PIRATA MAGOA PRINCESA

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Capítulo catorze

— Eu deveria. — concorda Killian em choque a soltando. — Eu deveria ter aberto sua carta... — ele diz ainda não acreditando. Tantas informações... — Emma... — ele diz para a amada que se vira para ele. A raiva que havia no rosto de Emma se esvazia ao ver o arrependimento do mesmo. Ele cometeu erros. Gravíssimos. Porém, quem não comete? E ele havia voltado não havia?

Cala a boca, Emma, o pingo de orgulho que havia dentro de Emma falou em sua mente. Não seja ingênua, não perdoe assim tão fácil. Lembre-se do que isso te levou.

Ah, ela se lembrava.

Parecia que havia sido ontem que ela havia ajudado com magia que Killian escapasse da fúria de seus pais.

Na mesma noite, Branca e Encantado convocaram Emma para que tivessem uma conversinha a sós nos aposentos reais.

— Certo, mocinha... — diz Branca a encarando firme. Emma não olha nos olhos da mãe, porém não sente a menor vergonha de suas ações. — O que foi isso?

— Isso o que?

— Isso.

— Isso o quê?

— Isso! — berrou seu pai, dirigindo-se a filha pela primeira vez desde que descobrira que ela não era mais pura. Sentindo medo, Emma se encolheu e deixou de gracinhas. — Ajudando aquele pirata, aquele vilão a fugir depois de lhe trazer tamanha desonra!

— Ele não é o que você pensa, papai! Eu que ofereci, eu o amo! — Branca piscou os olhos, mesmo de cenho franzido. Não conseguia acreditar no que Emma falava. Aquela era mesmo sua filha? Era assim que ela soava quando era mais nova? Tão tola e... apaixonada?

Agora, me lembro, Branca se deu conta. Agora me lembro de onde eu havia visto o capitão antes.

Príncipe Charles.

Ele a conhecia antes de salva-la.

Talvez ele realmente ame minha filha, concluiu Branca.

— Ele claramente lhe ludibriou e seduziu, minha filha! Um homem daqueles... — exclamou Encantado. Branca olhou para ele irritada.

— Também não é assim, nossa filha não é um objeto controlado por um homem. Ela é capaz de tomar decisões!

— Obrigada, mãe! — Encantado bufou.

— Decisões bem burras, devo dizer. — o rei cruzou os braços.

— E desde quando o amor é burro, papai?

— Desde que impede meus guardas de seguir minhas ordens e destrói todas as caravelas reais com sua magia descontrolada! — exclama Encantado e Branca ri do jeito que ele fala, mesmo sabendo que a situação é séria e tensa.

— Como você mesmo disse, papai, des-con-tro-la-da. Eu estava nervosa. Não queria que machucassem ou jogassem meu Killian numa masmorra-

— "Meu Killian"... — bufou Encantado esfregando suas mãos no rosto.

— -mas, se você jurar não persegui-lo e deixa-lo entrar no reino em paz para que dermos prosseguimento ao nosso relacionamento. — Encantado a encarou estupefato.

Coroas e NaviosOnde histórias criam vida. Descubra agora