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   Depois daquela conversa com a Letícia, não parei de pensar na hipótese do Henrique estar com ciúmes, e se ele estiver com ciúmes, qual é o motivo? Ele nem gosta de mim. Só briga comigo. Ele é o garota mais idiota da face dá terra. (Vocês perceberam que eu nem acho ele idiota).

   Depois de refletir muito sobre esse assunto fui fazer a coisa mais importante do mundo, comer. Ah, comer é tão bom! Comer é uma coisa maravilhosamente perfeita.

  Quando eu desci, lá estava Henrique, na sala.

Henrique: Oi. -ele diz assim que me vê.

Estela: Oi, está mais calmo?

Henrique: Não estava estressado.

Estela: Veio emburrado o caminho todo, nem me atormentou, não que eu esteja reclamando de você não ter me atormentado, mais você estava estranho.

Henrique: Não estava estranho. -ele fala ficando com a mesma cara que estava no carro.

Estela: Então tá, senhor Normal.

  Desisti de conversar com ele e vou para cozinha. Senti que seu olhar me acompanhava. Ele era um idiota mesmo, e eu odiava ele. Não tinha que me importar com ele. Se ele estava bem, tá bom, se ele estiver mal, tá bom, também. Não gosto dele e não me importo com ele.

   Chego na cozinha e pego um bolo e começo a comer. Se Laura me visse estaria encrencada.

Henrique: Estela? -ele aparece na cozinha e eu levo um susto por pensar que era Laura, e consigo ouvir sua risadinha. -Me desculpe por tratar você daquele jeito, sei que você só queria saber se estava bem. -diz com calma e sua face não escondia estar arrependido. Eu não me importa com os seus sentimentos.

Estela: Não, eu que peço desculpas por me intrometer na vida dos outros, principalmente na sua. Eu não gosto de você e não me importo com você. - digo e ele ergue sua muralha novamente, seu olhar volta a ser frio e eu nem ligo pra isso.

Henrique: Que bom que não gosta de mim, porque eu não gosto de você. -ele diz com firmeza.

Estela: Ótimo! Se quiser pode se demitir.

Henrique: Não vou lhe dar esse prazer. Irei "cuidar" de você até que seu pai diga o contrário.

Estela: Ok. -me aproximei dele e ele se afastou. -Farei que sua permanência seja mais desagradável possível! -dou um sorrisinho falso.

Henrique: Ótimo! -ele se aproxima mais de mim.

  Eu vou recuar mas ele me segura e me olha nós olhos e eu me perco naquele azul intenso, e eu poderia ficar ali por horas, sem me preocupar com nada, mas eu não sou assim.

Estela: Some imbecil. -falo recuperando a consciência.

Henrique: Agora a bruxa sabe fazer mágica de desaparecimento? -ele me provoca, e pode ter certeza, está conseguindo.

Estela: Não, mais com a minha vassoura eu faço um grande estrago na sua cara!! -eu já estava muito irritada com ele. -Quer arriscar ver?

Henrique: Não, mas essa proposta é tentadora, quem sabe outra hora! -fala e me deixa lá na cozinha.

   Garoto idiota, muito idiota, muito idiota mesmo, dá pra ter noção do quanto esse garoto é Idiota? E da pra ter uma noção do quanto eu odeio ele?

  Eu odeio ele tanto, mais tanto que nem dá pra explicar!

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  Depois que Laura serviu o almoço pra mim, só pra mim, eu subi para o meu quarto e lá estava o meu celular com três mensagens dá Letícia:

O Idiota do meu Babá - Série Idiota - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora