PIRATA REALMENTE NÃO CONCORDA

212 21 55
                                    

Capítulo dezoito

— Vocês estão de sacanagem com a minha cara, certo? — pergunta Killian, porém ele é ignorado.

— Como assim "Rumplestilskin"? — pergunta Emma de cenho franzido. Ela não entende como ele seria uma carta na manga e ainda mais como a Rainha Má não o teria se ele estava preso no castelo dos pais dela.

— No meio da muvuca de quando a Rainha Má havia chegado, eu me apressei para pegar a adaga e ordenei que o Sombrio fosse para um lugar onde a Rainha Má jamais o encontrasse. — diz Klaus coçando atrás de sua orelha, como se estivesse nervoso com os olhares surpresos e admirados pela sua audácia recebidos de Killian e Emma. Tirando a adaga de dentro de sua bainha, ele acrescenta: — Ela não sabe que a adaga está em minhas mãos. Quando ela pediu para que viesse o Sombrio, seu antigo mestre, eu menti para ela e disse que você fugiu com a ajuda do mesmo.

— Que ideia brilhante, Klaus! — exclama Emma com um sorriso no rosto. Killian olha para a adaga com um certo medo e receio. Ele trinca seu queixo. Não confia a si mesmo perto dessa arma. Ele sente uma grande vontade de toma-la das mãos maricas e incertas de Klaus, invocar o sombrio e mata-lo. Mas, ele olha para Emma e sabe que não deve. Olhando mais precisamente para a barriga dela, sabe que não pode porque se ele fizesse colocaria tudo a perder.

— Obrigado, majestade. — puxando Emma pelo braço para que eles conversem mais a sós Killian diz:

— Eu realmente não gosto dessa ideia, Emma. — Emma suspira. Não esperava reação diferente de seu marido. — Enfrentar a maior inimiga de seus pais num estado tão frágil quanto agora e lidar com meu maior inimigo, a criatura mais sombria e maligna de todos os reinos? Não, não. Não posso permitir isso.

— Killian... Que escolha eu tenho? Nasci para reinar. Não posso deixar que ela tome isso de mim. Ela já me tomou meus pais... Foi tolice da minha parte pensar que eu poderia viver ignorando o que é meu por direito. — Killian inclina a cabeça compreensivo.

— Eu entendo isso. Respeito também. Se é isso o que quer, meu amor, eu te darei. Te ajudarei a conquistar de volta seu reino. Porém, não acho que agora seja a hora ideal... Por a si mesma em risco no seu atual estad- Por a si mesma em risco enquanto carrega nosso filho... Não poderíamos esperar pelo seu nascimento? — Emma pressionou seus lábios um contra o outro.

— O que você me pede é compreensível. Façamos o seguinte: eu vou atrás de Regina após já ter dado a luz, porém até lá me preparo para o combate que ocorrerá entre nós duas. Você sabe que eu não tenho treino algum para minha magia; Rumplestilskin pode me ajudar com isso. — Killian franziu e lambeu seus lábios.

— Não acho que convocar aquela besta fera seja a solução... Tudo o que ele faz são acordos que no final só beneficiam a ele.

— Mas, tendo Rumplestilskin treinado a Rainha Má, seria ideal que ele me ensinasse todos os truques que ensinou a ela.

— A questão é qual o preço que ele cobrará por isso?

— Seja qual for o preço, eu estou disposta a pagar. — Killian encara Emma, porém não diz nada. Teme tanto as palavras que ela disse... Porém, não tem jeito; sua esposa é teimosa feito uma mula e agora que esses malditos generais lhe colocaram na cabeça que ela precisa de seu reino de volta, nada a fará mudar de ideia.

— Não fale com ele longe da minha presença... Não sei o que faria se ele... — Killian nem mesmo completa sua frase. Emma se aproxima dele e acaricia seu braço, confortando-o.

Coroas e NaviosOnde histórias criam vida. Descubra agora