Capítulo 28 - Pontos (Parte 2)

713 68 16
                                    

-Querendo comprar pontos com comida, Gubler? Isso é contra as regras. - Brinquei quando Matthew estacionou em frente a uma sorveteria.

-Não quero comprar pontos. Você me deve sorvetes, esqueceu? - Retrucou.

-Não esqueci. Mas vai perder pontos pela petulância. - Falei quando ele, novamente, abriu a porta do meu lado me dando a mão para que eu descesse.

-Ao invés de tirar pontos porque não trocar meus sorvetes por mais pontos? - Propôs.

-Tá bom, mais 5 pontos pêlos sorvetes. Ainda faltam 45 pro seu prêmio.

-Não chamaria de prêmio.

-Então chamaria de que? - Indaguei.

-Destino, futuro, fato, felizes pra sempre… coisas assim. - Disse como se fosse coisa corriqueira.

-Ah, claro. - Respondi disfarçando minha momentânea timidez.

-Minha encomenda, por favor. Sr. Gubler. - Disse para a atendente que logo lhe entregou uma caixa térmica. - Obrigado.

-O que tem aí? - Perguntei.

-Uma cabeça de cabra! - Ironizou. - Estamos numa sorveteria, Vicky, o que mais teria?

-Nossa, depois eu sou a ignorante.

-Depois eu sou o lerdo, né? - Riu me puxando para perto. Depositou um beijo em minha cabeça e entrelaçou nossos dedos novamente.

-Você tá muito misterioso hoje, Matthew. Quando vou descobrir os tais assuntos que você estava tratando?

-Até o fim do encontro, prometo! Agora vamos porque o melhor está por vir.

Entramos novamente no carro e seguimos caminho.

Eu me sentia tão bem. Era como se nada no mundo pudesse nos afetar. Acho que o amor é assim. Te deixa tão bobo com tudo que você não percebe as coisas à sua volta. Toda vez que eu olhava para ele sentia como se mil borboletas estivessem batendo asas em meu estômago causando cócegas. Todas as vezes que ele me tocava eu me sentia aquecida e protegida. Toda vez que nos beijávamos eu me sentia flutuando numa nuvem macia e confortável e a adrenalina de estar tão alto fazia meu coração acelerar e minha respiração falhar. Eu nunca sentira aquilo. Era um misto de emoções que eu não entendia, mas adorava cada momento.

Perdida em pensamentos não percebi quando Matt entrou no estacionamento do meu prédio.

-Ué, mas já acabou?

-Eu disse que o melhor estava por vir, não disse?

-Não pense que nós vamos…

-Vicky, não estou falando de sexo. Pare de me questionar e vem. - Disse calmamente.

Seguimos até o elevador onde Matthew apertou o botão que nos levaria ao terraço.

-O que você tá aprontando, Gubler?

-Antes de chegarmos lá em cima eu preciso que você coloque isso. - Me entregou uma venda e eu recuei. - Confia em mim, só dessa vez. - Sorriu gentil.

-Só se você me contar…

-Eu conto tudo depois que você colocar a venda. - Disse ele visivelmente ansioso. Vesti a venda e então ele me virou para a porta do elevador. Assim que a porta se abriu ele me guiou pela cintura para fora. - Lembra quando eu te liguei e pedi para que você descesse? Bom… Eu já tava aqui há algum tempo. Mas sabe, eu tive que subornar o porteiro,  convencer o síndico liberar o terraço pra mim com algumas dezenas de pratas, arrumar pra deixar o clima romântico… Enfim. Muitos assuntos a resolver.

Backstage | Matthew Gray Gubler (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora