- Capítulo Dois -

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BOAS NOTíCIAS

Enquanto acontecia a reunião do rei Crésus, em um universo paralelo, mais duro, selvagem e diferente, vivia Luiz, um jovem rapaz de vinte e um anos, que morava com a avó, pois sua mãe havia se casado e ido morar com o marido em outro país.

Luiz, durante muito tempo, cuidou de uma cachorra chamada Lua, da raça Golden Retriever, que morou na casa de sua avó até que sua dona se recuperasse financeiramente e a levasse de volta. Este dia não tardou a chegar e pouco tempo depois da partida de Lua, Luiz e sua avó receberam a notícia de que Lua estava grávida e teria filhotes em breve. Luiz ficou radiante com a ideia, pois desde que sua mãe partira para outro país, ele se sentia muito só e desejava um cachorro como companhia.

Dois meses se passaram após o anúncio da gravidez de Lua, e Luiz estava ansioso para a chegada dos filhotes.

Num sábado ensolarado e ótimo para desfrutar uma praia, Luiz dormia como um anjo quando despertou com algumas batidas à porta.

Toc. Toc.

— Luiz! Luiz! — gritou uma voz feminina, parecia ser de uma senhora.

Luiz levantou-se rapidamente da cama e abriu a porta do quarto. Sua avó gritava o nome dele, para que ele acordasse.

— Estou indo para a casa da sua madrinha, a família estará reunida lá. Você vai? — quis saber a avó de Luiz num tom animado.

— Vou, sim, vó. Aguarda só um minuto enquanto me arrumo.

Luiz correu para escovar os dentes e tomar uma ducha. Caminhou até a suíte dele e entrou debaixo do chuveiro que ficava ao lado de uma imponente banheira de mármore e detalhes banhados a ouro. No banho mesmo ele escovou os dentes com uma escova elétrica que retirou do armário próximo ao chuveiro.

Mal saiu do banho, Luiz correu para o closet, apanhou uma t-shirt da marca Colcci, de uma coleção assinada por ele com motivos de cães, uma bermuda da marca Calvin Klein, calçou sandálias Havaianas e pôs óculos escuros da marca Ray-Ban para proteger os olhos do sol forte.

Após vestir-se e pentear os cabelos, ele desceu por uma escada que levava ao andar de baixo da casa.

— Nossa! Pela primeira vez, vi você tomar um banho rápido — comentou a avó de Luiz sorrindo.

— É que estou ansioso para ver Lua grávida — afirmou Luiz animado e ansioso.

A avó de Luiz era uma senhora de cabelos lisos de cor negra, cortados na altura da nuca. Seus olhos eram castanhos claros. Ela era uma senhora elegante, usava um vestido negro mesclado com branco da grife Prada, calçava sapatos Louboutin e no rosto um maxi-óculos Givenchy.

— Vamos! O motorista já está nos aguardando no carro — avisou a avó.

— Vamos, vó. Sandra, prepare e traga a minha champanheira com uma garrafa de champanhe Cristal, uma de Veuve Clicquot e uma garrafa de espumante Chandon — pediu Luiz à governanta da casa.

Prontamente, Sandra trouxe até Luiz uma champanheira de prata com duas taças de cristal presas a ela. As taças traziam as iniciais de Luiz talhadas em ouro.

Após receber a champanheira, Luiz e a avó desceram uma série de degraus até chegarem a um pequeno vão com portas duplas de madeira que davam acesso à rua.

Luiz e a avó se depararam com o motorista com a porta do carro aberta, debaixo do sol quente, vestido de paletó e gravata. Eles adentraram o carro e seguiram viagem até uma cidade vizinha a deles, onde vivia a madrinha de Luiz.

Luiz Asaf e o Elo AnimaliumWhere stories live. Discover now