Busquei o que ela iria precisar para tomar um banho e dormir.
- Aqui estão as toalhas, trouxe uma camisa minha já que aqui não tem roupa feminina. No banheiro há produtos de higiene no armário.
- Pode deixar aí, obrigada.
- Precisa de algo mais?
- Não, isso é o suficiente.
- Então, vou dormir, qualquer coisa me chame. Boa noite.
- Boa noite.
Ouvi batidas na porta, uma, duas, três vezes, na quarta eu abri...Meu Deus! Não posso acreditar na visão que tenho, ela está muito sexy com cabelos molhados e vestindo minha camisa. Se segura, Frederico!
- Aconteceu algo? (Não conseguia tirar os olhos do corpo dela.)
- Não, só que acabei lavando os cabelos e no banheiro não havia secador, resolvi vir ver se você tinha. (Também notei que ela estava analisando todo o meu corpo.)
- Apesar de não usar, tenho um sim, vou buscar.
Fui ao banheiro buscar o secador, voltei e ela já estava dentro do meu quarto, parei de frente para ela, ela ficou sem jeito e começou a se justificar.
- Desculpa, achei a decoração bonita, por isso acabei entrando sem querer.
- Não precisa se desculpar, aqui está o secador.
Estávamos muito próximos, eu queria tomá-la em meus braços e fazê-la minha ali mesmo.
- Obrigada, vou logo secar os cabelos, está muito tarde.
- Se precisar de algo mais é só me chamar.
Tudo bem, boa noite.
Tive uma noite agitada, queria derrubar a porta do quarto dela e me enterrar nela, beijar cada parte do seu corpo. Quando finalmente eu consegui dormir, escutei alguns gemidos, será que está acontecendo algo, levantei assustado e fui até o quarto dela. Bati na porta.
Elisa, você está bem? Abra a porta, por favor. (Estava muito preocupado, e um tanto curioso.)
Ela abriu a porta, olhei dos pés a cabeça, queria ter certeza de que ela estava bem e também não podia deixar de ter o prazer de vê-la sexy daquela forma.
- O que foi Frederico, porque tanta urgência?
- O que houve? Você estava gritando e gemendo, pensei que estivesse passando mal ou sendo atacada por um tarado!
- Tá falando sério? Caramba, eu só tive um pesadelo, e me desculpe se eu te incomodei, mas como sabe, você que me prendeu aqui, essa hora estaria tranquila em casa. (Ela estava mentindo..)
- Desde quando gemidos tão sensuais são frutos de um pesadelo?
- Argh...Não perturba, aproveitando que você me acordou, vou me arrumar para ir embora.
- Espere...(fechou a porta na minha cara, que abusada!)
Fui para meu quarto, tomei dois banhos com água gelada, precisava me acalmar, preparei café e arrumei a mesa da varanda.
- Bom dia, novamente, vou indo, tenho muita coisa para resolver hoje. (Disse quase saindo em disparada para a porta.)
- Não vai me fazer a desfeita de deixar que eu tome café da manhã sozinho, ainda mais sabendo que preparei para você. (Ela parou e se virou para mim.)
- Agradeço a gentileza, mas como disse, tenho muitas coisas para fazer hoje.
- Eu também tenho, mas isso não impede que façamos nosso desjejum juntos.
- Argh...Você sabe ser chato e insistente. Tomo só um cafezinho rápido, preciso muito ir embora.
- Obrigado por me fazer companhia, Elisa.
- Não agradeça, anda, me serve logo o café.
- Não vai se sentar?
- Está bem.
- Para onde vai agora?
- Desde quando devo satisfação da minha vida?
- Pensei que uma noite de sono faria seu humor mais leve, mas pelo visto você é azeda antes e depois que dorme.
- Olhar pra você me faz ficar assim.
- Aproveitando a deixa, quem te deixou naquele estado mais cedo?
- Se fala do pesadelo, não me lembro mais. Pronto, terminei de tomar o café, agora vou embora, espero que as portas estejam destrancadas.
- Estão sim, pode ir, agora é um horário menos perigoso para se locomover sozinha.
- Obrigada pelo café e pelo jantar. Adeus!!
Ela foi caminhando novamente em direção a porta, mas não podia deixá-la ir assim. Segurei seus braços e puxei seu corpo de encontro ao meu, segurando-a de maneira que ela não consegue se soltar de mim.
- Ta louco? Me solta, anda! (Disse isso tentando lutar comigo para que a solte.)
- Shiiii...Não estou louco, mas você fica me provocando alguns rompantes. não me dê adeus ainda, eu sei e você também sabe que não acabamos.
- Não acabamos o quê? Não começamos nada, seu babaca!
- Ah, começamos sim. Tudo começou quando elegeu meu carro para bater. (Falei dando-lhe um beijo leve na orelha. Meu Deus, estou perdendo o controle.)
- Argh...Não escolhi seu carro, infelizmente acabei batendo no seu carro, Deus podia ter me feito bater no carro de uma pessoa normal e não de um babaca alucinado. Agora me larga!!
Dei-lhe mais um beijo na orelha e disse...
- Se engane o quanto quiser, mas você tá na minha.
A soltei, ela se virou e me deu um forte tapa na minha cara, deu para ver o desenhos dos seus dedos em minha bochecha esquerda. Por essa eu não esperava, mas confesso que fez aumentar meu desejo.
- Seu babaca, nunca mais encoste em mim, esse tapa é para você ter ideia do quanto estou na sua!
Ela foi embora, não podia detê-la. Que inferno, meu dia não vai ser nada fácil, preciso dessa mulher na minha cama.
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