Parte 39

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Pov Sol

A luz batia forte no meu rosto me fazendo franzir o cenho, sentei na cama coçando o olho e erguendo os braços acima da cabeça. Olhei para o lado e vi a cama vazia, onde Lauren está?.

Fiz minha higiene matinal e desci as escadas segurando no corrimão. Fui na sala, cozinha e sacada. Porra, cadê a Lauren?.

Subi as escadas novamente e fui direto para o quarto de hóspedes, ela só podia estar lá.
Abri a porta lentamente e à vi deitada ao lado de Taylor. Lauren estava de barriga para cima como de costume e Taylor estava sob seu peito abraçando-à também. Me encostei no arco da porta e sorri, elas pareciam mãe e filha, não iria destruir essa cena acordando Lauren. Desci novamente e decidi fazer o café da manhã.

Pov Lua

-Laur, Laur, acorda. -Abri os olhos lentamente e vi os olhos verdes da minha irmã. -Você dormiu aqui?. -Perguntou franzindo a testa.

-Acho que sim. -Franzi a testa e estiquei meu braço para o criado mudo, tateando até encontrar meu celular. -Porra, 10hrs. -Gritei dando um pulo e Taylor se jogou na cama de novo.

-Pode descer, eu vou dormir mais. -Dei uma risada enquanto ia para o quarto meu e de Camila.

Cheguei no quarto indo direto para o banheiro. Fiz minhas higienes matinais e desci as escadas. Camila estava parada no meio da sala com o meu celular na mão, que?Meu celular?.

-Bom dia querida. -Me aproximei sorrindo e fui selar sua bochecha mas recebi um tapa no braço. -Ouch, por que você fez isso?. -Choraminguei.

-Bom dia o caralho, que porra é essa?. -Mostrou o celular e eu serrei os olhos pra tentar ler.

-Que isso?. -Perguntei tentando ler.

-Que isso?Você não tem nem vergonha na cara não é Lauren?Olha esse texto que mais parece um livro que a "Sua Lucy" te mandou, quase te pedindo em casamento, eu não acredito nisso. -Respirou fundo e mordeu o lábio inferior.

-Amor...

-Amor uma ova, amor o cacete, amor é a sua madrinha. -Eu ia rir mas ela me olhou furiosa.

-Deixa eu ver isso Camila. -Estendi a mão.

-Não, eu vou apagar. -Se virou.

Virei seu corpo de vez e tomei o celular das suas mãos correndo para o banheiro do andar de baixo.

-Lauren, abra a porta. -Gritou.

-Eu vou ler o que tem aqui, sai. -Gritei de volta e abri a conversa da Lucy.

Passo horas com seu nome na cabeça, e a incerteza cada vez aumenta mais. Tenho que te falar antes que eu enlouqueça, nessa hora o que a gente faz?. Lauren, meu medo é ficar sem você, tenho medo de te perder, pôr em risco nossa amizade, que sempre teve tanta cor. Não quero ser mais um problema espero que você possa entender, que eu não controlo esse sentimento, que o meu coração tem por você. Mas eu não consigo disfarçar porque isso é mais forte do que eu...Não quero e nem posso te cobrar por um sentimento que é só meu...

-Sua Lucy.

Abri a boca em descrença, mas que porra é essa?
Respirei fundo, isso estava passando dos limites. Abri a porta e Camila me olhou com fúria.

-Você vai fazer alguma coisa não vai?. -Perguntou.

-O que eu posso fazer?Já excluí o número dela e bloqueei, eu não posso desumar ela.

-Não seria uma má idéia. -Saí do banheiro e caminhei até o sofá.

-Eu simplesmente vou falar com Vero. -Sentei e fechei os olhos.

-Você não vai se meter naquilo de novo vai?. -Perguntou se aproximando.

-Eu preciso ajudar minha amiga Camz. -Ela respirou fundo.

-Eu devia matar a Lucy e dar o corpo dela pros animais comer. -Soltei um riso.

-Ela não vai chegar perto de mim, muito menos de você, vem aqui, já posso te tocar?. -Perguntei estendendo minha mão.

-Não, ainda estou com raiva por causa dessa mensagem ridícula. -Cruzou os braços.

-Por que você estava mexendo no meu celular mesmo?. -Franzi a testa.

-A mensagem chegou, eu não ia nem ler, mas aí eu vi o nome da Lucy. -Respirei fundo. -Garota doente da cabeça. -Resmungou olhando para a porta.

-Camila, vem aqui. -Ela negou. -Porra vem logo.

-Não me xinga. -Franziu a testa.

-Você me xingou hoje já umas 10 vezes e eu não reclamei, agora vem aqui logo. -Ela levantou a cara olhando para o teto, me levantei um pouco e à puxei pela cintura.

-Sai Lauren. -Deu um gritinho.

-Me dá bom dia da forma que eu mereço, anda. -Fez um bico de birra. -Não me faça te forçar, e se você fizer forçado eu vou...

-Cala a boca. -Falou alto. -Bom dia amor, desculpa tá?Não vou te xingar mais. -Fiz uma careta. -O que?.

-Não estou muito satisfeita com isso. -Ela revirou os olhos e selou nossos lábios. -Agora estou 80%. -Ela soltou um riso.

-Onde estão os copos e pratos?. -Ouvi Taylor falar da ponta da escada.

-Na cozinha talvez?. -Perguntei como se fosse o óbvio.

-Digo aqui na sala, a discussão de vocês dá pra ouvir lá de cima. -Soltou un riso.

-É que a tua irmã fica conversando com as vagabundas. -Disse Camila me beliscando.

-Vagabundas?Isso está no plural. -Resmunguei.

-Então você confirma que tem as vagabundas?. -Taylor disse e Camila riu, revirei os olhos.

-Não quero falar com vocês mais, na verdade eu não quero falar com ninguém, eu vou dormir. -Empurrei Camila para sentar no sofá e me levantei.

Senti sua mão me puxar pela barra da camisa me fazendo sentar novamente no sofá, seus braços abraçaram meu pescoço e suas pernas foram para cima das minhas coxas.

-Você não vai para lugar, nenhum. -Disse me olhando nos olhos.

-Verdade, vai ficar aqui aturando a gente. -Taylor disse me fazendo sorrir.

-Sério?Pensando bem eu preferia ter morrido mesmo. -Brinquei e Camila fechou a cara.

-Credo Lauren, não brinca com isso, palhaça. -Me empurrou e se encolheu no canto do sofá olhando as unhas.

-Só foi uma brincadeira. -Disse com uma voz triste.

-Não importa. -Ela e minha irmã falaram ao mesmo tempo.

-Misericórdia. -Resmuguei olhando pra baixo. - Desculpa.

-Só não repita, se não vou meter o capacete na sua cabeça. -Taylor disse e eu sorri.

-Tá bom. -Dei um sorriso labial. -Não me importo. -Dei de ombros e Camila revirou os olhos.

-Vamos comer, eu tô com fome, fiquei tempo de mais esperando vocês. -Camila levantou, parou no meio do caminho e voltou correndo se jogando no meu colo -Oi. -Soltei um riso nasal.

-Oi, vai brigar comigo?. -Fiz um biquinho.

-Não, esqueci de te beijar. -Sorriu.

-Como esquece de beijar a própria namorada?. -Falei incrédula.

-É que as vezes me dá vontade de te jogar de uma dessas sacadas, ainda bem que eu tenho opções de altura. -Abri a boca incrédula. -Mentira, eu te amo. -Puxou minha nuca selando nossos lábios.

-Eu amo você. -Ela sorriu e me beijou.

-O café casal. -Ouvi Taylor gritar, Camila e eu sorrimos e nos levantamos.

Estava Escrito(CAMREN)Onde histórias criam vida. Descubra agora