Adoption

🌙 17

Madison's POV

Austin tinha pegado a minha mão, assim, estávamos pulando juntos e às vezes atrapalhando um ao outro, mas nenhum tinha perdido ainda, chega a hora de atravessar a rua.

Ele me puxa rápido pela mão, e atravessamos correndo rindo. Chegamos à calçada de novo e começamos a pular novamente.

Algumas crianças riam da gente e começavam a brincar também, sozinhas.

Era bom despertar alegrias nas crianças, hoje em dias todas estão viciadas no celular desde cedo.

Por isso sempre que uma sai do meu consultório, dou pequenos brinquedos, ou explico brincadeiras, pra eles brincarem com os amigos e com as famílias.

Um carro passa com o volume no último, tocando Crying In The Club da Camila Cabello, nós dois começamos a dançar que nem dois idiotas enquanto ainda pulávamos as linhas.

Estávamos quase perto de casa – casa dele na verdade, não nossa – E nenhum de nós tínhamos perdido ainda, até que ele tropeçou em seus pés e pisou em uma linha.

— Opa Mahone, OPA OPA OPA. PARECE QUE ALGUÉM GANHOU AQUI – comecei a pular comemorando, procurando não pisar na linha, antes que ele fale algo.

Enquanto eu pulava, minha saia se levantou com o vento e eu a abaixei rápido com vergonha e ele riu da minha cara.

— Ninguém ganhou nada Baker, eu tropecei não valeu.

— Claro que valeu, para de roubar Austin – olhei séria pra ele — Não adianta, você pisou.

— Af ok Madison, eu pisei mesmo. Que saco, eu queria ganhar.

— Ninguém mandou ser uma barata tonta e tropeçar no próprio pé – bati na testa dele — Mongão.

— Barata tonta é sua avó – ele me mostrou a língua.

— Respeita a minha vózinha – olhei ele incrédula.

— A velha é viva? – ele me olhou rindo.

— Aham, as duas, e mesmo se estivesse morta, ai que você teria que ter mais respeito – bati em seu ombro.

— Meu Deus Madison, você tá muito agressiva hoje.

— Agressiva não, animada porque eu ganhei.

— EEEE PARABÉNS – ele falou completamente irônico.

— Besta – ri.

— Agora vamos andando normal, já está chegando mesmo.

— Perdeu bem perto de casa – ri.

Ele me puxou e me colocou em sua frente me abraçando por trás.

— Vai ser hoje? – ele escorou sua cabeça em meu ombro.

— Aham, outro dia vai ser complicado com o Arthur – ri.

— Ai papai, pega leve ok? – ele se inclinou e beijou minha bochecha.

— Vou pegar neném – sorri sapeca.

Chegamos em casa, ele ia se sentando no sofá.

— Vou só ir ao banheiro tirar essa roupa rapidinho, só sobe quando eu pedir ok? - o olhei.

— Ok – ele se jogou no sofá.

Subi e procurei nas minhas sacolas – sim, eu ainda não tinha arrumado no guarda – roupas – uma lingerie básica, porque eu não tenho aquelas super provocantes e nem nada.