Coroas e Navios

PRINCESA FOGE COM PIRATA

Capítulo quinze

— A Rainha Má? Como assim, Killian? Ela foi exilada para outro reino antes mesmo de eu nascer! — perguntou Emma se afastando da porta e questionando Killian.

— Bem, agora ela está de volta. Não sei como, mas assim que fiquei sabendo vim correndo lhe salvar. — Emma o encara confusa e sem entender.

— Me salvar? Não, Killian! Meus pais, eles... Eles vão lutar pelo reino! Não podemos deixar a Rainha Má tomar o poder, ela é uma tirana! — Gancho pega Emma pelos pulsos com sua mão boa e afirma:

— Primeiro a sua segurança, depois o reino. Vamos! — ele a puxa pelo castelo a fora fugindo. Nervosa, Emma o segue, mas ao perceber que ele está indo pela saída dos fundos do castelo que não passa pelo salão principal clama:

— Por favor, se for pra fugir que salvemos também os meus pais! — Killian bufa. Obviamente sabe que isso só complica a fuga, mas o que ele não faria por sua amada?

— Está bem, saia pelos fundos que eu os levo até o Jolly Roger. — Emma negou.

— Não, eu vou com você até eles.

— Emma, não! Você não vai, é perigoso, você es-

— Eu vou. — Emma afirmou teimosa batendo o pé no chão. Killian bufou. Não havia convencimento. A verdade era que ele queria poupa-la não só do perigo como também do sofrimento de talvez ser tarde demais.

Caos e destruição aumentam conforme eles se aproximam do salão. Os guardas corriam pra todos os lados defendendo pessoas e lutando contra os mercenários e piratas. Nobres corriam em pânico procurando se salvar e não pisar em cadáveres no chão. E no centro disso tudo, a Rainha Má ria malignamente sentindo-se, em fim, vitoriosa ao ver o sofrimento estampado no rosto de Branca de Neve enquanto a mesma chorava sob o corpo de seu amado Encantado que estava caído no chão morto e sanguinolento.

Emma demorou a aceitar o que acontecia diante de seus olhos. Mesmo com Killian a chamando para aproveitar a confusão e fugir, ela não ouvia. Ela apenas olhava, olhava e olhava, sem crer que aquilo que ela avistava fosse real. Seus olhos percorriam o salão inteiro, torcendo para que não passasse de uma ilusão, de uma mentira. Que se ela piscasse os olhos tudo faria sentido de novo e aquilo não passaria de um horroroso sonho, de um terrível pesadelo. Que ela piscaria os olhos e tudo ficaria bem.

Mas, invés disso, quando ela piscou os olhos tudo o que vira foi Regina arrancando o coração de sua mãe o esmagando bem em sua frente.

Naquele momento, Emma soltou um grito que se perdeu como um sussurro em meio a todo aquele caos. Ela permaneceu parada, travada, sem acreditar.

Killian vendo ser inútil convence-la de andar e fugir dali (com toda razão) a pegou em seu colo e saiu do correndo para os fundos.

E sem serem vistos, zarparam no Jolly Roger às pressas, deixando toda aquela confusão para trás.

00000

Emma passou a noite inteira estática.

Era assustador para Killian vê-la assim, mas ele estava com medo de quebra-la. Não sabia muito sobre gravidez e de carregar um filho em seu ventre, mas sabia que mulheres nesse estado não deviam passar por estresse ou sofrer qualquer tipo de pressão.