AMEDRONTADO - LIVRO 2 [COMPLETO] - Trilogia Irmãos Amâncio

35 - O PEDIDO TÃO ESPERADO DE NATIEL

Olá seus lindos!!! Mais um capítulo para apimentar nossa semana!!!

Enquanto estão lendo ouçam a música, que está no vídeo, no topo da página!

Excelente leitura! ;)

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– Hey Natalie – chamou-me Natiel, com a voz baixa e séria.

– O quê? – Fitei-lhe curiosa.

– Nunca mais teste o meu humor... Estamos combinados?

Eu estava confusa, com resquícios de um temor extasiante e cheia de expectativas. Sabia que ele não iria gostar que eu envolvesse outra pessoa no meio de uma conversa nossa, mas nunca pensei que ele agiria daquela forma exacerbada.

Estávamos já fora do clube, caminhando. Foi ao sair que percebi que o ambiente estava com um relativo número de pessoas... Algo esperado, visto que a banda Rubrum havia ensaiado; e todas aquelas pessoas haviam visto o espetáculo que Natiel e eu demos. Já podia ouvir as intimações de seu Milton mais tarde... Não me atentei tanto, mas deveria ter focado mais nos olhares das invejosas que estavam no Czar; aquelas que iam para o clube somente para ver o meu Natiel. Ah, mas elas não importavam, nem nada mais.

Ainda que eu estivesse menos irritada, não podia me calar diante daquele pedido, com tom de mandato. Eu sei que era verdade, mas não queria que Natiel se convencesse de que meu mundo girava em torno dele. Ele não tinha direito algum sobre mim e ele teria que entender isso.

– Não estava te testando – mantive a voz baixa. – Você não pode mandar em mim ou coordenar o que eu faço e com quem eu faço, Natiel.

Ele me olhou impressionado, diminuindo a velocidade dos passos. Eu me desviei dele, abaixando a cabeça, e continuei:

– Nós somos apenas amigos, nada mais.

– Amigos, Natalie? – Elevou um pouco a voz. – Pensei que essa fase já havia passado.

Olhei-lhe de súbito e perguntei:

– Passado? O que quer dizer?

– Nós estamos namorando, não estamos?

Confusa, tentei analisar sua expressão que não denotava nada de zombaria. Na verdade, ele parecia bem sério ao questionar.

– Namorando? – Arqueei uma sobrancelha. – Não me lembro de nenhum pedido seu.

– Não pedi? – Perguntou, confuso. – Eu estava certo de que conversamos sobre isso...

Como se só naquele instante eu tivesse notado o teor daquela conversa e seu significado, me sobressaltei e parei de andar, puxando-o pelo braço. Falei-lhe, sem o encarar:

– Você está dizendo que...

– Quer ser minha namorada... oficialmente? – Ouvi sua interrupção, em tom de voz brando.

Devagar dirigi meu olhar para o dele. Mais uma vez tudo o mais parecia não existir ou estava muito distante... Natiel sorria para mim e o brilho de seus olhos verdes estavam mais intensos. Eu não podia acreditar. Será que eu estava sonhando?

Fechei bem firmes os olhos. Tentei me concentrar e perceber a vida que me rodeava. No meu exterior pude ouvir o som de uma buzina de carro, outro que estava com um alto falante vendendo ovos e frutas, crianças correndo e rindo, um cachorro que latia de forma eufórica... Euforia! Consegui ouvir o batimento de meu coração, quase pude perceber todo o ciclo respiratório de meu organismo... Senti meus nervos trabalhando intensos, indo e vindo, da cabeça aos pés... Meus sentidos estavam tinindo. Podia sentir o perfume do Natiel e estava pronta para sentir o seu gosto novamente. ... Abri os olhos e me aproximei dele, que ainda ansiava por minha resposta. O puxei pelo pescoço e o beijei intensamente. Eu o amava tanto e mais a cada instante.