Capítulo 9 - Max

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-Victoria! - Matthew disse quando eu enfim abri a porta.

Passei pelo menos quinze minutos trancada no quarto, arrumando minha mala enquanto Matthew insistentemente batia na porta pedindo por uma chance pra se explicar. Passei por ele sem olhá-lo e, com certa dificuldade, desci minha mala.

-Aonde vai querida? - Marilyn perguntou me olhando.

-Pra casa. Me desculpe, Marilyn, eu preciso mesmo ir. Tive uma emergência e não vou poder ficar...

-VICTORIA! - Matthew desceu correndo. Ignorei-o.

-Obrigada por tudo. Foi um ótimo fim de semana. - Abracei a mais velha que me deu um sorriso triste de entendimento, logo lançando um olhar repreendedor ao filho.

-Quer que eu te leve? - John ofereceu-se.

-Não precisa. Já chamei um táxi, deve chegar a qualquer instante. - Expliquei e ele também me abraçou carinhosamente.

-Espero que volte mais vezes, Vicky. - Laura sorriu e eu tentei fazer o mesmo sendo abraçada por ela enquanto Marilyn dava uma bronca sussurrada em Matthew.

A buzina do táxi soou do lado de fora da casa e, com a ajuda de John, eu levei minha bagagem até o carro.

-Me desculpa pelo Matthew. - O homem suspirou. - Não sei o que houve, mas não quero que fique um sentimento ruim com a nossa família.

-Tudo bem, John. - Sorri. - Vai ficar tudo bem.

-Assim espero. - Abraçou-me fraternalmente. - Se cuide Victoria.

Entrei no táxi e logo ele arrancou. Matthew observava o carro ir embora com tristeza no olhar. Eu apenas precisava de um tempo pra mim.

Não muito depois, o carro chegou ao aeroporto. Paguei o motorista e segui para uma cafeteira ali. Minha barriga implorava por comida e minha cabeça por atenção. Comprei um bolo e um chocolate quente, sentei numa mesa mais ao fundo e liguei para Kirsten.

-Oi, não posso atender no momento, deixe seu recado e eu ligo quando puder.

-Você me paga Kirsten! - Resmunguei e liguei para Valentina que atendeu no segundo toque.

-Olá Victoria, lembrou que tem um irmã mais velha?

-Exagerada! Te liguei sexta a noite!

-Eu sei, só estou pegando no seu pé. - Riu fraco. - Seja como for, não tenho tempo pra falar agora. Tô num ensaio pra nova peça que eu vou estrelar.

-Ah... Tudo bem, Tina. Então depois nos falamos. Boa sorte, ou como dizem aí, muita merda. - Sorri fraco.

-Muito obrigada maninha. Au revoir. - Disse e desligou.

Tentei ligar para AJ em seguida, mas também deu caixa postal. Droga! Eu definitivamente preciso de mais amigas. Se eu não passasse 90% do meu tempo com o idiota do Matthew com certeza eu não estaria nessa agora.

Suapirei frustrada e peguei minha bolsa. Precisava de mais doces. Mexi na bolsa em busca de alguns trocados pro chocolate e então achei um cartão, branco e simples. Um nome, empresa e número. Max.

"Se precisar de ajuda pra procurar por seus amigos em aeroportos, de uma casa, ou apenas conversar, me ligue." - Sua voz ecoou em minha mente.

Eu estava na dúvida se deveria ligar. Eu nem sequer o conhecia... Mas ele é homem, talvez possa ajudar, afinal, sem chance de ligar pra Shemar, ele falaria com Gubler antes mesmo de desligar o telefone. Não creio que consiga falar com Mandy, Thomas ou Joe então...
Ah que merda! Essa guerra interna em mim só aumentava minha agonia. Eu precisava ligar.
Disquei o número e esperei. Uma chamada. Duas...

Backstage | Matthew Gray Gubler (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora