O Diabo de Gravata (Romance Gay)

ODDG - Capítulo 37 - Pego no Flagra

Nicolas estava mais calmo depois que voltamos da fazenda. Suas lembranças com o pai tinham voltado, eu só ainda não tinha certeza se isso era uma coisa boa.

Meu plano estava indo razoavelmente bem, contudo eu ainda não tinha o resultado que  esperava. Nicolas ainda não estava de volta.

Ele se lembrava das coisas, sua memoria estava quase toda completa. Mas a personalidade forte, poderosa, imponente que Nicolas possuía, ainda não tinha voltado. Essa personalidade que levou ele ao topo.

Mas meu tempo estava acabando.

― Chegamos senhor ― Uri.

― Obrigado ― disse saindo do carro, mas voltei é disse pela janela ― você não tem que enviar uma mensagem? ― disse divertido. Ele tinha esquecido de enviar o aviso ao escritório que eu estava chegando. Tive pena do pessoal e andei um pouco mais devagar do que normalmente eu faço. Mas mesmo assim as pessoas já caminhavam depressa para não atrapalharem meu caminho, o que era cômico, pois a dois anos, ninguém sabia da minha existência aqui. Passei pelas roletas e entrei em um dos elevadores, tinha uma mocinha nele, assim que me viu, ela saiu rapidamente dizendo um "Desculpe Andrew'". Eu mantive a minha postura séria ate a porta do elevador fechar, então ri.

Assim que cheguei à recepção da GQ, o andar entrou em silencio, Emily, minha nova assistente já estava a minha espera.

― Bom dia Andrew ― disse ela com uma expressão que era metade medo e metade animação.

― O departamento de pessoal já fez o que eu pedi? ― disse caminhando pelos corredores, enquanto ela vinha atrás.

― Já esta sendo providenciado, o homem que você indicou deve se encontrar com Alysson ainda hoje ― disse ela.

― Ótimo ― respondi ― Quero um treinamento intensivo para ele. A que horas é a minha reunião com a diretoria?

― Daqui à uma hora ― disse Emily enquanto chagávamos a área dos assistentes, contudo uma desavisada estava saindo da copa no mesmo instante que chegamos, ela estava descalça. Olhei diretamente para ela e depois para seus pés. E passei direto, a menina quase chorou.

Apesar que eu ouvir uns gemidos...

Tirei meu paletó e joguei por cima da mesa de Emily. Entrei na minha sala é peguei meu copo com água. Era meio cômico como eu fiz aquele trabalho para Nícolas milhões de vezes e agora ele faria para mim. Não pude deixar de abrir um sorriso com isso.

Fiz minhas obrigações matinais e logo subir pra o andar da diretoria do Grupo Freedom. Mais uma reunião com aqueles tubarões.

Quando entrei na sala, minha advogada já me esperava, assim como Rachel, que era executora do testamento de Nícolas e todos os executivos interessados.

― Chegou o príncipe de Nova Iorque ― disse um dos executivos.

― As vezes, sua majestade precisa da atenção aos feudais ― disse com um meio sorriso. Sentei ao lado de Rachel e a minha advogada. A reunião começou fazendo uma releitura do testamento, com avaliação do meu desempenho diante da revista.

― Seu desempenho no inicio foi péssimo ― disse um dos executivos.

― Uma queda de 46% em três meses ― disse o outro.

― Mas ele teve uma recuperação muito boa, com lucro de 200% no quarto mês ― disse Christian Trompson entrando na sala ― A jogada com Avalon foi um golpe de mestre, recuperou nosso dinheiro e firmou a revista ― disse ele indo se sentar na minha frente. Eu sabia muito bem o por que Christian estava ali, é não era boa coisa.