Ouvia a sua voz, a gargalhada e ainda os sons que fazia para provocar um dos rapazes que perdia.
Confesso que acabava a rir na cozinha, enquanto levava as cervejas, sumos e as taças com aperitivos para a mesa. Sabia que não estava a tentar ser indiferente, devido a estar tão animado.
Uma pessoa não consegue fingir tão bem indiferença ou não se mostrar um bocadinho incomodado. Simplesmente era mesmo indiferente.
Ao perceber isso, tentei fazer o mesmo cada vez que nos cruzávamos.
Era estranho, mas necessário.
- Hum... Acho melhor ajudares a tua namorada. - Comentei com Magnus, ao olhar para o jardim.
- Mas quem é que deixou a Vilde ficar perto da churrasqueira? - Isak fingiu-se em pânico. - Ainda vai queimar a casa, é melhor ires lá!
Empurrou ligeiramente o Magnus para fora do sofá onde estavam.
Sentei-me à mesa com Sana e Chris, tentando perceber do que falavam. Nas mãos de Chris, o seu telemóvel. Virou o mesmo para mim, mostrando o que se comentava da festa.
Algumas fotos publicadas pelos anfitriões da casa. Era uma vivenda das recentes. Espaçosa, onde inseriram um palco de DJ.
Assim como arranjaram o jardim para servir de pista de dança. Havia piscina e acessórios para mesma.
Com o quente do álcool, era previsível o que ia acabar por acontecer.
- É muito estranho Vénus?
vénus.lucasg You can tell my friends are over 📸
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📌 Norway
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Umas das primeiras notificações que recebi foi do Chris, o que me incentivou a procurá-lo pela sala.
Estava a olhar para o telemóvel.
- O que é que é estranho? - Relembrei a pergunta de Sana.
- Tu e o Chris. - Involuntariamente, voltei a olhar para ele. - Depois do que nos explicaste. - Encolhi os ombros ao encara-la novamente.
- Ele decidiu voltar à estaca zero.
Voltei a encolher os ombros, levantando-me da mesa. Caminhei até ao casal que cozinhava.
Comecei a tirar algumas hambúrguer e uns quantos bifes para o prato. Reparei que estavam a ficar escuros, visto que o casal fazia tudo, menos controlar. Pedi a Jonas que me ajudasse.
Era o único que estava agarrado ao telemóvel, quando adentrei em casa. Os pratos não eram suficientes para levar a carne toda.
Entreguei-lhe mais dois pratos, ficando encarregue de colocar pratos e talheres na mesa maior.
Eva levantou-se para ajudar.
Como já era costume, Noora e William estavam perdidos um no outro.
- É preciso fazer alguma coisa? - A voz do Chris fez-se ouvir. Já levantando, os nossos olhares cruzaram-se.
- Em princípio não.
Respondi-lhe simplesmente, pousando o último prato na mesa. Havia somente oito lugares na mesa. Claro que ficamos as seis sentadas, visto que fomos quem teve o maior trabalho.
Os rapazes discutiram entre eles, ficando Even e Youself na mesa. O que não foi grande problema para eles, que eram selvagens.
Sentaram-se no chão com comida nos pratos e uma lata de cerveja. Jogavam e comiam ao mesmo tempo.
Nada que já não esperasse.
Conversávamos animadamente entre todos, até que Eva deu uma pancada no meu corpo, entornando o sumo para as minhas calças de ganga.
Arrastei a cadeira para trás, o sentir o líquido gelado passar o tecido. Ouvi-a a desculpar-se entre risadas.
Levantei-me num ápice, observando a bebida a escorrer mais.
- Deixa-me limpar!
Pegou num guardanapo, tentando tirar a maior parte do sumo. Ao contrário do suposto, bocados de papel colaram-se à ganga das calças.
A rapariga começou a gargalhar ainda mais, tal como quem acompanhou tudo desde o copo a tombar.
- Deixa-te estar quieta! - Afastei as suas mãos das minhas calças.
- Desculpa!
- Só fazes porcaria Eva, devias de ter comido no chão connosco! - A rapariga riu-se sarcástica para Jonas, que voltou a rir da situação.
Acabei por me ausentar da sala, subindo as escadas para o meu quarto, onde pretendia tocar de roupa.
Tirei também a camisola de malha, visto que também tinha sido banhada e cheirava a Coca-Cola. Como o jantar só ia a meio, joguei pelo seguro e optei por algo mais pratico.
Deixei a roupa para a festa no sítio onde havia pousado antes, tirando uma camisola e umas calças largas da gaveta da cômoda.
Eva sempre a fazer desastres.
(...)
Hello kridas O que estão a achar da história mais à toa que já escrevi?
