XIII - Comemorações

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— Você está bem? — Holden perguntou assim que me viu, sentada na areia. As lágrimas já estavam secas, mas meu rosto deveria estar assustador com a maquiagem borrada e os olhos inchados.

— Na verdade, não.

— O que aconteceu?

— Eu descobri uma coisa, mas eu... eu não posso te falar.

— Kate — ele sentou na areia ao meu lado e me puxou em seu colo. — Eu posso explicar, só me dê uma chance.

Ele parecia estar sofrendo e eu fiquei mais confusa ainda. Por que raios Holden achava que tinha que me explicar algo?

— Holden, você não precisa explicar nada, não é sobre você. É sobre a minha família. Eu apenas, não posso te contar. Mas eu preciso que você me leve para o hotel e faça amor comigo até que eu não possa mais pensar sobre isso.

— Vamos. — Ele levantou e me ajudou no caminho. Larguei meu carro lá e fui com ele para o hotel.

Eu acordei com Holden ao meu lado. Minha visão favorita para uma manhã. Eu não tinha certeza se ele estava acordado ou não quando eu comecei a falar:

— Minha família está arruinada. Eu queria poder te contar tudo. Meu pai, eu o odeio tanto, o que ele fez... eu não consigo perdoar e eu não consigo esquecer. A única coisa boa é que eu não estou mais noiva.

— Noiva? — Ele sussurrou, abrindo os olhos castanhos. Em algum momento do meu monólogo, Holden deveria ter acordado.

— É, eu estava, mas não estou mais. — Esfreguei minha mão em suas costas, tocando cada uma das cicatrizes e seguindo os contornos das tatuagens, ele fechou os olhos ao receber meu carinho. — Eu sinto muito por ter mentido sobre isso. — Holden estava quase ronronando sobre os meus dedos. Aproveitei para beijar seu rosto. — Você é tão lindo. Eu quero conhecer você. Quero saber o que são cada uma dessas cicatrizes. Quero entender o significado de cada uma das tatuagens. Eu quero conhecer seu corpo mais do que o meu próprio. E então quero conhecer seu coração.

— Kate... — ele gemeu.

— Me deixe entrar, Holden. Por favor. — Ele se virou e eu montei sobre ele na cama, agora estudando e beijando seu peito.

— Eu não posso — ele praguejou. — Você vai ser minha morte, amore mio.

— Não, eu quero ser sua vida. Por favor. Eu estou me apaixonando por você. — Ele me olhou com tanta surpresa e dor que eu quase recuei. — É verdade. Eu não vou a lugar nenhum. Não precisa ser agora. Eu só preciso de alguma coisa. Pequenas coisas, conforme você estiver preparado.

— Pergunte-me. Uma coisa. — Ele inverteu nossas posições.

— Você e a Anna não estão aqui para investir em vinhos, certo? Eu vi você saindo do quarto principal da mansão, no dia da festa. Vocês querem alguma coisa e envolve os MacLaine?

— Tantas perguntas. Não investimos em vinho — ele admitiu. — Eu não comprei aquela propriedade em Napa, eu estava lá para outra coisa. E sim, você está certa. Eu estou aqui por causa dos MacLaine, especificamente Christopher MacLaine.

— Obrigada por me contar. — Eu plantei um beijo em seus lábios. — Agora faça amor comigo.

 — Agora faça amor comigo

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