Capítulo 13

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- O quê? Você tá louco ou bêbado, só pode! (O que esse cara tá pensando, não vou ficar aqui nem que a vaca tussa!)

- Sugiro que você se acalme, gritar não vai ser bom.

- Gritar não vai ser bom? Vou berrar até você abrir a porta para que eu vá embora. (Me levantei e caminhei até a porta pela qual nós entramos, ele veio logo atrás.)

- O que está fazendo? (Me perguntou assim que cheguei na porta.)

- Vou fazer todo barulho possível para que os vizinhos venham me socorrer! (Disse já dando socos na porta.)

- Para com isso, vai acabar se machucando. (Disse segurando meus braços.)

- Me larga, não me importo de me machucar, quero ir embora e vou.

- Se continuar gritando e alguém vim aqui verificar o que está ocorrendo, direi que você transou comigo feito uma louca e quando viu que eu não queria nada sério com você, ficou louca fazendo um escândalo para tentar me comprometer.

- O que você está pensando, seu babaca?! Quer tirar uma de gostosão com a minha cara?

- Olha, só quero que você passe uma noite segura, não vou fazer nada com você, já disse que só faria algo que quisesse. Então para de show e se acalma, dorme aqui esta noite e vai embora assim que amanhecer.

- Você é um babaca querendo se fazer de um cavalheiro, vai se ferrar e abre está porta.

- Continue fazendo esse auê aí, vou terminar meu jantar.

Disse isso, largou meus braços e foi caminhando em direção a sala de jantar. O que esse babaca está pensando? Quero ir embora, não vou ficar aqui! Bati e bati na porta e nada de aparecer ninguém para me socorrer. Me sentei escorando as costas na porta, tinha que dar um jeito de sair dali, ele não é meu pai, meu irmão e muito menos meu amigo para ficar tão preocupadinho com a minha segurança, sei me virar, já cheguei várias vezes de madrugada em casa.

- Está mais calma? (Disse ele entrando na sala onde eu estava.)

- Olha aqui, não sei porque disso tudo, mas não vou mais me desgastar com você. Onde fica o quarto? Preciso descansar.

Me olhou surpreso, não esperava que eu já estivesse menos raivosa. Nem eu pensei que estaria mais calma, mas estou muito cansada e tenho muitas coisas para fazer logo mais, já que passava da meia-noite.

- Bem, já que está mais calma, venha, vou lhe mostrar seus aposentos.

- Argh...para com essa frescura toda.

- Mulher azeda!

- O que disse? Azeda? O que esperava, passei o dia com um babaca e agora sou obrigada a passar a noite aqui porque você quer se fazer de bom moço.

Ele me puxou meu braço, de forma que bati meu corpo de frente para com o dele, segurou-me pela cintura me fazendo ficar colada nele, aproximou seu rosto do meu e olhando fixamente em meus olhos disse:

- Não preciso me fazer de bom moço, estou longe disse, simplesmente sou um cara responsável, estou apenas fazendo com que a senhorita azeda aqui fique segura por esta noite. Não me importo com o que faz longe de mim, mas não vou deixar com que corra riscos enquanto estiver na minha companhia.

A cada palavra que dizia, sentia sua respiração próxima de minha, seu hálito da sopa que havíamos tomado. O jeito forte com o qual me segurava me fazia sentir um arrepio gostoso pelo corpo, em dado momento já nem estava mais ouvindo o que dizia, estava delirando olhando para aqueles olhos sedutores. Assim que terminou de falar ele me soltou, no mesmo instante senti a falta do calor do corpo dele próximo do meu. Argh...não pensa nisso, nada deste tipo de pensamento, foca!

- Olha, não vou mais me exaltar, você não merece que eu me desgaste mais.

- Os meus ouvidos agradecem, agora me siga!

- Babaca! (Resmunguei.)

- Devo ser santificado por te aguentar, garota!

- O quê? Faça-me rir, eu é que tenho que ganhar o prêmio Nobel por ter aguentado a sua presença o dia todo. (Disse dando gargalhas sarcásticas para ele.)

- Se ficar me maltratando, vou deixá-la dormir no quarto de dispensa.

- Se atreva a fazer isso, arranco sua pele com água quente enquanto estiver dormindo!

- Pelo amor de Deus, você é doente com esses pensamentos psicopatas.

- Não tenha dúvidas de que faço isso, então não se atreva a fazer gracinhas.

Subimos as escadas, no topo dela havia mais uma sala, super confortável e muito bem decorada, passamos por ela, entramos em um corredor e paramos ao final dele.

- Este é o quarto no qual você passará a noite, e o meu este aqui do lado, qualquer coisa é só chamar. (Disse me mostrando as respectivas portas.)

- Não se preocupe, não o chamarei para nada, com licença.

- Tudo bem, mas mesmo assim vou pegar toalhas limpas e algo para vestir para dormir.

- Não se incomode.

Para com isso, sei que assim como eu está cansada precisando de um banho e uma boa noite de sono.

- Ok! Desisto. (Disse erguendo as mãos em sinal de rendição.)

- Daqui a pouco eu volto com as coisas que você precisa.

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