Capítulo 4

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André nāo fazia ideia do que fazer, notava-se de longe que ele estava constrangido pelas grosserias do seu irmāo.

- Bom, já que acertamos tudo a cerca da minha encomenda, eu preciso ir. André, por gentileza, me avise quando o contrato estiver pronto para assinar, foi um prazer conhecê-lo e fazer negócio contigo. (Disse já me levantando e oferecendo a mão para o André, ignorando totalmente a figura do Frederico ao meu lado.)

- Eu é que fico feliz por fecharmos negócio, espero vê-la muito em breve. Mais uma vez, desculpas pelas grosserias do meu irmão, e assim que o contrato estiver pronto, te ligo e marcamos a assinatura. (Disse ele com um sorriso tímido, sinto que ele se interessa por mim, mas não devemos misturar negócio com prazer. Além do mais, teria que aguentar esse babaca do irmão dele como "cunhado".)

- Oi pessoas, caso não tenham reparado, eu estou aqui e ouvi tudo o que disseram. (Disse o babaca com cara de ofendido.)

- Foi uma desprazer conhecê-lo, Frederico. Espero não voltar a vê-lo tão cedo, com licença.

Falei olhando diretamente para ele, me virei e fui caminhando em direção a saída do restaurante. Quando senti uma presença ao meu lado, logo em seguida a voz dele soa no ambiente.

- Espera, Elisa. Caso não se lembre, estou sem carro por sua culpa.

- E eu com isso? Me comprometi a te trazer para o restaurante, pegue carona com seu irmão, ou vá de táxi. Tchau! (Disse isso e fiz menção de sair, quando ele segurou meu braço.)

- Não tão rápido assim. Para começar, você se comprometeu a me levar a um compromisso, para o qual não posso me atrasar. Depois, meu irmão não vai passar nem perto de onde eu preciso ir.

- Já disse, vá de táxi.

- Nada disso, acho táxi desconfortável, além de não gostar da forma como dirigem. Gostei de como você dirige.

- Meu Deus! Quando é que eu vou conseguir me livrar de você?

- Confessa, você não quer se livrar de mim. Acho que me quer mais perto. (Disse ele já se aproximando.)

- Olha aqui, seu imbecil. Posso até te levar aonde precisa ir, mas depois disso não terei mais responsabilidade para com você. E não se atreva a se aproximar de mim!

- Calma, princesa. Não vou me aproximar de você sem que você queira! Agora vamos que eu não posso me atrasar.

- Argh... Vamos, mas lembre-se das regras no carro.

- Pode deixar, me lembro de todas suas regrinhas infantis.

- N.Ā.O V.O.U M.E E.S.T.R.E.S.S.A.R C.O.M V.O.C.Ê! (Disse quase berrando para ele.)

- Ok.ok!

Será que ficou com medo de mim? Duvido, ele tá com cara de criança que está aprontando algo. O que ele pretende? Nāo gosto disso, não gosto dessa sensação de algo estar prestes a acontecer.

- CUIDADO! Quer nos matar? Não deveria ficar me fantasiando nu enquanto dirige!

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