Capítulo XXXIII

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1 mês depois...

Hoje é o dia do julgamento, eu irei depôr... Meus pais estão aqui, eu não sei o que fazer, não posso deixar que prendam o Hazza.

-Bia, vamos, está na hora.
-Já vou, Niall.

Seguimos até a sala do julgamento, uma semana depois que foram presos, a Alexia suicidou-se no banheiro da prisão, então resta apenas julgar o Harry. Ele estava lá, naquela sala, sentado como réu, estava bem vestido como sempre. O liberaram de ir para casa um dia antes do evento e eu fui levada para a casa de Niall.

O cabelo penteado para trás, camisa social preta, o terno cinza, o colar com um crucifixo, estava lindo... Mas eu não podia abraçá-lo e a culpa era minha, oh Deus, a saudade que eu estou do cheiro desse homem.

-Bom Dia, damos agora início ao julgamento do senhor Harry Edward Styles, julgado pelo sequestro e maus tratos à intercambista Beatriz Coutinho.

E começou tudo, o juiz leu o caso, os advogados deporam, tiveram as testemunhas e em seguida, o que ele tinha a falar e depois eu. Foi o momento mais doloroso entre nós dois, sua liberdade e carreira, estavam em minhas mãos.

-Por favor, senhorita Beatriz Coutinho, seu depoimento. -levantei e sentei na cadeira de frente ao juiz.
-Precisamos que conte tudo o que passou enquanto estava sob a guarda de Harry Edward Styles.
-Bom, no começo era tudo bem normal, ele me levava para a escola e ia trabalhar, de lá me buscava e íamos para casa. Mas teve um dia em que ele avisou que não iria me buscar, pois tinham uns trabalhos e ele sairia muito tarde, apenas concordei e fui para casa, um carro me seguia, até que parou ao meu lado e daí apenas lembro de estar em algum lugar que eu não tinha certeza ser minha casa e com os punhos amarrados. -o Hazza abaixou a cabeça, eu estava acabando com o amor da minha vida (gente, de onde eu estou tirando essas coisas??) -Depois de um tempo, eu descobri que quem tinha me "sequestrado" foi ele. -sim, eu fiz aspas com as mãos. -Ele me levou para casa e a única coisa fora do comum que acontecia era que, ele pediu para que eu fosse de casa para a escola e da escola para casa, e dormisse em seu quarto, mas não havia nada demais, se eu não quisesse estar ali eu poderia ter ido embora no primeiro momento, ele nunca me prendeu. O dia da denúncia, eu apenas liguei porque a Alexia tentou me matar umas duas vezes e todas essas vezes, ele me salvou.

Ele tinha lágrimas escorrendo pelo seu rosto, tão inocente e ao mesmo tempo, tão violento.

-Vossa excelência, só tenho a lhe dizer que este homem é inocente de todas as acusações a ele feitas. -acabei meu depoimento e me retiraram da sala.

Stockholm Syndrome  H.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora