Capítulo 15

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Tento me recompor antes de abrir a porta, não quero que ele me veja nesse estado, passo as mãos pelos cabelos para tentar organizá-los o melhor possível, como são lisos, consigo domá-los mais rápido. Respirando fundo abro a porta.

- O que foi Frederico, porque tanta urgência? (Tentei disfarçar o máximo possível, como se nada houvesse acontecido.)

- O que houve? Você estava gritando e gemendo, pensei que estivesse passando mal ou sendo atacada por um tarado! (Meus olhos se arregalaram, não acredito que ele tem ouvido tudo.)

- Tá falando sério? Caramba, eu só tive um pesadelo, e me desculpe se eu te incomodei, mas como sabe, você que me prendeu aqui, essa hora estaria tranquila em casa. (Menti e tentei sair pela tangente.)

- Desde quando gemidos tão sensuais são frutos de um pesadelo?

- Argh...Não perturba, aproveitando que você me acordou, vou me arrumar para ir embora. (Falei e já fui fechando a porta.)

- Espere...(fechei a porta e gritei um sonoro, Tchau!)

Não acredito que sonhei com esses babaca, mas confesso que o sonho foi maravilhoso. Ainda bem que foi só um sonho, me arrependeria se tivesse rolador de verdade, ele é um babaca que deve ter um caderninho de conquista, nem de longe serei uma da sua lista. Ele foi respeitoso, não tentou invadir meu quarto e nem nada do gênero, mas isso não quer dizer absolutamente nada, homens sempre têm uma estratégia em mente para levar uma mulher para cama, e não vou dar esse gostinho.

Tomei um banho rápido, como lavei os cabelos ontem a noite, não foi preciso lavar agora pela manhã. Vesti a mesma roupa de ontem, claro, sem a calcinha, não repito roupa íntima suja! no banheiro encontrei escovas de dentes nova, isso só confirma minha teoria, ele é um "Dom Juan", peguei uma e fiz minha higiene bucal. Agora é hora de encarar ele de novo, e tentar fingir que ele não me ouviu gemendo enquanto sonhava com ele dentro de mim, haja cara de paisagem nessa hora. Desci as escadas, chegando na sala, vi que havia uma mesa posta na varanda, ele tá jogando todas suas cartas, deve pensar que vou cair na dele "Ah, que lindo, café da manhã na varanda.", vai sonhando! Ele estava de costas para mim, vestido com um terno muito bem feito, nota-se de que é de grife, sapatos social combinando com o tom do terno. Se ele já estava gosto de costas, imagine de frente! Argh...para com isso, dê tchau e vamos embora! Disse isso mentalmente para mim mesma.

- Bom dia, novamente, vou indo, tenho muita coisa para resolver hoje. (Disse me virando rumo porta.)

- Não vai me fazer a desfeita de deixar que eu tome café da manhã sozinho, ainda mais sabendo que preparei para você. (Me virei)

- Agradeço a gentileza, mas como disse, tenho muitas coisas para fazer hoje.

- Eu também tenho, mas isso não impede que façamos nosso desjejum juntos.

- Argh...Você sabe ser chato e insistente. Tomo só um cafezinho rápido, preciso muito ir embora.

- Obrigado por me fazer companhia, Elisa.

- Não agradeça, anda, me serve logo o café.

- Não vai se sentar? (Disse apontando para cadeira enfrente a ele.

- Está bem. (Me sentei e ele serviu uma xícara com café.)

- Para onde vai agora? (Me perguntou colocando uma colher com salada de frutas na boca.)

- Desde quando devo satisfação da minha vida?

- Pensei que uma noite de sono faria seu humor mais leve, mas pelo visto você é azeda antes e depois que dorme.

- Olhar pra você me faz ficar assim. (Tenho que fazê-lo entender que não conseguirá nada comigo.)

- Aproveitando a deixa, quem te deixou naquele estado mais cedo? (Me perguntou com aquele sorriso malicioso no rosto.)

- Se fala do pesadelo, não me lembro mais. Pronto, terminei de tomar o café, agora vou embora, espero que as portas estejam destrancadas. (Disse me levantando.)

- Estão sim, pode ir, agora é um horário menos perigoso para se locomover sozinha.

- Obrigada pelo café e pelo jantar. Adeus!!

Disse caminhando em direção a porta, mas quando de repente sinto aquelas mãos fortes me segurando. Ele puxa meu corpo de encontro ao seu, me segurando de forma que eu tendo me desvencilhar dele e não consigo.

- Ta louco? Me solta, anda! (Disse isso ao mesmo tempo que luto contra ele para que me solte.)

Ele se abaixa, estamos tão colados que sinto o calor do seu corpo, e se não estivesse tão ansiosa para ir embora, diria que estava conseguindo sentir parte do comprimento de sua ereção contra minhas costas. Ele aproxima seus lábios bem próximos do meu ouvido direito e diz...

- Shiiii...Não estou louco, mas você fica me provocando alguns rompantes. não me dê adeus ainda, eu sei e você também sabe que não acabamos.

- Não acabamos o quê? Não começamos nada, seu babaca!

- Ah, começamos sim. Tudo começou quando elegeu meu carro para bater. (Disse isso me dando um beijo leve na orelha, senti cada pelo do meu corpo se eriçar.)

- Argh...Não escolhi seu carro, infelizmente acabei batendo no seu carro, Deus podia ter me feito bater no carro de uma pessoa normal e não de um babaca alucinado. Agora me larga!!

Me deu mais um beijo na orelha e disse...

- Se engane o quanto quiser, mas você tá na minha.

Disse e isso e me soltou, me virei e dei um belo tapa em sua linda face, ele era branquinho, deu para ver o desenhos dos meus dedos em sua bochecha esquerda.

- Seu babaca, nunca mais encoste em mim, esse tapa é para você ter ideia do quanto estou na sua!

Corri em direção a porta, deixando a visão dele esfregando a bochecha, sentindo minha mão formigar pelo tapa que acabei de dar nele. Ficou parado, não fez menção de ir atrás de mim, mas estranhamente ele estava com uma cara satisfeita quando eu e virei para fechar a porta. Que visão mais excitante e estranha ao mesmo tempo, mas agora eu estava livre dele, podia pensar racionalmente novamente.

Vou para casa, preciso de roupas limpas e de uma calcinha. Minha agenda hoje está cheia, além disso, ainda tenho que cuidar dos pepinos que não pude resolver ontem pelo fato de ter passado o dia sendo motorista daquele babaca! Pensar nele me causa um misto de raiva, excitação e preocupação. Infelizmente, ainda tenho negócios com ele, não posso nem trocar de fornecedor, a empresa dele é a única que importa o material que preciso. Mas, felizmente, creio que não o verei tão cedo, devo resolver qualquer assunto com o irmão dele, o André.

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*Amores, desculpem a demora, mas sou uma pessoa "hiperativa", faço mil e uma coisa ao mesmo tempo, estou tentando me organizar para conseguir fazer tudo e não deixá-las na mão com novos capítulos. Este capítulo foi curto, mas não fiquem triste, até sexta posto o próximo capítulo, e se segurem, vai ser a versão do Babaca, Frederico!!

Encontro InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora