Capítulo 17

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- Bom, não começaram com o pé direito, mas creio que agora podemos consertar as coisas. (Meu irmão meu olhou com cara de reprovação, ele me tira do sério as vezes, poxa eu não fiz nada de errado, essa princesinha é que estava errada!) Deixe-me apresentar, meu nome é André Cavalcante e este é o meu irmão e sócio, Frederico Cavalcante.

Eles apertaram as mãos e ela se apresentou, finalmente descobri seu nome, Elisa! Mas ela nem fez menção de se virar e me cumprimentar, não vai ser fácil me deixar de lado princesa.

- Não vai pegar na minha mão, Elisa? (Disse estendendo a mão para que ela pegasse.)

- Claro, S.E.N.H.O.R Frederico.

Ela enfatizou o senhor para quê? Acha que eu vou tratá-la por senhorita? Ai princesinha, você não não vai me dizer como me comportar. Já meu irmão era o cavalheiro da família, imediatamente foi ajudá-la a se sentar. Ai meu saco!!

O metre apareceu para saber o que iriamos pedir, a princesa pediu e eu pedi logo depois dela, acrescentei um vinho ao meu pedido e não podia deixar de implicá-la.

- Traz o vinho Ferreira Porto Vintage, safra de 1978, a dama está precisando relaxar um pouco.

Ela me fuzilou com o olhar, sorri para ela, sabia que isso a deixaria possessa. André e Elisa começaram a fazer a negociação, fecharam 350 caixas por 10 mil reais, bem nesse instante o garçom aparece com nossos pedidos, decidi pegar o vinho e comemorarmos que fechamos o negócio.

- Agora que fechamos negócio, o vinho será para celebrar.

- Com certeza.

Respondeu meu irmão, acho que ele tava empolgado com a negociação, mas não entendo porque, já fechamos negócios muito mais vantajosos e ele não comemorou tanto. Elisa só olhou para ele e sorriu, será que ela gostou dele? Começamos a comer e meu irmão a perguntar com interesse para o que ela iria usar aquele material.

- Eu tenho uma fábrica de sapatos estilizados, eu faço o design e também tenho a loja onde vendo minha coleção. (Disse Elisa.)

- Resumindo, faz sapatos feios que mulheres ricas e fúteis compram para guardar de enfeite no closet!! (Não sei o que me deu, mas eu tinha que chamar a atenção dela para mim.)

- Frederico, o que há de errado com você? Tenha respeito com a senhorita! Elisa, por favor, aceite as minhas desculpas pela grosseria do meu irmão.

- André, não precisa se desculpar. Você está se comportando exemplarmente comigo, seu irmão é que não sabe ser civilizado com ninguém! Talvez precise ser educado novamente.

- Hum...Está querendo me educar, Elisa? (Perguntei com malícia)

- Eu? Não, meu querido. Como já lhe disse, meu tempo é precioso demais para ser gasto com você.

Meu irnāo estava todo desconcertado, me olhava com muita reprovação. Ah, fala sério, não fiz nada de errado até agora!

- Bom, já que acertamos tudo a cerca da minha encomenda, eu preciso ir. André, por gentileza, me avise quando o contrato estiver pronto para assinar, foi um prazer conhecê-lo e fazer negócio contigo. (Disse Elisa já se levantando e oferecendo a mão para o André, ignorando totalmente a minha presença.)

- Eu é que fico feliz por fecharmos negócio, espero vê-la muito em breve. Mais uma vez, desculpas pelas grosserias do meu irmão, e assim que o contrato estiver pronto, te ligo e marcamos a assinatura. (Disse André com um sorriso. O que há com meu irmão?)

- Oi pessoas, caso não tenham reparado, eu estou aqui e ouvi tudo o que disseram. (Disse isso com cara de ofendido.)

- Foi uma desprazer conhecê-lo, Frederico. Espero não voltar a vê-lo tão cedo, com licença.

Ela só pode estar louca se pode falar assim comigo e ir embora, não mesmo, vai ter que me aturar mais um pouquinho princesa.

- Espera, Elisa. Caso não se lembre, estou sem carro por sua culpa.

- E eu com isso? Me comprometi a te trazer para o restaurante, pegue carona com seu irmão, ou vá de táxi. Tchau! (Disse isso e se virou para ir embora, mas não deixei, a segurei pelo braço.)

- Não tão rápido assim. Para começar, você se comprometeu a me levar a um compromisso, para o qual não posso me atrasar. Depois, meu irmão não vai passar nem perto de onde eu preciso ir.

- Já disse, vá de táxi.

- Nada disso, acho táxi desconfortável, além de não gostar da forma como dirigem. Gostei de como você dirige.

- Meu Deus! Quando é que eu vou conseguir me livrar de você?

- Confessa, você não quer se livrar de mim. Acho que me quer mais perto.

- Olha aqui, seu imbecil. Posso até te levar aonde precisa ir, mas depois disso não terei mais responsabilidade para com você. E não se atreva a se aproximar de mim!

- Calma, princesa. Não vou me aproximar de você sem que você queira! Agora vamos que eu não posso me atrasar.

- Argh... Vamos, mas lembre-se das regras no carro.

- Pode deixar, me lembro de todas suas regrinhas infantis.

- N.Ā.O V.O.U M.E E.S.T.R.E.S.S.A.R C.O.M V.O.C.Ê!

- Ok.ok! (É melhor eu me acalmar, senão ela é capaz de desistir de me dar uma carona, de forma alguma eu quero que ela se separe de mim agora. Preciso descobrir porque me sinto assim com ela.)

- CUIDADO! Quer nos matar? Não deveria ficar me fantasiando nu enquanto dirige!

Essa garota estava pensando em algo muito impróprio, estava com uma cara lerda demais. O carro começou até a mudar a direção e tenho certeza que ela não estava nem se tocando disso, por isso tive que gritar para que ela voltasse para o planeta Terra, onde com toda certeza ela não estava naquele momento.

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