3 anos depois…
Muitas pessoas comentam que mudaram, ou amadureceram em um período de tempo. Outras mudam até demais em um tempo curto, mas toda ação, é uma reação. Cada momento vivido pode provocar um furacão de sentimentos e disso, as mudanças são inevitáveis.
Agora, imagine alguém que viveu tanta coisa em tão pouco tempo. As mudanças são gritantes.
Pessoas que sofrem ou sofreram muito em suas vidas, têm reações diferentes de cada um. Alguns se isolam e vivem tristes e cabisbaixos. Outros, não permitem que ninguém se aproxime e são frios, cruéis.
E grande parte dessas pessoas são eternamente julgadas. Julgadas por suas atitudes e gestos, suas opiniões e valores. Muitas perdem a fé, e com isso, já podem ser declaradas como as piores pessoas do mundo.
Exatamente isso ocorre aqui.
Uma mulher que já havia perdido a fé em tudo e toda sua doçura, havia se tornado uma mulher fria e calculista.
Anahí era uma nova mulher. Depois da morte de Antonello, ela havia perdido sua vontade de viver para tudo. Ela entrara em depressão e se isolava de todos, só mantinha sua atenção para Nicholas. Quando não estava chorando às escondidas, estava dando ordens. Era grossa com os empregados e com qualquer pessoa que cruzasse seu caminho.
Antonello deixou todos seus bens à ela, o que a levou à loucura por um certo tempo. Ela não conseguiria nem poderia cuidar de tudo aquilo. Propriedades, aviões, carros, lojas e lojas. Ela não seria capaz. Porém, em seu testamento ele não admitia nem a perdoaria caso ela não aceitasse.
Logo, ela assumiu tudo. Cuidava de tudo nos mínimos detalhes. A Bianucci, seguia em plenos vapores. Ela não queria que a marca continuasse como se ela fosse a dona pois não se sentia assim, então, depois de muito tempo de reuniões e dores de cabeça, ela elegeu alguém que cuidaria de tudo. Ela queria ter sua própria marca.
Trabalhava e pesquisava dias e noites sobre como ergueria uma marca assim do nada com tantos nomes já fortes no mercado. Fazia gráficos e pesquisas de onde ela deveria pisar. Nenhum passo seria dado sem a mínima certeza.
Apesar disso, ela desenhava peças para a Bianucci. Muitas peças. E todas eram elogiadas por críticos da moda.
Sua vida era minimamente calculista. Ela se dividia em trabalho no ateliê e Nicholas. Ela não pensava em mais nada.
Era doce apenas com o filho, não havia como manter a pose dura com ele, era impossível. Já com todos os outros, ela era intragável. Os olhava com desdém ou sem a mínima paciência.
Iolanda havia pedido demissão semanas depois de Antonello ter falecido. Não estava aguentando mais Anahí. Uma nova governanta coordenava a casa então.
Anahí havia se fechado para o amor. Havia se fechado para amizades. Só mantinha contato com Maite. A morena a visitava quando podia e a amizade das duas nunca se perdeu ou decaiu. Uma sempre estava com a outra.
Anahí só chegou a ter um breve romance com um homem. Os dois chegaram à namorar. Ela nem entendeu o porquê se permitiu isso mas, acabou acontecendo. Joseph era frio como ela e não havia feito esforços algum para estar com ela. Aconteceu numa noite numa boate em que Maite a visitou. Não havia romantismo. Era uma grande atração. Levou ao namoro. Acabou em semanas. Anahí não queria prolongar aquilo nem queria dizer ao filho que estava envolvida com alguém. Ele era novo para entender. Já se perguntava o bastante de não ter um “papai”.
E Nicholas… Nicholas tinha 5 anos. Os olhos absurdamente azuis, os cabelos lisos escuros e suas covinhas encantavam qualquer um. Chorou muito quando ouviu Anahí dizer que papai do céu havia pedido seu ‘nonno’. Depois de algum tempo, ele voltou a ser o menino alegre de antes. Era apegado à mãe, estava sempre junto à ela quando não estava na escola.
Nicholas: Mamãe, arruma meu cadarço. - Pediu, descendo as escadas com cuidado para não cair. Anahí sentada no sofá olhando os papéis, sorriu, batendo no sofá.
Anahí: Eu já lhe ensinei. Faça duas pontas, um nó, e um laço. Vamos, tente de novo. - O menino fez uma careta e tentou, falhando.
Nicholas: Não consigo. Eu não vou conseguir. - Disse emburrado.
Anahí: Não diga isso. Você é capaz do que quiser, basta apenas força de vontade. -Falou, balançando a cabeça e amarrando seu cadarço. Ele sorriu satisfeito. - Já está na hora da escola? - Estranhou. Ela olhou o relógio de pulso arregalando os olhos. - Deus, estou atrasada!
Nicholas: Você tem que parar de ler um pouco, mamãe. - Riu, travesso. Anahí o olhou fingindo-se de brava e ele riu, saindo correndo em seguida. Ela balançou a cabeça rindo. Seu filho era adorável, ela tinha orgulho disso.
Já em Manhattan, muita coisa também havia mudado. Mudanças que não foram bem recebidas por alguns, mas chegaram à vida de todos.
Emily: Alfonso é desajeitado e preguiçoso. Ele não faz a mínima questão de escolher a decoração. Parece que não é ele que está casando.
Kate: Se fosse por ele nem estaria casando não é Emily? - Falou pensando alto.
Emily: O quê? - Gritou, cruzando os braços.
Kate: Esqueça. Você pode por favor decidir qual convite escolheu? - Pediu, sem paciência.
Emily: Não consigo fazer um casamento dar certo com você do lado. Você não presta para me ajudar a escolher nada. - Kate revirou os olhos, mexendo no cabelo.
Kate: Como se minha opinião importasse à você. - Atacou. Emily ia responder quando sua bolsa vibrou. Seu celular estava tocando. Era Alfonso. Emily atendeu rapidamente.
Emily: Oi amor. - Falou com a voz melosa.
Alfonso: Oi. Escute, estava planejando uma ida à Hamptons no último final de semana de março com Christopher e o que você acha de irmos? - Perguntou no telefone.
Emily: Alfonso, você está brincando comigo, não é? - Perguntou, nervosa.
Alfonso: Não entendi. - Disse sem entender.
Emily: Você pode pelo menos fingir que se importa com este casamento? - Perguntou, praticamente gritando.
Alfonso: O que tem a… - Se fez silêncio na linha. - Desculpe. - Disse, com um meio sorriso deslavado do outro lado. Não havia se lembrado que era o final de semana de seu casamento.
Emily: Tchau, Alfonso. - Desligou. Kate ergueu as sobrancelhas e Emily bufou.
É… Dizem que sempre há aquele que ama mais em uma relação. Emily estaria mais a frente? Há muito que dizer sobre esse casamento.
Na Itália, novas decisões eram tomadas.
Contatos eram passados, o telefone tocava fervorosamente. Propostas eram feitas. Um 'sim' poderia mudar uma vida. Ou muitas vidas. Uma simples palavra desta mulher, causaria uma loucura até o outro lado do mundo.Anahí: Eu decidi. Eu vou inaugurar a marca em Manhattan. - Falou no telefone, os dedos nervosos.
E então, aguardar.
Me desculpem de novo pela falta de post! Eu to muito sem tempo e estou cheia de trabalhos e não sobra tempo pra revisar e postar. De qualquer maneira, obrigada pelos comentários e fico feliz que estejam gostando!
Me contem tudo e me digam o que acham desse retorno da rainha hahaha
Um beijo!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Intensity - 1° Temporada
RomanceEssa não é uma história de contos de fadas. Não é uma história difícil de se encontrar por aí mas também não é uma história que acontece todos os dias. Mas é uma história única, talvez pela personalidade de seus personagens ou talvez pela intensidad...