PRINCESA É ENCONTRADA POR PIRATA

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CAPÍTULO OITO

É incrível como que a sua vida pode mudar assim do nada.

Antes quando pensava em piratas tudo o que Emma imaginava era seu amado Killian, um homem complexo, mas apaixonante belo por dentro e por fora, por mais que fosse um vilão, por mais que fosse o terrível Capitão Gancho. Ela pensava na resposta que ele daria a sua carta, no beijo que ele a daria em vê-la, no quão cavalheiro que ele seria, nunca a pressionando por mais nada.

Agora ela pensava em homens brutos e assustadores, com facas, armas e canhões invadindo o navio no calar da noite para matar civis e guardas inocentes. Ela pensava em como que aqueles monstros podiam sequer dormir durante a noite.

Também ainda pensava nele, em seu amado, com uma pontinha de esperança de achar que ele viria em seu resgate. Toda vez que o navio atracava num porto, ela desejava que a parada na verdade fosse ele vindo salva-la. Mas, Emma já estava perdendo as esperanças.

Começou a perder na verdade quando não conseguiu defender o navio. Ao ver que estavam sendo atacados, a princesa Emma rapidamente pegou a espada e foi a luta, mas eram homens demais e ela foi eventualmente imobilizada. Naquele momento ela desejou ter se empenhado mais nas aulas de esgrima, por mais que fosse uma ótima aluna... Pelo jeito não havia sido boa o suficiente.

A sorte dela era que não havia sido torturada. Tirando a sua fome de estar sendo mal alimentada e o seu fedor de não poder tomar banho ou vestir uma roupa diferente do mesmo vestido vermelho sujo que ela usa há semanas, não estava sofrendo nada. O capitão disse repetidamente aos marujos que tinham de mantê-la intacta para quem quer que tenha os contratado para sequestra-la. Mesmo assim, ela apenas queria que aquilo acabasse e que ela pudesse abraçar seus pais novamente.

Só de pensar nisso, lágrimas quentes descem de seu delicado rosto. Ela sentia tanta saudade de casa!

Numa noite bem quieta na qual tudo que Emma podia ouvir eram as ondas do oceano, suas preces foram atendidas.

No início, não parecia ser nada de mais. Ela ouviu um movimento estranho das águas, mas não se deu conta que era um navio se aproximando de fininho. Mas, ao ouvir os gritos e tiros ela se deu conta que era uma invasão.

Ai, meu Deus!, pensou ela em desespero. O navio de piratas que me sequestraram está sendo atacado! E agora? Uma parte dela não podia deixar de pensar no quão "sortuda" ela era. Naquele momento ela achou que não tinha como as coisas piorarem. Mas, então ela decidiu ser trouxa por um instante e acreditar que quem estava atacando o navio era Gancho.

E pior que seu lado trouxa estava certo.

— Emma? Emma?! EMMA! — ela ouviu a voz de Gancho procurando pelo calabouço do navio lá em cima no convés.

— Killian? KILLIAN! KILLIAN JONES! — ela gritou com todas as suas forças, porém ainda estava fraca. Nesta hora a porta do calabouço foi arrombada por um chute forte da bota de Killian que entrou e usou seu gancho para abrir a fechadura da cela de Emma.

Ele a pegou no colo e a carregou para seu navio gritando ordens que Emma não se deu o trabalho de ouvir. Algo como "Smee, sabe o que fazer!", mas Emma não tinha certeza. Ela estava fraca de fome, de sede, de sono por uma cama de verdade... Estava meio delirante até, ela imagina ter apagado.

Quando se deu conta, estava deitada numa cama de cabine de navio com Killian a olhando esperançosamente. Um sorriso de alívio se passou em seu rosto.

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