※ Treze ※

5.7K 487 33
                                    

~ O capítulo de hoje se passará no passado ~

Hyuna

- Hyuna, minha filha, guarde esses brinquedos, vamos nos atrasar - omma dizia enquanto pegava as malas e ia até o carro.

- Já guardei - disse guardando o último brinquedo dentro de uma caixa - Vamos?

- Vamos!

- Onde o appa está?

- Já no carro, nos esperando.

Eu e minha mãe fomos até o carro, sentei no banco traseiro, enquanto a omma sentou na frente, e papai no volante.

- Mamãe, coloque o cinto - disse, colocando o meu cinto.

- Colocarei daqui a pouco, querida - appa disse e começou a dirigir.

- Então, está feliz em se mudar? - omma perguntou.

- Sim! Muito! Poderei ficar longe da bruxa da titia Yuri.

- Ei! Não chame sua tia de bruxa - ela riu.

- Por outro lado sentirei falta da Ayumi Unnie.

- Você poderá visitar a Ayumi quando quiser.

- Não é a mesma coisa, mamãe... Ayumi vive brincando comigo, apesar de ser bem mais velha que eu.

- De qualquer forma, daqui a uns anos ela voltará para o Japão...

- Por quanto tempo viajaremos, omma?

- Não sei... nove horas?

- Então eu posso dormir?

- Claro que pode. Pegue o travesseiro que está do seu lado.

- Certo, irei dormir agora - peguei o travesseiro e o abracei.

Poucos minutos depois eu já havia adormecido. A minha idéia era acordar apenas quando estivéssemos perto de chegar na nova cidade.

Mas pelo visto eu iria acordar bem mais cedo.

Acordei com um barulho. Olhei para os lados e percebi que o carro havia capotado. Comecei a ficar nervosa, apesar da batida aparentemente ter sido forte, o cinto e o travesseiro que eu ainda estava segurando me protegeram. Eu tinha alguns cortes - do vidro das janelas do carro - em minha cabeça e em meus braços, mas nada grave.

Por outro lado, meus pais...

- Omma, appa... Vocês estão bem?

Nenhuma resposta.

- Omma, appa... Acordem! Hyuna está machucada e com medo... Ei, seus sonos estão pesados... Me respondam! - eu dizia, chorando desesperada.

Eles não iam acordar, era óbvio. E eu não sabia o que fazer... O melhor é esperar por alguém. Eu não posso me mexer, eu não posso pegar os celulares.

Apesar de estar com medo, eu estava sonolenta, já que havia passado o dia acordada ansiosa pra viajar. Então acabei caindo no sono.

- Acho que estão todos mortos - alguém falava para uma outra pessoa.

- Vamos ligar para a emergência, vai ver tem alguém vivo.

- É impossível.

- Ei... Eu estou aqui... - falei, mas ninguém ouviu - ei, aqui! - dei leves batidas em um dos vidros da porta.

- Tem alguém ali! - uma pessoa correu até mim - você está bem? - assenti - fique quieta, ligarei para a emergência, certo? - assenti novamente.

A pessoa ligou para a emergência, depois de um tempo apareceram ambulâncias e viaturas da polícia.

Encostei minha cabeça no banco e fechei meus olhos, na esperança de dormir.

[...]

Acordei em uma cama de hospital, olhei para os lados e lá estava Ayumi, dormindo.

- Unnie? - falei, na esperança de Ayumi acordar.

- Hey, acordou? Como está? Se machucou? - ela disse, me olhando preocupada.

- Unnie, estou bem! E a omma? - Ayumi negou, quase chorando - E... O appa?

- Eles foram para um lugar melhor, Hyu...

- Ei, não brinque com isso... Não tem graça.

- Me desculpe, Hyu! - ela me abraçou - a unnie vai cuidar de você.

- Omma, appa... Não... - comecei a chorar no ombro da Ayumi - eu vou para um orfanato? Nunca mais vou ver vocês?

- Claro que não, meu amor... Você vai morar comigo e com minha mãe... Sei que não gosta dela, mas eu vou estar lá com você.

Algumas semanas depois...

O velório de meus pais já havia acontecido, Ayumi não me deixou ir ver eles, então fiquei em casa - com alguns empregados - em meu quarto, lembrando de quando eles eram vivos.

Eu era muito nova, tinha 6 anos, mas eu já entendia bastante da vida, porque gostava de ler, de conhecer coisas novas. As pessoas diziam que eu já tinha mente de alguém mais velha.

Muita gente veio me falar que eles iriam voltar quando eu estivesse de maior, mas eu sabia que era mentira, e aquilo doía.

- Prontinho, sua guarda já é da Yuri! - Ayumi falou, entrando no quarto.

- Saiba que eu estou com ela por sua causa - ela deu um sorriso - unnie, dorme comigo hoje? Não acho que conseguirei dormir sozinha...

- Claro que durmo, vem cá... - ela se deitou comigo na cama, me abraçando.

[6 anos depois]

- Unnie, como assim já vai? Não era semana que vem?

- Me desculpe, Hyu, tive um imprevisto, terei que ir antes, você sabe como é a empresa...

- Sim, eu sei, mas você está me deixando... De novo!

- Meu bem, você vai se dar bem com minha mãe, ela só é autoritária, mas é um amorzinho.

- Não comigo...

- Se ela te deixar de castigo, morrer de fome, ou fazer qualquer merda me ligue que eu venho... voando, ok? - assenti - tenho que ir agora, ou o avião vai sem mim.

- Ok, boa viagem, unnie.

- Obrigada, até mais Hyu!

Depois disso Ayumi foi embora e só voltou três anos depois.

O que eu fiz esses três anos? Bem, fiquei de castigo por motivos bobos, não podia comer besteiras por conta de minha "saúde", fui tratada de forma injusta e tive que viver com minha tia e seus namorados passageiros.

Liguei para Ayumi? Não.

Por que? Bem... Ela tinha uma vida, um namorado, e eu não ia atrapalhar isso.

※﹏※﹏※

Opa

Eu fiz esse capítulo pra mostrar a vida da Hyuna depois da morte dos pais - e como foi a morte dos pais -. Espero que tenham gostado sz

Um aviso:

Sexta, sábado e domingo eu estarei TOTALMENTE ocupada... Por isso no domingo não atualizarei

Espero que entendam

Bye ~

Dreams ✾ Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora