas...

Mas, então ele não verá a princesa novamente.

E é aí que está: ele quer vê-la novamente.

Então, ele inventa a Smee a desculpa sem pé nem cabeça de que prefere tentar roubar a adaga novamente no próximo baile e leva a tripulação do Jolly Roger para pilhar navios em reinos vizinhos.

Quatro meses depois, um novo baile ocorre.

Killian aparece.

Quando a princesa entra no salão do castelo, ele praticamente para de respirar. Ela era mais deslumbrante do que ele se lembrava.

Ela também o nota e, mesmo tendo de dançar com todos os príncipes, duques, barões, condes e outros membros da nobreza que seus pais a mandavam cortejar, ela não para de olhar na direção de Killian, sem sucesso algum em disfarçar.

Isso fazia um bem danado ao ego dele.

Trezentos anos e ainda estava podendo.

Quando os engomadinhos se dissiparam e a princesa se encontrou sozinha, Killian se aproximou dela. E a adaga?, sua mente indaga. Por que seu inconsciente quer perder tempo com a princesinha quando podia muito mais gasta-lo indo atrás da adaga?

Porém, basta a Emma sorrir ao vê-lo e todos os pensamentos sobre a adaga lhe saem da mente.

— "Príncipe" Charles. — ela diz o cumprimentando. Killian se curva em reverência.

Princesa Emma... O que me diz de uma dança? — Emma sorri levemente com um brilho no olhar.

— Eu adoraria. — ela diz aceitando a mão de madeira dele para si mesma. Enquanto eles dançavam próximos, Emma sussurra: — Suponho que o fato de eu estar te vendo novamente significa que você não roubou o que queria, estou certa?

— Está. — diz Killian sem tirar os olhos dela. Emma suspira com uma certa indignação. Uma parte dela queria que o belo rapaz que ela tanto havia sonhado nos últimos quatro meses tivesse vindo ao baile por ela ou talvez tivesse se arrependido de roubar e estivesse devolvendo o objeto em questão (para depois corteja-la). Papai estava certo, pensa Emma. Esses romances que mamãe tanto lê só causam ilusão.

— O que é que você tanto quer roubar? — ela pergunta levemente irritada.

— Tem um demônio que eu desejo matar há... Muito tempo. Ele me tomou a pessoa mais importante da minha vida. Não posso deixa-lo sair impune. Preciso mata-lo. — As sobrancelhas de Emma se juntam e depois se separam erguendo conforme Killian foi se explicando.

— Você quer mata-lo... — Emma respira fundo e Killian jura ouvir uma certa decepção em sua voz. — Você é um vilão. — Killian assente, ainda sem tirar os olhos dela.

— Aye. E um dos grandes. Acho que você já deve ter ouvido falar de mim. — Emma franze o cenho sem entender. Outra música começa, mas eles continuam dançando. — Capitão Gancho. — Emma congela na hora. Seu queixo e sobrancelhas se levantam, seus olhos arregalam e sua respiração para.

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