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[...]

Eu acordei e estava abraçada com o Henrique, eu não entendi o motivo de o Bernardo estar jogado no chão, ainda dormia feito um anjo.
Me levantei com cuidado para não acordar Henrique. Assim que eu levantei, parei e fiquei encarando ele. Ele ficava tão lindo dormindo, com os seus cabelos bagunçados e ele estava SEM CAMISA????? Aí-Meu-Deus! Isso é uma maravilha!!!
Vou me afastando para ir pro meu quarto e sem querer eu piso na mão de Bernardo que dormia ali no chão.

Bernardo: AIIIIII! VOCÊ PISOU NA MINHA MÃO ESTELA!! -ele estava muito irritado, ele havia me chamando de "Estela", ele não faz isso ele está me assustando!

Estela: Desculpa, desculpa e desculpa! -digo rápido demais. Nem sei se ele entendeu, mas eu sei que Henrique acordou e ele ficava mais lindo ainda.

Jussara: Você está apaixonada por ele!
Já viu o jeito que você fala dele?? Você está caidinha e vai se dar mal!! Eu gosto dele, devíamos namorar ele!

(Jussara é o subconsciente da Estela)

Já disse como eu gosto de você quando fica calada? E só pra deixar claro, iluminado eu não estou apaixonada por ninguém!!!

Jussara: Agora o Henrique mudou de nome é eu não estou sabendo? Está se chamando"Ninguém"!?

As vezes você poderia me deixar em paz!

Sai da sala sem pensar uma vez e fui correndo para meu quarto, passando pelo quarto da minha mãe​, vi que ela chorava enquanto segurava uma caixinha de tamanho médio, deu pra ver só algumas coisinhas azuis que estavam caídas para fora da caixa, parecia uma fraldinha, ou talvez um lenço.
No memento em que ela me viu, parou de chorar no mesmo instante e fechou a caixa com muita rapidez.

Laís: O que você viu? -perguntou desesperada.

Estela: Nada! -respondo rápido. -A senhora está bem? -pergunto entrando no quarto, mas minha mãe me olha de um jeito frio, que nunca havia olhado para mim.

Laís: Isso não é da sua conta! -disse tentando parar de chorar, mas foi em vão. As teimosas lágrimas ainda insistiam em rolar pelo rosto da minha mãe. -Saia daqui Estela e feche a porta, volte a ficar com seus amigos e espere que não passe mais que isso! Amigos, somente AMIGOS! Fui clara o bastante? -ela nunca havia se comportado daquele jeito, nem se importava com sua vida amorosa, vida que nem existia.
Sai do quarto e fechei a porta como minha mãe havia mandado. Sem entender os motivos para aquele surto. Segui para o meu quarto e vi Letícia jogada na minha cama.

Letícia: Estava te esperando para ver qual roupa eu podia usar, preciso de um banho.

Eu não queria saber das necessidades de Letícia, queria saber o que tinha naquela caixa. Queria saber o motivo de minha mãe chorar quando ela vê aquela caixa. Há tantas coisas que eu queria saber, mas infelizmente querer não é poder.

Letícia: Estela?! -me chamou, me tirando dos meus pensamentos. -Você me ouviu? Parece que está pensando em sei lá! No seu irmão, que eu digo que existe! Você faz essa cara quando eu te digo que tem um irmão.

Irmão? Será que Letícia tinha razão? Será que aquela conversa tinha algum sentido? Será que o lenço podia ser uma fralda de boca de bebê, que seja meu irmão? Talvez Letícia tenha razão, talvez um tenha um irmão e seus pertences esteja naquela caixinha. E talvez ele seja... Não!!! Espantei todas as possibilidades que se formavam em minha cabeça de eu ter um irmão e fiquei em Letícia que ainda "tagarelava".

Estela: Pode pegar a roupa que quiser. Você pode por favor usar o banheiro central? Eu também preciso de um banho.

Letícia: Okay. Vou pegar a roupa e sair. Você está mais estranha que o comum, você está bem?

O Idiota do meu Babá - Série Idiota - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora