Capítulo 5

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Anastásia se espreguiça na cama, sente seus membros doloridos, sorri ao se lembrar que depois da primeira vez que ficaram juntos, Amadeo teve ainda folego para mais duas rodadas, uma no chuveiro e outra na cama, antes de dormirem , agarrados de conchinha.

Olha em redor do quarto e ele não está, se pergunta onde ele está.

Levanta-se, veste a camisa dele que estava em uma cadeira, sorri em ver que ela virou um vestido nela, e sai do quarto a procura dele.

Passa pelo ateliê, mas ele não está lá, mas algo chama sua atenção, uma tela coberta, tem vontade de descobri-la, saber o que ele está pintando, mas resiste à vontade, sabe que nenhum artista gosta de expor uma obra inacabada. Sorri e vai para a cozinha.

Mas ele também não está lá, começa a sentir medo, e se ele a trancou ali? Não, ela pensa que é muito devaneio da parte dela. Volta para o quarto pensando em pegar as chaves do apartamento dela e ir para lá, aí é que ela vê um bilhete em cima da mesinha, ao lado da cama:

"Volto logo, minha Bela, fui buscar nosso café."

Ela sorri enquanto lê, se sente aliviada.

Vai para o banheiro, o usa, lava o rosto dá um jeito nos cabelos, sente que precisa escovar os dentes, olha para a escova dele, não resiste e a usa.

Estava saindo do banheiro, quando escuta a porta se abrir, vai até a sala e o vê entrando com bandeja de café de um Fast food.

- Bom dia.- ele lhe dá um beijo rápido.- desculpe, na próxima me preparo melhor para recebe-la.

- Tudo bem, mas se tivesse falado, teríamos ido para meu apartamento.

- Não quero você na cozinha.- ele fala colocando a bandeja em cima da mesa.- trouxe café com leite, suco, pães e torradas, tudo bem?

- Está ótimo.- fala se sentando.

Ele se senta também, passando o copo de café para ela.

Anastásia começa a comer, não pensava que estava com tanta fome.

- Que tal passearmos pelo museu de Seattle, sempre tive vontade de ir lá, mas não tive oportunidade.

- Vamos sim, já fui muitas vezes lá, adorarei ser sua guia.

Ele sorri, parece feliz, Anastásia também se sente feliz, como nunca esteve.

Depois de tomarem café, e mais uma rodada de sexo, eles se arrumam e vão para o museu, no carro de Amadeo, que jura que nunca mais vai andar no carro de Anastásia que ri muito com isso.

Depois de passearem muito pelo Museu, almoçarem em um restaurante que servia frutos do mar, o Athenian, dentro do Market Pike Place.

- Sabe um lugar que gostaria de conhecer?- Amadeo fala tomando o resto de sua cerveja.

- Qual?- Anastásia pergunta, vendo que tiraram o dia para fazer turismo.

- O Deck de observação do Space Needle, você conhece?

- Não. - ela fala sem coragem de dizer que o lugar não é tão acessível para ela.

- Que tal um passeio até lá?

- Pode ser.

E agora estão ali, a cento e oitenta e quatro metros de altura, tendo Seattle aos seus pés, observando e tirando fotos, e felizes.

- Isso é lindo.- Amadeo fala abraçado as costas de Anastásia, que encosta a cabeça no peito dele, achando esse o melhor lugar do mundo.

- Você nunca tinha vindo para Seattle?

- Algumas vezes, mas era mais para fechar algum negócio. Dificilmente tinha tempo para passear.

- Agora tem.- ela fala sorrindo.

- Sim, tenho tempo e companhia.- beija o rosto dela.- a melhor do mundo.

- Gosto da sua também.- ela confessa.

- Você é a melhor mulher que já conheci, Ana.- Amadeo fala beijando os cabelos dela.- estou tão envolvido com você, não imagina o quanto.- Ela estremece e ele a aperta contra si.- não tenha medo de mim, por favor.

- Não é de você, Amadeo, e sim de mim.- ela confessa, se virando para ele e acariciando o rosto dele.- sou eu.

- O que ele fez para você? Por que ele te deixou assim, tão arredia em relação às pessoas?- Amadeo pergunta, a abraçando e segurando seu queixo.

Anastásia não sabe se é bom falar, desenterrar certas coisas, mas acha que já está na hora, nunca se abriu com ninguém, quem sabe se abrindo com ele, não é um começo para esquecer tudo e começar do zero? Toma uma respiração profunda e começa:

- Namoramos durante anos, ele foi meu primeiro namorado, meu primeiro, mas só começamos isso depois de muito tempo, e quando começamos, não era como ele queria, eu não era como ele queria, e me acusava por isso, - ela fecha os olhos, ele os beija, ela sorri triste com isso, cada vez mais gosta dessa caricia.- o que tive com você, ontem, nunca tive com ele, e então depois que terminamos, quer dizer ele terminou comigo, por motivos óbvios, me fechei e nunca tive nada com mais ninguém, então apareceu você.- ela acaricia o rosto dele, ele sorri.- não resisti a você, Amadeo.- agora é a vez dele sorrir e acariciar o rosto dela, a puxando para si, ela vai sem reservas, se sente leve, ter se aberto para ele lhe fez realmente bem.

Ele termina o beijo, a abraça forte e beija os olhos dela várias vezes.

- Nunca vou fazer com você, o que ele fez, Ana, vou sempre cuidar de você, seu prazer será sempre em primeiro lugar para mim, seu bem estar será sempre em primeiro lugar.

- Obrigada.- fala com sinceridade.

- Tem mais uma coisa.- ela o encara intrigada, ele parece escolher as palavras.- segura o rosto dela com uma das mãos.- estou apaixonado por você.

- Por favor, Amadeo.- ela fala suspirando forte, acha muito cedo para isso.

- Tudo bem, sei que você acha cedo, mas eu não, como te disse, fui sempre um galinha, mas com você acabei conhecendo o amor, a vontade de estar perto, de querer ser feliz e fazer a pessoa feliz. Não fale nada, só me deixe te amar e ensina-la a me amar, por favor.

Ela continua a encara-lo, se sente tão bem ao lado dele, sabe que será fácil para ela se apaixonar por ele também, então o abraça, se esconde no peito dele e murmura:

- Sim, vou deixar você me amar e me ensinar a te amar.

- Prometo que você não vai se arrepender, eu juro.- Amadeo fala acariciando os cabelos dela. E ela dentro de si, torce para que não se arrependa mesmo.

50 Tons de Libertação e Amor - Primeira TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora