O ruim de tudo isso, é que não sei como Lily reagirá ao me conhecer. Quer dizer, ela é uma adolescente morta rebelde, e eu sou só uma ex patricinha que teve câncer e morreu.
  O engraçado de tudo isso, é que quando Lily nasceu, ela foi abandonada por minha tia, então isso explica o porquê dá rebeldia. Bom minha tia era muito nova,  Lily tem 18 anos e só encontrou sua mãe verdadeira quando chegou aqui. Pelo jeito que Miranda fala de minha prima, parece que sente nojo dá garota ou talvez, arrependimento por não te-la criado.

  Logo que adentramos a floresta, onde ficava a casa de Lily, sinto um calafrio me atingir. É estranho, pois apesar de estarmos mortos sentimos como se alguém além de nós, estivesse ali.
  Quando chegamos a casa de Lily, batemos na porta, tocamos a campainha e nada. A única coisa que se ouvia era o eco das batidas da porta sendo emitidas pela casa.

-Ela fugiu. -Disse uma garota de uns 17 anos.

-Por que você a deixou fugir Kira? Você sabe que ela gosta de arranjar encrenca. -Falou Miranda franzindo a testa.

-Eu nem a vi fugir. Você sabe que sou amiga dela e a apoiarei como puder. Ao contrário de você que quer ve-la presa e que a abandonou quando nasceu.

-Kira, eu sei que errei. E me arrependo muito disso, mas já pedi perdão a Lily e se ela não aceitou, o problema é dela. -Diz minha tia retornando de onde viemos.

  Ela é mesmo minha tia. Minha mãe vivia falando sobre Miranda ser uma pessoa muito convencida e segura de si mesma. Ela também me dizia que não aguentava mais ver minha tia, pois ela só sabia se gabar por coisas que ela tinha e minha mãe não.

-Vamos Ana. Lily não está aqui.

-E onde ela está?

-Sabe se lá onde. Mas temos que acha-la o quanto antes.

Saímos daquela floresta horrorosa e voltamos para a cidade. Kira. Quando Miranda disse seu nome eu lembrei de Karen, minha melhor amiga que até então estava longe de mim. Não podia vê-la e nem a escutar. Mas eu sabia que ela sentia minha falta, assim como eu sinto dela.


Em busca dos anjosOnde histórias criam vida. Descubra agora