Provavelmente você já quis ser aquela menina de olhos azuis, diferentona, porém popular. Aquela que todos os meninos correm atrás, mas ela gosta do outro diferentão que não gosta dela mas no final acaba gostando. A menina a qual sempre faz um coque...
- Como foi a escola? - Minha mãe me pergunta logo após de eu fechar a porta de casa.
- É , sábado eu vou pra detenção de novo. - Digo com receio.
- Como? Por que? Dormiu de novo? - Ela fala colocando os pratos na mesa.
- Não, o professor lá que se acha o foda, entendeu errado umas coisas e me mandou pra detenção. Mas dai o Evan me ajudou lá, e no final nós dois acabamos indo pra diretoria...
- Evan? - Ela me interrompe. - Como que ele tá? Faz tanto tempo desde da última vez que ele veio aqui.
- É. Ele não vem mais desde do dia que terminamos mãe. - Pois é, além de ele ter sido a pessoa quem me deu o meu primeiro beijo, ele ainda foi o meu primeiro namorado e único até agora. Namoramos por uns 5 meses, e até que durou. Por mais que seja doloroso um pouco relembrar esse assunto com a minha mãe, pelo menos isso a distrai de me dar um sermão.
Sentamos todos na mesa, e almoçamos. Era o meu dia de lavar a louça então:
- O Sr. Johnson ligou. - Meu corpo todo estremesse depois que ela pronuncia aquelas palavras.
- O que ele quer? - Tentei mostrar indiferença.
- Ele disse que precisará dos seus serviços hoje a tarde. - Meu Deus. Quais que ele quis dizer? - Parece que eles vão levar as meninas no clube, e querem que você vá junto, te deixando livre a noite. - Eles?
- Ta né. Ele falou que horas eu tenho que tá lá? - Desligo a torneira.
- 1h30min.- Olho no relógio pendurado na parede da cozinha.
- Mãe são 1h15min! - Seco as mãos e corro até o meu quarto.
Clube? Eu coloco o que? Levo o que? Esse tipo de pergunta começa a perturbar a minha cabeça. Se bem que hoje ta quente, então um vestido até que cai bem. Vou até o banheiro e pego a prancha com esperança que eu consiga arrumar a tempo o meu cabelo.
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- Filha, eu já to saindo. Quer carona? - Escuto minha mãe do lado de fora do quarto.
- Sim, já to indo. - Digo desligando a prancha, pegando minha bolsa e indo até ela.
A pé eu sempre chego rápido até, então de carro não seria diferente. No caminho, eu e a minha mãe não trocamos ideias nem nada, ultimamente, é sempre assim, independente do lugar. Talvez seja porque eu sempre estou de fones, ou por falta de assunto ou até vontade. Desço do carro e entro na casa.
- Licença. - Falo fechando a porta que estava destrancada obviamente.
- Kat? - Angelica surge e parece estar feliz por me ver.
- Oi! - Vou até ela e a mesma me abraça. - Pensei que fosse embora hoje de manhã.
- Só a Jessie foi. Eu vou hoje a noite, queria passar mais um tempo com as minhas caçulas já que a mãe ta trabalhando. - Ela diz apontando para as meninas.
