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Noruega, 10 de Novembro
Vénus

 Noruega, 10 de Novembro • Vénus

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- Por favor?

- Como queiras, faz o que quiseres. Não sou tua mãe. - Ripostei, farta de a ouvir.

Desliguei o fogão, visto ter terminado de cozinhar o jantar. Cansada de os ouvir a falar, a minha última palavra era a mesma para os dois e pedi que não me voltassem a chatear.

Que se desenrascassem. Será assim tão importante ir à festa e se insistia tanto comigo, para enviar mensagem ao Chris, decidi que era o que ia fazer. Talvez, fosse a única forma de se aperceber sobre o que se passava.

Não lhe desejava qualquer mal, mas era como qualquer outra adolescente, errar para abrir os olhos e ganhar mais noção.

Peguei no telemóvel, cedendo por fim a Chris e ás suas malditas condições.

@vénus.lucasg
Ganhaste Chris, faz lá o convite

@chrisschistad
Já estamos a falar melhor! O que te fez mudar de ideias?

@vénus.lucasg
Nada que te interesse

Como o meu apetite não andava nos seus melhores dias, adentrei na casa de banho, onde tomei um banho rápido.

Comecei a ouvir os gritos eufóricos da minha irmã, o que me levou a crer que tinha cumprido com a sua parte do acordo. Agora, sobrava para mim e necessitava de comparecer na festa. Será errado enganá-lo e não ir?

Pouco depois, os passos da Magna fizeram-se ouvir pelo corredor. Certamente se preparava e avisava as amigas do sucedido.

Não me lembrava dela assim.

A escolha por algo simples para vestir, era especialmente para não chamar á atenção. Não era o que pretendia ao ceder em ir á festa. Tudo para fazer a vontade à Magna e ter como olhar por ela. Alguém tinha que o fazer.

E esse alguém nunca seria o irmão mais velho, visto que tinha menos juízo que ela.

- Posso entrar?

- O que queres? - Perguntei rude, antes de lhe abrir a porta do quarto.

- Calma lá! - Adentrou no quarto, observando-me. - Nem acredito que te vou ver numa festa. - Suspirei, voltando a sentar-me ao espelho. 

- Vieste aqui para me chatear?

- Vim perguntar o porquê de estares tão parva para a tua família. - Olhei confusa para ele. - És  e estás sempre mal humorada. 

- Porque será? Vocês estão influenciados como todos os outros. Não tenho paciência para estas brincadeiras ridículas Jonas. Não sei como não conseguem perceber o que fazem. Humilham e ridicularizam as miúdas...

- Estar com raparigas mal faz de mim má pessoa. Namorar é perfeitamente normal nesta idade, Venus. Elas sabem no que se metem, são elas que nos procuram...

- Como queiras. Namorar é normal, não me vou opor a isso. Mas usar miúdas para ganhar fama? Pensei que fosses melhor que isso.

- Se te fizer dormir melhor à noite, fica a saber que só me envolvi sexualmente dessa forma tão desapegada duas vezes. E depois de acabar com a Eva. Nenhuma delas se queixou.

- Como queiras, Jonas. - Repeti-me. - Acredita, não me vou dar ao trabalho de te explicar o que é ou não errado. És crescido.

- A sério Vénus, não ando a distribuir sweatshirts como todos os outros. Ok, fiz duas vezes como te disse. Mas nunca mais fiz. - Foi a sua tentativa de explicar o inexplicável. - Tens que parar com isso...

- Não foi isso que a Magna me disse.

- A história das listas? Isso já existia quando entrei para o primeiro ano. Como aconteceu as duas vezes, fiquei logo com a fama. Nada fiz no último ano... Nem vou fazer.

- Logo no último ano é que ia ser diferente? Ainda por cima foste sugado para o grupo deles que só pensam nisso. Dos penetrators.

- Ainda sei pensar por mim, mas agradeço-te o sermão, Venus. - Encolheu os ombros.

Assim como eu.

- O Chris e o William começaram isso no primeiro ano. Chumbaram dois anos, dai terem a reputação que têm. Repetem pela terceira vez e última vez o terceiro ano. Têm popularidade e sim, uma longa lista.

- Começo a achar que esta festa é má ideia, mas pronto. - Peguei na mala, no telemóvel e sai do quarto. Tal como Jonas.

- O Chris está de olho em ti.

Encolhi os ombros, descendo as escadas para a cozinha. A Magna esperava-me no fim destas e transpirava ansiedade em sair de casa, pois ter pessoas já à sua espera.

Estranhei o que havia dito, até mencionar que duas amigas vinham de carro connosco. Peguei nas chaves e saímos de casa.

- Obrigada por isto, mana.

- É bom que tenhas juízo, sabes o que acontece naquelas festas. - Jonas alertou. - Tenta não te meter em problemas.

Estava surpreendida, mas aliviada por não ser eu a dar o sermão. Outra vez.

VANEDANNENDE  ➛   CHRIS SCHISTAD (A SER EDITADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora