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Vénus Garmendia
Noruega - Quarta, 22 de Novembro

Algo que começava a perceber sobre as pessoas da minha escola, era o facto de darem tanto valor ao grupo

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Algo que começava a perceber sobre as pessoas da minha escola, era o facto de darem tanto valor ao grupo.

No geral, cada pessoa tinha um grupo e desse grupo vivia. Refletia-se muito nas cinco raparigas que me integraram. Era um grupo de conversa no Instagram, o segundo no WhatsApp e ainda outro no Facebook.

Combinavam saídas, dormidas, festas e trocavam várias opiniões sobre vários e diferentes assuntos. Tinha sempre uma notificação desses grupos.

Umas vezes respondia, outras apenas ia ler e algumas até já ignorava.

A sala de estar estava escura, ouvia as respirações pesadas. Após relembrar as bebedeiras e alguns jogos da tarde e da noite anterior durante algum tempo, já me sentia inquieta.

Estava acordada há uma boa meia hora. Como a casa não era minha, quis que alguém acordasse primeiro e se apoderasse da cozinha.

Ao mexer-me no colchão, onde acabei por adormecer, senti um corpo atrás do meu. Chris adormecido.

Apontei a luz do telemóvel para a cara do rapaz. Lembrava-me das apostas, do jogo entre ele e os rapazes. E depois, de termos visto um filme. Cansaço e álcool a mais, dai termos adormecido.

No entanto, ele não se aproveitou. Ficou no seu canto do colchão, tal como eu. Nem sabia que ali estava, só percebi ao espreguiçar-me.

Como estava adormecido, podia admitir a mim mesma, que ele era uma pessoa bastante atraente.

Em todos os aspetos.

- Cuidado Vénus, não te apaixones.

Dei um pequeno salto, deixando cair o telemóvel na cara do Chris. Começou a reclamar, o que me fez rir.

Levei as mãos à minha cara, ouvindo-o ainda a processar. Não me controlei, as minhas gargalhadas eram altas. Ouvi-o a rir, apesar de um riso arrastado e um pouco ensinado também.

Apontou a luz do telemóvel para mim, o que me fez cobrir melhor o rosto. Ele baixou ligeiramente.

Ganhei coragem para o encarar, vendo uma expressão pacífica.

Involuntariamente, os cantos dos meus lábios formaram uma curva ligeira. Ele conseguia prender-me tão facilmente e de uma forma tão natural.

- Desculpa! - Murmurei baixo. - A culpa foi tua, assustaste-me. - Resmunguei, o Chris apenas me encarava.

- Para além de me teres aleijado, ainda me culpas? Sempre simpática.

- Bastante! Deixei que dormisses aqui.

- Adormeceste primeiro que eu! E não me mandaste embora... Portanto, sabes que querias. - Piscou o olho, mostrando o maldito sorriso.

- Nem te senti. - Deixei escapar. Quase automaticamente, a expressão do Chris tornou-se provocadora.

- Para a próxima certifico-me que sintas que estou a dormir contigo. - Ele sussurrou, mais perto de mim. - O que me dizes Vénus?

- Digo-te que está na altura de acordares! E já agora, podias fazer-me algo para comer. - Brinquei. - E depois pode ser que pense no teu caso. - Dito isto, captei a sua atenção.

- Estás a falar a sério? - Franziu a sobrancelha. - Estás só a aproveitar-te de mim, não é?

- Descobre por ti próprio.

O Chris resmungou, o que me levou a gargalhar mais uma vez. Sentia-me um tanto estranha, devido à boa disposição com que acordei.

Há dias que não estava tão bem, pois as discussões entre o meu pai e a Magna e todo o ambiente, não ajudavam.

A noite passada fez-me bastante bem, o ambiente era familiar, apesar de não os conhecer tão bem. Aos poucos consegui abstrair-me de tudo, começando então a soltar-me mais.

Nem precisei de beber, o facto de me sentir tão em casa foi o suficiente para ser eu mesma. E não a Vénus que veio de Londres há duas semanas.

- Como também estou com fome, vou levantar-me e ser um bom anfitrião. - O Chris levantou-se.

Levou a sua camisola, vestindo-a ao atravessar a sala. Pelo que pude ver, ele tinha dormido apenas em calções. Algo que me deixou tímida.

Isto porque não sei por nada. E porque, mesmo ao perceber, não me senti nada chateada ou desconfortável.

Começava a socializar com o rapaz, a deixar-me conhecê-lo. Mesmo que toda a escola tinha algo a dizer contra ele, a verdade é que demonstrava o contrário e por enquanto, bastava-me.

Não que tivesse com ideias de dormir com o Chris ou de desenvolver algo que me fosse arrepender. Pelo contrário, só o estava a conhecer.

Éramos amigos, tínhamos amigos em comum. Nada mais que isso. Era assim que ia continuar a ser.

- O que te apetece?

- Não sei, decide. - Voltei a sentar-me na bancada da cozinha.

- Vou surpreender-te com os meus dotes culinários! - Balancei a cabeça, demonstrando a falta de fé. - Juro, não vais querer outra coisa!

- Estou para ver isso. - Olhei para o meu telemóvel. - Tenta não queimar o meu pequeno-almoço.

- Vais arrepender-te de tanto duvidar de mim Vénus, garanto!

vénus.lucasg
it feels like I never left Norway

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📌 Norway

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Vamos apreciar o gif!!

VANEDANNENDE  ➛   CHRIS SCHISTAD (A SER EDITADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora