Capítulo 21

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- Tem certeza que está pronta para voltar para sua casa?- Kate pergunta, enquanto Anastásia acaba de se vestir, já fazia dois dias que ela estava ali na casa de Kate, mas não via a hora de voltar para sua casa, poder se enrolar em um cobertor e hibernar até a dor do seu coração passar, coisa que ela achava quase impossível de acontecer, então resolveu ir para a casa dos pais.

- Vou, Kate, preciso retomar minha vida, me refazer, talvez vá para Nova Iorque, ficar uns dias com meus pais, preciso do colo de minha mãe nesse momento. Queria te pedir uns dias.

- Tudo bem, tire o resto dessa semana e a outra também, você está mesmo precisando de umas férias.

- O Taxi chegou.- Elliot grita do corredor.

- Já vamos.- Kate fala.

Anastásia pega sua bolsa e abraça a amiga.

- Obrigada por tudo.- fala beijando o rosto de Kate.

- Tudo bem, te falei que sempre estaria aqui para você.

- Eu sei.

Despede-se de Elliot e pega o taxi, liga seu celular, que esteve desligado nos últimos dias, não quer saber de ficar dando explicações para Grace ou Mia, que ele se resolva com a família dele. Conversa com a mãe, diz que iria chegar em casa, comprar as passagens e talvez chegasse no dia seguinte, lógico que sua mãe deu pulos de alegria ao ouvir isso.

Desliga o aparelho, pensando em só liga-lo quando voltar para Seattle, quanto menos contato com eles melhor.

E foi assim que Anastásia desceu do Taxi em frente a casa de sua mãe, ela a recebeu.

- Meu bebê, como você está magra e abatida.- Carla fala acariciando o rosto da filha.- você está doente ou isso é algum namorado que tem tirado sua beleza?

- Por favor, mãe nem um nem outro, estou apenas cansada de trabalhar.

- Kate é uma carrasca mesmo.

- Mãe, menos, Kate é a melhor chefe que alguém pode ter, tanto que me deu quinze dias de férias sem descontos em folha.

- Menos mal, vamos que seu pai vai sair mais cedo para nos acompanhar no almoço.

Anastásia sorri, vê que realmente estava precisando disso, da animação da mãe, do carinho dela. Chega a conclusão que vai voltar renovada para Seattle, só não sabia se iria conseguir esquecer Christian, de esquecer o sabor de seus beijos, dos momentos que viveu com ele.

A casa dos pais de Anastásia ficava em um lugar privilegiado de Nova Iorque, a poucos metros do Central Park, então Anastásia e sua mãe todos os dias a tarde saiam para um passeio, tal como faziam quando ela era criança, e Anastásia em um desses passeios, acabou contando sobre Christian, lógico escondendo os detalhes, mas desabafar com a mãe foi libertador.

No domingo, Carla estava com dor de cabeça e não quis sair, sem contar que estava muito frio, mas Anastásia não se incomodou com isso, vestiu seu casaco, suas botas e uma boina, e foi para seu passeio costumeiro.

Andou pouco tempo até o Central Park, e se dirigiu para o banco em que ela e a mãe sempre sentavam, perto de um Playground, como a mãe não tinha ido, levará um livro e assim que se senta começa a ler.

Mais um hábito que resgatará, isso a fazia se esquecer um pouco de Christian.

Depois de um tempo lendo,  resolve ir embora, mas antes passar em uma cafeteria ali próximo, onde serviam um bolo de chocolate com calda de frutas vermelhas que ela amava, ia se levantando, quando vê alguém se aproximando, prende a respiração quando levanta o olhar e o vê parado a metros de distância dela, seu coração para de bater e volta descompassado, olha para o rosto dele e vê aquele olhar longe e frio tão já conhecido, tem vontade de correr dali, mas ele a prende com o olhar como sempre, sente raiva dele por fazer isso, dela por se deixar prender a ele.

50 Tons de Libertação e Amor - Primeira TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora