Cap 2 - Deus Vai Cuidar Disso

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"Então, o que você quer fazer?" Ela pergunta assim que sentamos de lados opostos da mesa na praça de alimentação.

Ela está lentamente saindo da casca eu começo a me perguntar quais são os meus limites. Se eu posso ou não conversar com ela como uma adolescente normal ou se eu devo tratá-la como uma menina de igreja e policiar o que eu falo.

"Eu não sei," eu digo, "Você quem diz, no final das contas você que quis vir ao shopping."

Ela riu, "Não um shopping. Esse aqui especificamente," o riso suave provoca um calor repentino no meu estômago, mas eu decidi ignorá-lo.

"Por que esse?"

Ela olhou ao redor como se para certificar-se que ninguém estava escutando antes de se inclinar. Eu fiz o mesmo para encontrá-la no meio do caminho e tentei o meu melhor para não focar na nossa proximidade. Mas antes dela falar eu não consegui evitar de olhar para os lábios dela e tive que usar tudo que tinha em mim para não me aproximar o resto do espaço, era cedo demais.

"Escuta," ela diz quietamente. Eu sigo seus olhos até uma mulher loira de meia idade parada a alguns metros da nossa mesa e escuto. Ela está falando com um homem mais velho usando uma camisa de baseball.

"Ela está indo ótimo!" A mulher diz, "Ele está jogando na faculdade agora, ele foi para Orlando para a UFC," ela explicou, "Ele disse que queria ir pra uma universidade longe, mas não tão longe e dessa maneira ele paga as despesas escolares," ela diz claramente falando orgulhosamente de seu filho. Parece que ela encontrou com o técnico do colégio dele e agora está forçada a fazer conversa fiada, embora os dois pareçam estar gostando da conversa.

Um riso baixo irrompe do homem de cabelos brancos antes dele falar, "Você tem um garoto esperto Susan."

Eu não consigo evitar de rir do fato de que ela até tem um nome de mãe de jogador de futebol.

Um par de dedos finos pousam no topo da minha mão chamando minha atenção novamente. Eu olho dentro dos olhos de chocolate que estavam me observando com um leve toque de fascinação.

Sem nenhuma palavra, os olhos delas insinuaram para o outro lado da mesa onde uma pequena família de quatro sentava ao nosso lado.

"Nós temos que nos apressar," a mãe disse, "Amber tem o treino de líder de torcida em meia hora e nós estávamos atrasados duas vezes antes dessa."

O homem solta um monótono "Sim, querida" e continua a comer seu hambúrguer.

"Esse shopping," Camila fala mais uma vez, "É tipo uns cinco minutos de Avalon Lakes que é uma parte suburbana da cidade."

Eu tipicamente fico irritada quando as pessoas me explicam coisas que eu já sei, mas por algum motivo eu não me senti assim dessa vez.

"O mundo é tão pequeno aqui," ela diz com um leve sorriso, "Os problemas deles revolvem ao redor de treinos de futebol e caronas," de acordo com as duas conversas que nós acabamos de escutar isso certamente parecia verdade.

"Se você olhar ao redor tudo que vê são crianças e famílias, e pais falando para os adolescentes saírem do celular e serem legais com suas irmãs, é tudo parecido com um filme de adolescente," ela riu abafadamente.

Enquanto meus olhos vagavam ao redor do lugar, eu testemunhei que isso era verdade.

"Eu nunca tive isso," ela complementa, chamando minha atenção.

Olhos verdes agora estão furando os castanhos enquanto ela continua a falar.

"Uma dinâmica de família normal," ela explica, "Sempre foi eu, minha mãe e Sofi e nós três temos que passar por muita coisa."

The Perfect Sin (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora