Adoption

Prólogo

Madison's POV

Sempre pensei em ter uma criança, ainda pequena nomeava cada boneca e as tratava como filhas, sempre tratei meus primos menores como filhos - mesmo não conseguindo os pegar no colo e nem fazer nada, pois eles eram quase do meu tamanho e eu não tinha forca - cresci e trabalhei como babá por anos, como sempre amei crianças, fiz faculdade de medicina e hoje atuo na área de pediatria, cuidando de zilhões de crianças por ano.

Mas a vida é engraçada, junto com esse amor por criança veio junto o poder de não poder engravidar. Descobri há um ano que não posso engravidar - confesso que foi o dia mais triste da minha vida - mas desde o dia que sai daquele consultório, minha mente não para de pensar na possibilidade de adotar alguma criança, mesmo que não seja minha de sangue, sei que sempre será minha de coração.

Austin's POV

Faz algum tempo que venho nesse orfanato, não para adotar alguma criança, mas sim porque sou o engenheiro que está cuidando do novo parquinho e dos novos quartos. Era um orfanato imenso, dói pensar que todos que estão foram abandonados, abusados, ou algo assim, é horrível saber que no meio da gente existem monstros que tornam isso capaz.

Há alguns dias venho observando um bebê - lindo e fofo -, todos os dias a cuidadora dele vinha passear com ele aqui onde estamos construindo, elas dizem que ele não tem nome, que cada um chama ele de um nome, e que tem oito meses, tão pequeno e tão abandonado. Sempre que ele chegava recebia a gente com uns gritos e gargalhadas, apesar de tudo, ele era sempre feliz - também, ainda era inocente demais pra entender alguma coisa que estava acontecendo.

Todos os dias penso em o levar comigo, mas isso não é tão fácil assim, são muitas regras e muito tempo. E também seria bem difícil sozinho, falam que preferem casais - mesmo que muitos solteiros adotem - o único problema seria esse, tenho uma renda boa, uma casa boa, tempo pra ficar com ele seria um outro problema, e não sei se estou pronto pra ser pai - mesmo querendo muito.