Capítulo 8

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- Sr. Frederico, já vou destravar o portão. (Disse a voz no interfone. Ele deve vir muito aqui, já sabem quem ele é só de olhar pela imagem gerada pela câmara de segurança.)

- Obrigada, Virgílio.

Logo em seguida o portão destravou, o Frederico empurrou e me deu passagem para que eu entrasse e entrou logo atrás de mim. Nossa! De perto a casa era mais linda ainda. Ele me conduziu até a entrada onde havia um homem nos esperando, estava de uniforme, supus ser um empregado e que era ele o dono da voz misteriosa. E eu estava certa, logo que ficamos mais próximos daquele homem, ele abriu a boca para cumprimentar o Frederico, parecia feliz em vê-lo. Logo depois perguntou:

- E essa bela jovem, quem seria? (perguntou o empregado ao Frederico.)

- Ah, claro. Esta é a senhorita Elisa, é uma amiga. Elisa este é o Virgílio, fiel amigo da família.

- Prazer, Virgílio. (Cumprimentei oferecendo a mão.)

- O prazer é meu, senhoriota. (Disse ele apertando minha mão.)

- Por favor, entrem. A senhora Luiza está aguardando na sala. (Disse o senhor, indicando com a mão a porta para que entrássemos. Quem será essa Luiza? OMG!! A casa é ainda mais perfeita por dentro, simplesmente, linda.)

Assim que entramos uma voz baixinha e de uma mulher com certa idade preencheu o ambiente.

- Frederico, meu querido! (Ele foi de encontro a ela, todo carinhoso e com um sorriso que ainda não havia visto, ela delicado, amoroso.)

- Oi, vovó. Estava com muita saudade da senhora. (O quê? Ela era avó dele?)

- E essa bela moça, é a sua namorada? (Fiquei envergonhada por está ali, ele é louco, não podia ter me trago para ver a avó dele.)

- Não, vovó. Essa é Elisa, apenas uma amiga, ainda. (Ainda? Tá louco, nada de ainda....tira seu cavalinho da chuva, cowboy!)

- Prazer em conhecê-la, senhora. (Disse com um sorriso amarelo de constrangimento.)

Me sentei em um sofá mais afastado dos dois, eles precisavam de privacidade e ali estava eu, totalmente deslocada. Eles conversaram uns minutos sobre a família, que alguém tinha ganhado um bebê, até que a avó dele voira e pergunta para ele:

- E você, meu querido. Quando vai tomar jeito, se casar e me dar um bisneto?

- Vovó, sabe que não é preciso se casar para ter filhos, né? E pra quê precisa de bisnetos meus, o André te dará bastante.

- Meu amor, não me venha com essa conversa de ter filhos sem formar uma família. E preciso de bisnetos seus, porque seus filhos serão tão belos e amorosos quanto você. (Amoroso? Coitada, não conhece o neto que tem.)

- Chega dessa história, a Elisa já deve estar entendiada com nossa conversa. (Me usando para escapar do interrogatório da avó dele, fdp.)

- Que isso, acho justo a sua avô querer o neto amado casado e com filhos. (Disse querendo mostrar para ele que não era legal me usar como desculpa.)

- Pois bem, tá querendo ser a mãe dos meus filhos? (Disse me olhando com um olhar que poderia me perfurar...acho que mexi com a fera!)

- Não é assim meu querido. Essa moça me parece ter fibra, para ser mãe dos teus filhos você terá que lutar bastante para conquistá-la. (Disse a avó dele, o que o deixou sem reação.)

- Muito bem, a conversa tá boa, mas precisamos ir. Vovó, fica com Deus, se cuida, semana que vem venho lhe visitar. (Disse abraçando a avó.)

- Está cedo, fiquem mais um pouco.

- Não podemos, vovó. Temos um compromisso, e o caminho é longo até lá.

- Está bem, aguardo você na próxima semana e minha querida, você pode voltar quando quiser. (Disse ela, dirigindo a última parte à mim.)

- Obrigada, quem sabe eu volto um dia. Foi um prazer conhecer a senhora. (Disse lhe dando um breve abraço.)

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