🌙1

2.2K 160 32
                                    

Madison's POV

Depois de tanto pesquisar sobre adoção em sites da internet, resolvi criar coragem e ir até um lar de adoção. Primeiro pra saber como funciona e se posso dar uma olhada nas crianças!

Hoje era minha folga, então decidi ir até lá hoje mesmo, peguei as chaves do carro, entrei no carro e fiz meu caminho até o orfanato mais próximo da minha casa, que era enorme, então deve ter muitas crianças, coitadas ter que chamar um orfanato de casa.

Estacionei o carro em frente a entrada e fui até a recepção, me encaminharam até – acho que – a dona. Ela me explicou tudo e disse que tenho que trazer certos documentos e papéis, e assinar alguns papéis, e ai iriam até minha casa e viriam se eu estou apta a receber uma criança, checaria minha renda e tudo o que é preciso pra poder criar uma criança.

— Você disse que quer um menino, de até oito meses, certo? – ela disse se levantando e indo em direção à porta.

— Isso – sorri.

— Gostaria de ir até os berçários? – abriu a porta e sorriu amigável, ela é bem simpática, as crianças devem a adorar.

— Adoraria – a acompanhei até o "bloco" do berçário.

Até lá passamos por muitos lugares, ela sempre os descrevia e falava cada função de cada funcionário que passava pela gente. Finalmente chegamos no berçário e só se conseguia ouvir choros e gritos e risadas super gostosas de várias bebês espalhadas por todo o ambiente, não consegui segurar o sorriso, tantas preciosidades que foram colocadas aqui sem dó, ou até com dor no coração, mas não mereciam estar aqui, alguns ainda podem ficar aqui até ficarem de maiores.

Ela disse que era pra eu ficar a vontade e olhar quantos eu quisesse no tempo que quisesse e depois era pra voltar pra sala dela, concordei e comecei a explorar o pequeno e grande berçário, pequeno porque tem muita criança em pouco espaço e grande porque realmente era enorme.

Olhei muitos bebês, brinquei com alguns até que vi um bebê lindo, cabelinhos claros e olhos esverdeados, tão lindo, e parecia tão dócil do jeito que ele estava brincando com uma mulher – que suponho que seja uma cuidadora.

— Olá, bom dia – me aproximei dos dois sorrindo — Você trabalha aqui? – perguntei.

— Sim – sorriu amigável – Sou uma das cuidadoras do berçário, quer pegar ele?

— Sim, quero, ér... como é o nome dele?

— Então, ele chegou sem, dai cada um chama ele de alguma coisa – riu.

— Ah sim – ri e ela me entregou o bebê, sentei numa poltrona ali perto e o deixei de pezinho no meu colo — Você é muito fofo – ele "sapateou" nas minhas pernas e deu um sorrissinho, ai que vontade de morder.

Fiquei o encarando pensando num nome que seria bom, ele me olhou e fez "hm hm" e me encarou de volta.

— Acho que Arthur seria um ótimo nome pra você, o que acha? – sorri e o deitei, ele aninhou em mim e eu sorri mais — Acho que a gente vai se dar muito bem garotão – falei mesmo sem saber se iria ser ele mesmo que eu levaria comigo.

Depois de algum tempo brincando com ele e pensando em mais nomes, peguei meu celular para ver as novas notificações e vi que já tinham se passado 30 minutos desde quando peguei ele, meu Deus, eu perdi a noção do tempo, preciso ir falar com a moça que me trouxe aqui, acho que eu já tenho a minha escolha.

— Olha vou ter que te deixar aqui pra ir embora, mas eu juro que vou tentar te levar pra casa outro dia tá bom? – beijei a testinha dele e chamei a cuidadora novamente, ela caminhou até a gente e o pegou do meu colo.

— Você ficou bastante tempo, acho que gostou dele – riu.

— Sim, ele é incrível e muito fofo, eu amei ele, eu quero muito adotar ele – sorri.

— Então vai ter que entrar na fila – ouvi alguém atrás de mim.

Me virei pra ver se era alguém falando comigo, e acho que sim, pois ele estava bem próximo de mim, era um homem, não tão velho mas nem tão novo, uma barba nova crescendo, olhos verdes mas um pouco diferente, chuto um avelã, alto e cabelos castanhos com alguns cachos elevados – uau totalmente lindo.

Austin's POV

Fui hoje trabalhar decidido. Sim, vou adotar aquele bebê, conversei com a minha mãe, ela disse que se fosse o que eu realmente queria, ela iria adorar ser avó dele. Fui ao orfanato, decidi algumas coisas com os pedreiros e disse que precisava sair para resolver algumas coisas, que era pra eles se virarem ali sozinhos, aliás eu só observo e falo se tem algo errado, fui a sala da diretora e perguntei se podia dar alguma olhada nos bebês, ela disse que eu poderia ficar a vontade e me deu um sorriso enorme de gratidão quando disse que queria adotar algum.

Fui até o berçário já sabendo quem eu iria procurar, mas vi uma mulher diferente com ele no colo, que eu acredito não ser da equipe de cuidadoras, pois não estava usando o uniforme do orfanato, fui chegando mais perto calmamente pra tentar ouvir a conversa, e então ela entregou o bebê pra cuidadora que sempre ficava com ele e cheguei mais perto.

— Sim, ele é incrível e muito fofo, eu amei ele, eu quero muito adotar ele – ela disse sorrindo, merda – merda por ela querer adotar, e merda pelo sorriso lindo.

— Então vai ter que entrar na fila – disse atrás dela, mostrando que estava ouvindo a conversa, não posso deixar ela adotar, eu criei um carinho enorme por esse menino, ele é meu agora.

Ela se virou pra mim um pouco confusa, e começou a me encarar suponho que reparando em mim, fiz o mesmo. Longos cabelos castanhos claros e ondulados caiam pelo seu ombro, olhos também castanhos claros, um lindo sorriso, acredito que ela não tenha mais de 20, parece bem nova, sua voz é suave e perto de mim sua altura fica bem baixa.

— Foi comigo? – ela perguntou depois de alguns segundos de silêncio com as nossas análises um no outro, fui falar algo mas a cuidadora disse que precisaria levar ele para passear, nós concordamos e então nossas atenções voltaram um para o outro.

— Sim, foi com você, eu disse que vai ter que entrar na fila, porque eu também quero adotar ele.

— Eu vi primeiro – ela disse tentando ter isso como um argumento.

— Não, você não viu primeiro – dei uma risada baixa.

— E como você pode ter certeza? Quando chegou eu já estava aqui... – a interrompi.

— Eu trabalho aqui já faz quase um mês, e ele vai passear no local onde eu estou trabalhando todos os dias – sorri vitorioso e ela mordeu os lábios sem graça.

— Desculpa – riu fraco — Eu realmente não poderia adivinhar.

— Tudo bem – mais um silêncio entre a gente, porque na sala tinha muita conversa.

— Acho que a gente deveria sair daqui e ir pra algum lugar conversar sobre isso. Eu não desisto fácil!

— Ótimo, porque eu também não. – sorri e pude sentir a vontade dela de revirar os olhos.

AdoptionOnde histórias criam vida. Descubra agora