Capítulo 46 parte 2

1.7K 269 101
                                    


Capítulo dedicado as amoras aniversariantes Lilica, Vivi, Yaya e Glau! Toda felicidade do mundo pra vocês. <3


E eu consigo escrever e não postar? NÃO! kkkkkk Sem mais, vamos de capítulo. Beijocas da Madu. :*

"Estou parada na ponte

Estou esperando no escuro

Pensei que você estaria aqui agora

Não há nada além da chuva

Sem pegadas no chão

Tento ouvir algo mas não há som

Não há ninguém tentando me encontrar?

Ninguém virá me levar pra casa?"

I'm with you - Avril Lavigne

Elizabeth

 A chuva caia forte castigando as janelas do antigo abrigo durante todo o dia. Entrei no refeitório a procura de Niara.  A chuva impedia a recreação dos pequenos então decidimos juntar todos em uma grande sala e fazer uma sessão cinema. Era quase 15:00 e as atividades tinham se encerrado um pouco mais cedo pela eminência do alerta de um forte temporal que parecia chegar a Bangui e arredores. 

Olhei na sala onde alguns trabalhadores e voluntários conversavam e fui em direção a mesa onde ela estava. Seu rosto estava preocupado e ela falava ao telefone. No momento em que me sentei ao seu lado ela encerrou a ligação e se levantou pedindo a atenção de todos. 

- Não tenho boas notícias. Nada foi confirmado, mas parece que o temporal não vai ceder. Os milímetros estão aumentando a cada hora. Se continuar nesse ritmo teremos que evacuar o abrigo por hoje. 

- Evacuar? - Theo perguntou calmamente - É realmente necessário? Alguns de nós podem passar a noite aqui para ajudar o pessoal com a criançada. 

- Se o temporal for confirmado teremos que tirar todos dessa área. As crianças e todo o pessoal. Vocês não estão acostumados, mas aqui quando chove muito o rio transborda. Algumas vias são tomadas por água. Sem falar que esse prédio antigo não tem sistema de escoamento. Olha lá fora.

Niara apontou para a porta que dava para a obra do prédio novo. A chuva caia insistente e sem trégua. Mas ao olhar para o chão eu me assustei. Tudo estava coberto por água barrenta. 

- Daqui a algumas horas essa água entra aqui dentro. E não vai ter pra onde fugir - ela disse aflita discando um número no telefone mais uma vez. Me ergui vendo que aquilo era mais grave do que eu imaginava. 

- Como vamos transferir todo mundo? Quanto tempo temos? E todos esse mantimentos - olhei para a parede repleta de caixas de comidas não perecíveis e remédios que haviam chegado ainda ontem. 

- Eu não sei. Já solicitei carros para transportamos as crianças para um abrigo na capital, mas não sei em quanto tempo vão chegar e quantos virão. Provavelmente teremos que dar várias viagens - Ela olhou para todos com um ar urgente - vamos começar a organizar tudo. Theo e Eliza vocês vem comigo. O restante ergam mesas, suspendam armários, tentem salvar o máximo de mantimentos possível. 

Começamos a movimentação, mas era evidente a preocupação no semblante de todos. Eu só esperava que desse tempo de salvar tudo. 

...

O PREÇO DO AMOR - EM EDIÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora