A Light in the City-(Livro 1)TERMINADA

Capitulo 37

Deixei-lhes uma mensagem assim que cheguei a casa, abri a porta e Maggie estava mesmo à minha frente.

“Bom dia” tinhamos ficado os dois parados a olhar um para o outro, nenhum sabia como começar aquela conversa

“Bom dia” a sua voz era quase um sussurro, apercebi-me que devia estarum pouco rouca

“Estás bem?” cheguei-me mais perto dela, apenas assentiu “Rouca?”

“Um pouco” começou a andar para a cozinha e eu segui atrás “Tens fome?” apontou para as panquecas em cima da banca, o meu estomago rugiu só de olhar para elas

“Sim, obrigada. E tu? Não comes?”

“Fico-me pelos cereais” pegou na sua tigela e verteu o iogurte liquido e os cereais, eu aprendera que aquele era o sue pequeno almoço tipico em Portugal. Sentamo-nos lado a lado na mesa da cozinha a comer em silêncio, cada um olhava para tudo menos para a pessoa a seu lado

“Estão ótimas, como sempre” apontei para as panquecas meias comidas, tentando chamar a sua atenção

“Obrigada”  foi a unica palavra que extraí dela e mais uma vez a conversa morreu. Acabou os cereais e levantou-se para lavar a taça, ia a pousar o meu prato no lava louça quando ela se virou e acabamos chocando um no outro.

“Desculpa” segurei-a antes que caísse, e estar a toca-la só fazia a minha vontade de a abraçar quase impossivel de suportar

“Não tem mal” ia-se esquivar novamente fazendo-me segurá-la com mais força

“Acho que está na hora de conversarmos”

“Ok” larguei-a e fiz-lhe sinal para me seguir

Sentou-se no sofá enquanto eu me encostei à parede que me permitia espreitar pela janela, pelo canto do olho vi que ela mexia com as mãos pousadas no colo e que não pretendia começar a falar antes de mim. Respirei fundo, mais cedo ou mais tarde um de nós teria de falar, mais valia arumar de uma vez por todas com o assunto

“Desculpa Maggie... Sei que fui grande parvo ontem...”

“Pois foste” urghh aquilo não ia ser fácil

“Não devia ter agido da maneira como agi” continuei “ mas, naquela momento eu estava perdido. Sabes o que me custou ver aquelas fotos? Ouvir as raparigas comentar? Eu sabia que ia ser complicado para ti trazer-te para a minha vida, mas jurei atenuar ao máximo esse efeito. Quando percebi que não tinha acontecido, exatamente no dia em que te deixei sozinha com um dos meus amigos, senti uma fúria enorme dentro de mim. Estava zangado porque sabia que iam especular, que iam inventar coisas a teu respeito e que no fim quem iria sofrer eras tu. Mags as pessoas conseguem ser mesmo mazinhas, uma rapariga como tu é uma presa fácil para eles, não por seres fraca, porque não o és, mas por seres honesta e boa pessoa. As melhores pessoas são as que saiem mais prejudicadas dos boatos que eles formulam, e eu não quero ver isso acontecer contigo, não é justo porra. Com aquela raiva toda acabei arranjando um alvo para apontar como culpado, o Liam teve o azar de ser apanhado no local errado à hora errada e nem sabes como me arrependo. Bati num irmão Margarida e não sabes como a culpa me consumiu durante horas, o estupido do meu orgulho nao me permitiu voltar a correr para casa” sem que me apercebesse tinha uma lágrima a correr-me pelo rosto abaixo. Senti um bracinhos pequeninos rodearem-me a cintura e o seu rosto em momentos estava apoiado nas minhas costas

“Eu compreendo...” aquilo era o melhor que eu podia ouvir naquele momento “Mas” virei-me nos seus braços para a encarar e ela limpou-me a lagrima solitária “ tens de me deixar travar as minhas próprias batalhas”

“Não vai ser fácil”

“Eu sei, mas tenho a tua mão e a dos rapazes para me ajudar a levantar”

“Tens” sorriu-me

“Acabaram-se as discussões” fechei os olhos e acenei afirmativamente “Ótimo” abracei-a com mais força

“Bolas, como estava ansioso por fazer isto”

“Também eu...”

“Não vás amanhã” murmurei contra o seu cabelo, ainda húmido do duche que devia ter tomado na minha ausência

“Tenho de ir” afastei-me um pouco para a poder olhar

“Voltas antes de eu partir não voltas?”

“Sim, isso posso prometer” não esperei para ouvir mais nada e apenas a beijei, vinte e quatro horas sem beijar aqueles lábios era pura tortura. Mas como sempre, o raio do telemóvel tinha de começar a tocar “Urghhh, desculpa” tirei-o do bolso e olhei para o ecrã

“Quem é?”

“A minha mãe?”

“Atende, não fiques aí especado”

‘Mãe?’

‘Olá filho’

‘Está tudo bem?’

‘Isso pergunto-te eu!’

‘Huh?’

‘Acabei de ver numa revista que a tua namorada e o Liam...’

‘Ahh isso’ comecei-me a rir

‘Harry? Porque te ris?’

‘Não é o que parece mãe...’

‘Oh, então vocês estão bem?’

‘Estamos’

‘Ah, ainda bem. Mais uma jogada de fotografos?’

‘Sim, já devias estar habituada’

‘Não é facil, a Gemma realmente avisou-me que devia ser um mal entendido, que a Margarida nao te faria isso’

‘E a Gemma tem razão’

‘Porque não a trazes cá a casa?’

‘Ela vai passar a Páscoa com a familia a Portugal, mas para a próxima levo’

‘Ótimo, mal posso esperar por a conhecer’

‘Fica prometido’

‘Bem, tenho de ir. Beijinho’

‘Beijo mãe’ desligamos e eu virei-me paraMags que ficara a observar-me enquanto eu falava

“Ela viu as fotos?”

“Sim”

“Oh meu deus, o que estará ela a pensar de mim agora” comecei a rir-me da sua expressão de pânico “Não te rias!! A tua mãe deve-me odiar neste momento”

“Na verdade está ansiosa por te conhecer”

“O quê?”

“Eu disse-lhe que fora um mal entendido, e pelos vistos a Gemma ja lhe tinha dito que não devia passar de mais um boato. Parece que estás no lado bom da minha irmã :p”

“Oh, que susto”

“Devias ter visto a tua cara ahah”

“Parvo!” bateu-me no braço fazendo-me rir ainda mais “Odeio-te”

“Não odeias não” agarrei-a pela cintura e juntei os nosso corpos “Onde íamos antes da minha mãe?” desci os meus labios sobre os dela “Aqui?” rocei os meus labios nos seus muito suavemente

“Hummm” sorri e desta vez ataquei-lhe a boca apaixonadamente. A minha mão direita subiu ao seu pescoço emaranhando-se no seu cabelo, enquanto a esquerda a segurava contra mim pela cintura.

“Amo-te Maggie” murmurei

“Também te amo Harry” peguei nela ao colo e subi as escadas até ao quarto, precisava de estar junto a ela enquanto podia

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