ODDG - Capítulo 18 - Drunk In love

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Revisado 10.04.2018

Drunk In Love? 

Naquele momento eu estava muito excitado, sentir o corpo de Nícolas nu sobre o meu, aquele calor, desejo, me sentia embriagado. Eu estava perdendo a minha sanidade. Estava literalmente sendo tentado pelo Themonium.

― Meninos, o almoço está servido ― disse a mãe de Nícolas ― venham logo.

― Só um segundo, mãe ― pediu Nícolas. Nós estávamos imóveis na mesma posição.

― Nem um segundo a mais e nem um segundo a menos ― disse ela ― lasanha se come quente, anda logo, ou eu entro aí e dou uma surra nos dois, mesmo pelados.

― Mãe! ― repreendeu ele.

― Eu te conheço Nícolas. Não esqueça que foi eu quem ti criei ― disse Clear. A experiência de ver Nícolas constrangido foi uma das melhores coisas da minha vida.

― Já estamos indo Dona Clear ― gritei.

―Já disse que dona é a sua mãe garoto ― disse ela ― larga logo o pau dele e vem comer, depois você é comido. Anda.

― Pelo amor de Deus ― disse Nícolas saindo de cima de mim. Ele foi se vestir e eu tomei um banho de gato, em menos de cinco minutinhos já estávamos prontos e arrumados a mesa. O almoço foi muito agradável e sem maiores complicações. Nícolas passou a tarde com a sua família enquanto eu estava no balcão trabalhando. Afinal, ele estava de folga, mas eu estava a pleno vapor, principalmente porque Aurora estava fora do escritório e eu tinha que fazer o trabalho aqui e lá.

Que falta ela me faz.

Lá pelas cinco horas, começou a cair uma chuva, que estava bem agradável, mas tive um mal pressentimento sobre ela.

―Nícolas ― chamei ele ― O tempo está fechando, acho melhor voltamos a Paris agora, antes que fique pior.

― Eu não quero voltar agora não ― disse ele fazendo as duas sobrinhas dormirem em seu colo, enquanto se embalava em uma cadeira de madeira ― Vamos ficar aqui e ver como estará mais tarde, aí decido.

Só que a chuva foi ficando mais forte, ao ponto de deixar a visibilidade zero. Não preciso nem dizer que comecei a entrar em desespero. No começo da noite, era impossível sair do vilarejo. Eu estava ligando para todas as empresas de transporte que pudéssemos nós tirar daquele lugar.

― Querido, aqui tem essas chuvas repentinas, ela só vai passar lá pela madrugada ― disse Clear para mim.

― Não me diz isso Clear ― eu pesquisava empresas no Google ― Na última vez que Nícolas deixou de ir a um compromisso por causa do tempo, eu quase fui demitido.

― Você não foi demitido da última vez e nem vai ser agora ― disse ele entrando na cozinha e pegando um pouco de café quente ― dessa vez eu escolhi pagar para ver e perdi. Você me avisou. Então, diferente de Miami, dessa vez o erro foi meu e não seu.

― Quem é você? ― perguntei incrédulo. Ele apenas riu e voltou para sala. Então eu me permitir relaxar. Jantamos um ótimo macarrão flambado, ver Nícolas cozinhando era uma novidade para mim, o jantar foi a luz de velas, por que em um determinado momento ficamos sem energia. Nícolas e eu no balcão e a sua mãe, irmã e sobrinhas na mesa de quadro lugares.

― Isso é um teste, não é? ― perguntei em um determinado momento.

― Como assim? ― ele quis saber.

― Isso é muito surreal Nícolas ― disse ― outro dia mesmo você estava sendo terrível e agora, você estas sendo tão humano, parece até que tem uma dupla personalidade.

O Diabo de Gravata (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora