ODDG - Capítulo 12 - O Diabo de Gravata

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Revisado 15.12.2018

Eu nunca mais tinha voltado aos recursos humanos da Freedom Tower dês do dia que fui contratado, soava meio cômico está sentado na frente de Alysson novamente, ela me olhava com cara de quem não acreditava.

― Mas você tem certeza Andy? ― perguntou ela suplicando.

― Tenho Aly ― disse suspirando ― demitido.

― Nícolas disse com todas as letras isso? ― perguntou ela. Eu apenas balancei com a cabeça afirmando que sim.

― Você estava indo tão bem, eu jurava que você ia durar ― disse ela visivelmente chateada.

― Eu também pensei, mas no final, eu não conseguir ― disse suspirando.

― Olha, tudo bem, porque eu tenho outras propôs...― mas deu tempo de Alysson continuar, pois meu celular começou a tocar, na tela vi que era Cristian Thompson.

Okay, sei que vocês estão confusos, então deixa contar o que aconteceu nas últimas 23 horas e o que me levou está aqui sentando na sala de Alysson. Então, depois continuamos desse ponto, tudo bem?

A operação Modelo foi um sucesso, claro que fodeu com as minhas atividades? Sim, fodeu com meu grupo, pois o povo esqueceu as regras e todo mundo da revista só comentava isso. Sim, mas eu tenho que dizer. FOI INCRÍVEL.

Na primeira sessão eu estava totalmente sem jeito, não sabia o que fazer, mas Nícolas foi paciente, ia até mim e me arrumava, me instruía e com o tempo eu já estava quase profissional. Patrick era incrível, não somente por suas técnicas incríveis, mas como ele zuava Nícolas o tempo todo, que recebia as brincadeiras de forma divertida. Nunca tinha visto Nícolas tão relaxado. Nunca mesmo. 

Já estávamos chegando ao fim do expediente, eu já tinha fotografado 18 looks, o próprio Nícolas tirava as peças do meu corpo, assim ele projetava como queria as fotos. Foi naquele momento que eu notei o quanto ele era bom no que fazia, cada detalhe era primordial.

― Tudo ótimo, por hoje é só ― disse Nícolas, a equipe toda bateu palmas comemorando o fim do dia de trabalho. Afinal já fazíamos quase 6 horas que estávamos ali.

"Meu Deus, esqueci Aurora".

Tinha exatamente 32 chamadas perdidas, e 123 mensagens, eu nem tive coragem de checar a minha caixa postal. Aposto que estaria cheia de xingamentos. Eu sei que estava seguindo ordem do nosso chefe, mas não podia esquecer que ela, de alguma forma, também era minha chefa, é não só isso, era meu dever complementar o trabalho dela e não sobrecarregá-la. Enquanto a equipe guardava os equipamentos, eu fui para o camarim me trocar.

"Meu Deus, onde enfiei a minha cueca" pensava enquanto trajava apenas uma toalha média branca. Quando sair do banheiro para ver se tinha deixado no sofá, encontrei Nícolas ao telefone, ele simplesmente scaneou o meu corpo de cima a baixo.

― Okay, vamos usar o vinho para a capa ― disse ele desligando ― fiquei satisfeito com o seu trabalho hoje ― disse para mim.

Eu não sei o que me chocava mais, o fato do meu chefe dizer que eu estava fazendo um bom trabalho ou o fato que ele estava salivando por mim. Não posso negar que meu ego estava lá em cima. Afinal, não é todo dia que isso acontece.

― Obrigado ― disse tímido.

― Está dispensado do trabalho ― disse ele. Acho que a minha de susto foi tão grande que ele foi obrigado a esclarecer, logico, depois de revirar os olhos ― do trabalho de modelo, tire o resto do dia de folga. Avise Aurora ― Então ele foi até mim e retirou a minha toalha de supetão do meu corpo. Deus, eu com certeza estava modificado de vergonha, paralisado, ele olhou as minhas partes e depois foi para a saída.

O Diabo de Gravata (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora