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Noruega, 18 de Novembro
Vénus

Noruega, 18 de Novembro• Vénus

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[10pm]

- Como é que ela não está aqui?

- Não sei! A Magna disse-me que ia ter contigo, para se resolverem!

Passei as mãos pelos cabelos, sentindo que algo estava para acontecer. Algo de muito mau, um mau pressentimento. A minha mãe bem me tentou acalmar, ao perceber que estava nervosa.

Assim que falei com Magna por chamada, percebi que havia algo mais, visto que colaborou rapidamente com a ideia de conversar comigo.

Recusou um jantar, afirmando que os pais da amiga estavam a contar com ela e não queria desaponta-los.

Porém, fiquei com a sensação errada e tinha motivos para tal.

Tentei ligar-lhe. Ignorou.

Magna [10:12pm]
- Onde é que estás?
- Porra Magna, já és crescida! Esta birra não te vai levar a lado nenhum. Sê frontal, encara os problemas. Deixa-me ajudar-me a fazê-lo!

De seguida, ocorreu-me que podia estar com outros amigos. Liguei para os contactos que tinha.

Não havia sinais dela.

Entretanto, recebi uma chamada de Reya, a amiga que lhe deu casa, a quem mentiu como forma de agradecer. Não demorei a atender.

Disse-me que a Magna lhe tinha respondido, afirmando que estava bem e numa festa na cidade.

Agradeci-lhe, desligando a chamada.

Respirei fundo, antes de procurar pelos contactos, o nome do Chris.

- Difícil de resistir?

- Preciso da tua ajuda. - Ignorei o que havia dito, assim como o barulho alto e incomodativo da música.

- O que se passa? - Percebi que estava a andar, a música atenuou. - Podes falar, agora já não há barulho. - Ponderei se queria mesmo falar ou não.

Mas precisava de encontrar a miúda de quinze anos irresponsável.

- Quantas festas há na cidade?

- Hoje? Duas. Porquê? Interessada em saber em qual estou? - Aquele tom tão convencido mais uma vez.

- Estou a falar a sério! - Resmunguei, o rapaz apenas se riu.

- Pronto, afinal o que se passa?

- A Magna está numa festa. Tenho medo que se volte a embebedar... E que não corra tão bem como antes. Ela está revoltada e com a cabeça quente. Não a viste por aí Chris?

- Que me tenha apercebido não, mas posso tentar saber se esta noutra festa, tenho conhecidos lá.

- Podes, por favor, fazer isso?

- Sim Vénus, posso. Queres contar-me o que se passa ou não?

- Desculpa, é algo pessoal. Estás onde?

- Casa de férias de uns amigos. Posso enviar-te a morada e vens ter comigo, caso a Magna esteja por aqui.

- Não estou com muita disposição para festas e para as tuas brincadeiras Chris, é melhor não. - Ponderei, ligando mais uma vez o motor do carro.

- Dá-me um voto de confiança. Sabes o estacionamento do cinema?

- Sim...

- Vou esperar lá por ti. Enquanto isso, vou ligar ao pessoal. Vejo-te em breve, até já Vénus.

- Até já. E obrigada.

Desliguei a chamada.

Esperava que o Chris tivesse mesmo disposto a ajudar-me e não a empatar o tempo com os jogos ridículos.

Precisava de encontrar a Magna e fazer com que parasse com a fase revoltada e rebelde da sua vida. Tinha quinze anos, não podia lidar com as coisas assim. Os meus pais preocupavam-se.

Mesmo com discussões, sempre foram bastante próximos e unidos.

Irritava-me que fosse tão parecida comigo. Pois era primeira a desafiar os nossos pais, principalmente o homem e tirá-lo mesmo de sério.

Sempre foi uma característica minha.

Mãe [10:23pm]
- A Magna mentiu à amiga e foi a uma festa. Vou encontrá-la e meter-lhe juízo na cabeça, prometo

Nunca pensei que ao voltar de Londres, iria lidar com estes dramas.

Tanto familiares como adolescentes.

(...)

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VANEDANNENDE  ➛   CHRIS SCHISTAD (A SER EDITADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora