Minha Chance

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Depois de uma noite desagradável por conta da insônia, acordo contra a minha vontade, e me obrigo a me arrumar para a detenção. Eu tô literalmente caindo de sono, não sei nem se consigo chegar até a cozinha sem cambalear.

- Bom dia filha. - Minha mãe diz.

- Bom dia, que que faz acordada essas horas no sábado? - Pergunto abrindo a geladeira e pegando a caixinha de leite.

- Arrumar a casa. - Ela responde enquanto faz o café. - Tem detenção? - Assento com a cabeça. - O Evan vai tá? - Ouço aquelas palavras e a fuzilo com os olhos. - Vai? - Olho bem pra cara dela e arroto. - Katherine?!

A ignoro e subo até o quarto bebendo o leite

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A ignoro e subo até o quarto bebendo o leite. O que vai mudar se ele estiver lá ou não. Garanto que se ela soubesse que ele é zé droguinha não ficava toda hora me relembrando ele.

Me visto contra-gosto, pego um estojo pequeno com alguns lápis e saio de casa. Coloco meus fones de ouvido, me escondo usando a toca da jaqueta e sigo meu caminho.

(...)

- Quero mil palavras sobre a atual situação da Inglaterra. - O ''professor'' que o Aaron substituiu no outro dia, disse, enquanto todos recebiam as folhas para começar a escrever.

- Ta de brincadeira comigo. - Falo baixo.

- Algum problema Srta. Pierce?

- Não, mas pelo jeito o nosso país tem. - Falo pegando a caneta de trás da minha orelha enquanto todos soltavam risadas abafadas.

- Cuidado para não ter passe livre para o próximo sábado de recuperação. - E ele tinha razão, eu estaria no Brasil, e meus pais com certeza mudariam de ideia se soubesse que posso quase ser expulsa com mais uma detenção.

Dez minutos se passam e a minha folha está em branco. Olho ao redor e vejo todos empenhados escrevendo já no verso da mesma e eu nada. Bato repetidamente a caneta na carteira como se isso fosse fazer o meu bloqueio desaparecer, mas ele não deve-se por falta de conhecimento, isso eu tenho certeza, porém não faço a mínima ideia de como começar.

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