~Alex~
Cenas da noite que tive com Eliza não paravam de assaltar minha mente. Meu corpo tomando o prazer o seu, seu cheiro, a sensação da sua pele e suas.
— Ah, Eliza — suspirei baixo pra mim mesmo, com a cabeça encostada na poltrona do avião sentindo meu membro endurecer — Estou fodido.
E eu estava. Eu não parava de pensar nela, em seu rosto, em seus olhos hipnotizantes, em seu corpo que parecia ter sido feito pra mim. O que vai fazer Alex? Não posso pensar nisso agora, preciso focar na missão. Preciso resolver isso primeiro ou Adam iria estar muito ferrado em breve.
~Elizabeth~
Havia passado o dia conversando com Robin animadamente. Ela não quis falar muito do que aconteceu entre ela e Luccas na noite anterior, e como percebi seu humor voltando ao normal não insisti. Eu mesma estava eufórica durante todo o dia. Meu corpo ainda lembrava claramente de cada toque e de cada carícia feitas por Alex. Ainda estava deliciosamente dolorida e excitada pelas lembranças dele dentro de mim. Senti um peso no estômago ao lembrar que não havíamos usado preservativo. Nunca havia esquecido de me proteger dessa forma e isso me deixou apreensiva. Não estava preocupada com gravidez indesejada, pois tomava anticoncepcional há muito anos, mas fazer sexo desprotegido assim, de primeira, é algo que não era minha cara. Eu estava tão envolvida por Alex que única coisa que eu conseguia pensar quando estava com ele era na junção de nossos corpos, na sensação dele me tocando, me beijando...
Depois de almoçarmos no centro, Robin e eu fomos visitar alguns pontos turísticos e cheguei a constatação de que Amsterdã era mesmo uma cidade encantadoramente linda. Romântica, ideal para se visitar a dois. Todo aquele clima me fez pensar em Alex. Será que nós dois ficaríamos juntos? A sensação boa do momento que tivemos vinha acompanhada de um presságio que me dizia que eu ainda iria enfrentar muitos demônios. Também não podia deixar de pensar queria enfrentar e derrubar cada um deles.
— Espera — disse parando em frente a uma feira local. Preciso comprar umas coisas pra mandar pros meus pais e pro meu irmão. — Estava morrendo de saudades deles. Principalmente do meu maninho, éramos muito ligados um ao outro.
— Você tem quantos irmãos? — Robin perguntou olhando colares extravagantes da barraquinha de artesanato.
— Um irmão mais velho. Henry. Morro de saudades daquele safado — disse sorrindo ao lembrar dele.
— Hummm, se ele tiver essa genética — disse olhando pra mim e rindo travessa — acho que vou querer conhecê-lo. — Parei abruptamente encarando Robin. — Ei, calma, retiro o que disse, maninha ciumenta.
— Nãoooo! Como eu não pensei nisso? Você iriam se dar muito bem. Nossa, você faz muito o estilo dele. — disse pensando em como eu poderia juntar esses dois — Eu poderia convidar ele pra vir a Amsterdã nas férias dele e — fui interrompida por uma Robin a gargalhadas.
— Eliza, você ta mesmo dando uma de cupido? — ela perguntou incrédula.
— Só você pode? Me ajudou com o Alex não foi? sem falar que conheço meu irmão. Não tem homem melhor pra fazer você esquecer Luccas, amiga. — era isso. Genial.
— Hum, é mesmo? me fale mais sobre ele... — e a cara travessa da minha amiga estava bem ali.
Comecei a contar tudo sobre minha família dando mais importância ando ênfase em meu irmão mais velho. Meu irmão, modesta parte, era de tirar o fôlego e fazia tanto sucesso com as mulheres, que as vezes eu ficava impressionada por ele não ser um cafajeste da pior espécie. Henry não era santo, ele saia com mulheres sim e claro que usava da sua aparência e charme pra conquistar alguém. Mas nunca foi galinha. Era como eu, meio exigente e mais contido. Não dormia com qualquer uma, éramos muito parecidos nesse aspecto. A única namorada séria e desconfio eu que a única mulher que meu irmão já se apaixonou foi Mia. Eles namoravam desde a escola e chegaram a noivar, quando Henry descobriu uma traição. Ele ficou arrasado. Eu nunca gostei de Mia, mas sempre a aceitei por causa dele. E quando tudo aconteceu, quis arrancar o coro daquela idiota, mas ela se mudou e graças a Deus nunca mais apareceu em nossas vidas. Contei que ele era advogado e sócio em um escritório em Manhattan e que gostava muito de viajar, e por isso, desde fui transferida para cá vinha dizendo a ele como Amsterdã era maravilhosa e que ele deveria vir me visitar antes que nossa central mudasse.
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O PREÇO DO AMOR - EM EDIÇÃO
Romance"Elizabeth e Alex protagonizam essa história de amor intensa e eletrizante. Ambos agentes especiais do governo, eles se apaixonam e enfrentam perigos do passado e do presente. Pode esse amor sobreviver ao preço imposto pelo destino?" História Conclu...