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Madison's POV

A gente foi até um Starbucks que ficava quase de frente dali e sentamos em uma mesa, pedi um Cappuccino de chocolate e ele pediu alguma coisa também, nos olhamos e demos uma risadinha.

— Bom, ele é um menino fofo não é? – perguntei sorrindo.

— Sim, e bem sapeca – ele disse em uma risada.

— Eu não pude falar não para aquela carinha de "me adota, por favor" – falei com voz fofa.

— E eu não posso deixar ele ser adotado por outra pessoa depois de tudo o que vivemos juntos.

— E o que exatamente vocês viveram? – perguntei curiosa e talvez com um pouco de ciúmes – sim, já sentia ciúmes do bebê.

— Ah, muitas vezes que ele foi até lá na construção, brincava com ele rapidinho, até outro vir e querer a atenção dele também, isso foi a nossa experiência de vida juntos – deu um sorriso meio que com uma risada – ok, esse sorriso dele é lindo.

— Ah, a nossa foi só hoje, 30 minutos juntos, acho que por convivência você ganhou, mas eu ainda não desisti dele.

— Bom, por que você quer adotar ele?

— Ah, porque eu já venho pensando em adotar já que eu não posso engravidar, então decidi ir hoje até o orfanato pra conhecer como funciona e conhecer alguns bebês, e ele foi realmente o que mais me deu vontade de levar pra casa. Todos lá merecem um lar, mas só senti uma vontade maior com ele, mas se eu pudesse daria família pra cada um ali – mesmo que talvez ficar ali fosse melhor que uma família pra alguns, porque lá eles são uma família.

— É, isso realmente é um ótimo motivo, e adorei tudo o que você disse, você tem bons pensamentos.

— Obrigada. Quais são os seus motivos? – me escorei na minha mão direita.

— Bom, eu sou um cara sozinho que sempre quis ser pai, mas ainda não achou alguém pra me dar essa oportunidade, então decidi fazer a vida de alguma criança melhor.

— Um ótimo motivo também, mas o meu acho que é melhor – tentei convencê-lo mas acho que não consegui.

— Olha, eu to louco por aquele menino, então acho melhor a senhorita e o seu marido, namorado não sei, procurar outro bebê pra começarem a família.

— Primeiramente, eu não tenho namorado e nem marido, sou solteira.

— Solteira? Sério? – ele me deu uma olhada de cima a baixo, corei.

— Sim, sério, por quê? – fiquei confusa com a olhada dele.

— N-nada. O que vamos fazer então? Decidiu que vai me deixar adotar ele? – ele se escorou nos braços se inclinando um pouco pra frente fazendo carinha de por favor, soltei uma risada.

— Acho que uma criança dessa não cuidaria bem de outra – ri baixo.

— Não sou criança madame, só estou apenas tentando te convencer – sorriu.

— Então, o senhor não conseguiu, eu ainda quero ele – dei de ombros e sorri convencida.

— Que bos... – ele ia completar, mas me olhou e ficou quieto.

Ficamos uns minutos nesse silêncio, até que ele me encara com uma cara pensativa.

— Você e eu queremos a mesma criança né? – concordei — Nós dois estamos solteiros, certo? – concordei confusa — Acho que eu tive uma ideia.

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