Minhas pernas estão trêmulas, meu coração tá acelerado, e sinto como se todo o meu corpo estivesse pegando fogo. Não demora muito para que eu fique sem ar e comece a soluçar, fazendo com que eu prenda meus cabelos.
A cada andar que subo, torço para que ninguém entre e me veja naquele estado, o qual parece que acabo de sair de um velório. E isso não seria mentira. Acabei de presenciar o enterro do meu coração.
Causa da morte?
Assassinato.As portas se abrem, e por minha sorte não há ninguém naquele corredor gélido. Tento caminhar até o meu quarto, mas antes de chegar nele, eu me encosto em algum lugar e deslizo até chegar ao chão.
Fico sentada ali, imaginando o que fiz de errado, o porque disso tá acontecendo, e as múltiplas perguntas vem como lágrimas. E então, aperto meus pontos lacrimais com os dedos, com esperança de que eu pare de chorar.
Escuto vozes, e desesperadamente olho para o elevador, esperando que seja ele, e que venha me salvar antes que eu me afogue nas minhas próprias decepções. Entretanto, mais uma vez eu estou errada. Não sai ninguém de lá. As portas se fecham, e um silêncio percorre todo o lugar.
Mal percebo que todo esse tempo estou encostada em uma porta e de repente ela se abre, me fazendo cair para trás.
- Katherine? O que aconteceu? - Abro meus olhos com dificuldade.
- Harry? - Falo secando as lágrimas e me levantando.
- Calma. - Ele me ajuda a levantar. - Vem, entra. - Ele me leva para dentro do quarto fechando a porta em seguida. - Toma. - Ele me entrega um copo de água.
- Obrigada. - Agradeço enquanto desamarro o cabelo.
- Tá afim de me contar o que aconteceu? - Ele diz se agachando na minha frente.
- Se importa se só ficássemos em silêncio, por um instante? - Tomo um gole. - É muita coisa pra até eu digerir.
- Claro. - Ele sorri de canto.
Tomo a água enquanto olho fixo para o chão. Imagens vão surgindo e com elas, as lágrimas novamente.
- Olha, eu tenho que voltar para o meu quarto, não quero perder o vôo e causar mais discórdia. - Digo deixando o copo na mesa e me levantando.
- Vôo? Discórdia? - Ele diz em pé.
- Resumindo, aquelas crianças que você viu comigo naquele dia eram filhas do Aaron, - Ele faz cara de quem não sabe de quem estou falando. - O que jogou vôlei contigo.
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Forbidden
FanfictionProvavelmente você já quis ser aquela menina de olhos azuis, diferentona, porém popular. Aquela que todos os meninos correm atrás, mas ela gosta do outro diferentão que não gosta dela mas no final acaba gostando. A menina a qual sempre faz um coque...