O voo passou-se calmo, a meu lado foram dois irmãos, uma menina de oito e um rapaz de doze que mantiveram ocupada durante a viagem. Rira-me quando os pais, sentados no banco atrás do nosso, pediam constantemente a Catherine, a pequena dona de caracóis loiros que se sentava à minha esquerda, para me deixar em paz. Acalmava-os dizendo que nao me importava nada, que me distraiam do que seria uma viagem aborrecida. Vi-me a jogar ao peixinho com os dois, a ver um episódio de Phineas e Ferb no pequeno DVD portátil e a adivinhar palavras em sequencia das letras impostas, alternadamente, por Cathy e Andrew.
A hora e meia de voo foi passando a ritmo rápido e quando aterramos despedi-me deles e segui para levantar a minha mala. Posicionei-me junto ao tapete rolante onde, dentro de segundos, as bagagens começariam a aparecer. A meu lado ficou um homem com cerca de 35 anos de idade que esperava com a filha rodeando-lhe as pernas com os bracinhos pequeninos, nao deveria ter mais de quatro anos e de certeza que era a menina do papá. Lembrou-me de mim, também costumava ser assim, seguia sempre atrás do meu, na esperança de tirar a minha mala mesmo sem a força necessária.
O tapete começou a rolar e as primeiras malas foram aparecendo, uma preta, uma rosa, uma com desenhos... Pensando que a minha demoraria quase não a vi quando passava por mim, apressei-me a puxá-la e, para meu espanto, consegui tira-la sem qualquer problema. Segui as placas de saída e rapidamente me vi atravessando as portas para o átrio das chegadas do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Ali não foi difícil distinguir os meus pais no meio da multidão, virei à direita e segui até ao fim da barra separatória sabendo que os dois me acompanhavam do outro lado.
Assim que cheguei ao fim caí em abraços e beijos, foi então que o meu irmão apareceu vindo da lojinha de jornais mesmo ali ao lado
“Ah já chegaste” sorriu e veio-me abraçar também
“Como foi o voo?” perguntou o meu pai enquanto pegava na minha mala
“Foi bom, tive direito a distração particular” contei-lhes sobre os irmãos que me acompanharam durante toda a hora e meia.
Quando chegamos ao carro tirei o telemóvel para mandar mensagem a Harry como prometera que faria
‘To: Curly
Já cheguei :)
Estou com os meus pais, correu tudo bem.
Logo falamos, beijinho*
Ly’
Antes de o guardar mandei também mensagem a Chloe, também me havia pedido para a avisar
‘To: Chloe
Tola já cheguei, diverte-te sem mim ;)
Mal possa falamos :*’
Recostei-me no banco e fechei os olhos um pouco, viajar sempre me dera sono
“Já vais dormir?” riu-se Pedro
“Já me conheces para saber a resposta”
“Sempre demoravas 10 min, ainda nem 2 passaram” ri-me com ele e encostei a cabeça à janela
“Parece que tenho um novo recorde então” ergui as pernas e deitei-as sobre o colo dele
“E não queres mais nada não?” mandou-as de novo para o chão
“Desmancha-prazeres” depois disso aterrei....
*
(Harry)
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A Light in the City-(Livro 1)TERMINADA
FanfictionNovo ano,nova vida, nova cidade O que pode acontecer quando uma estudante portuguesa de psicologia, Margarida (Mags), conhece o famoso Harry Styles? "Não vás, eu sinto-me eu mesmo contigo por perto" aquela voz, aquela voz rouca que podia fazer qualq...