Luiz Asaf e o Elo Animalium

- Capítulo Dezessete -

Definindo Estratégias

Sete dias e sete noites se passaram, e Luiz e Kiara ainda não haviam retornado. Valentina e Snow ainda estavam sob os cuidados do mestre Makum, tratando os ferimentos causados por Jane.

Enquanto Valentina e Snow descansavam, o rei Crésus convocou uma reunião do conselho real. Em volta de uma mesa de pedra redonda, talhada com motivos de animais, estavam o rei Crésus, lady Nadja, lady Cida, lady Anna, lorde Salazar, lorde Javert e o príncipe Cicco.

— Senhores, precisamos traçar uma estratégia para a guerra que se aproxima. O inverno está chegando ao fim e os carrapatos gigantes acordarão sedentos por sangue e liderados por Leoni contra nós... – iniciou o rei com o cenho franzido de preocupação.

— Pai, acredito que eu possa recrutar mais soldados para lutar ao nosso lado — interrompeu Cicco.

— Não, meu filho. Tomei uma decisão e tenho uma estratégia em mente... – respondeu o rei num tom sereno. – Nadja, você e Lulu irão recrutar o povo da floresta, conversem com São Francisco e solicitem a ele o auxílio do povo. Vocês farão parte do grupo de estratégia. Lulu é muito boa em esconder-se e aparecer apenas na hora certa. É isso que preciso que façam. Só entrem na guerra quando observarem o sinal dado por nós – continuou o rei olhando para Lulu e Nadja. — Baruk, lady Cida e lorde Javert liderarão o exército como já o fazem – orientou. — Lorde Salazar e Tobias irão liderar os arqueiros e providenciar munições. Meu filho, você lutará ao meu lado, a frente do nosso exército.

— Majestade, e Luiz e Valentina? — questionou Baruk.

— Foi bom você ter perguntado isso, Baruk... Algum de vocês tem alguma dúvida? — questionou o rei.

Todos balançaram a cabeça indicando que não. As orientações tinham sido muito claras.

— Vocês estão liberados – informou o rei. – Baruk, chame Valentina aqui. Eu traçarei a estratégia de guerra com ela também — pediu o rei.

Baruk reverenciou o rei e saiu do salão, deixando-o sozinho com os pensamentos dele. O rei Crésus não parava de pensar em como Luiz e Kiara estavam lidando com os perigos da Floresta Goya.

Passados alguns minutos, Valentina e Snow adentraram o salão, reverenciaram o rei e aguardaram-no se pronunciar.

— Majestade! — pigarreou Valentina.

— Oh! Perdão, Valentina. Você e Snow já se sentem melhor? — questionou o rei com a expressão preocupada.

— Oh! Sim! O mestre Makum foi ótimo. Veja que nem ficou cicatriz — respondeu Valentina sorrindo.

— Valentina, gostaria que você informasse a Luiz e a Kiara que retornem preparados para a guerra, informe-os das nossas estratégias. Prepare-os — pediu o rei, num tom sereno.

— Majestade, peço que não se preocupe. Snow e eu traremos os dois de volta e lutaremos ao lado do senhor e deles — tranquilizou-o Valentina.

O rei explicou toda a estratégia traçada com os lordes e pediu a Valentina que corresse, pois não havia tempo a perder.

Valentina abraçou o rei e correu para a porta de saída do castelo acompanhada de Snow. À frente do castelo estavam alguns soldados da guarda real e uma enorme carruagem redonda de cor rosa e quatro grandes rodas douradas, atrelada a quatro cavalos brancos e robustos. A guarda fez um corredor com suas lanças para que Valentina e Snow pudessem passar.