Capítulo 2

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N/A: Boa noite,amores!!! Era para ter postado, mais cedo mas não consegui devido a correria. Espero que gostem do capítulo.

Beijos, Jull

Capítulo 2

Em um quarto no andar de cima, uma morena esguia se sentava na sua cama, com os joelhos levantados e os braços ao redor deles, sobre os quais apoiava o queixo.

Gabi Jordan amava St. Margareth. Ela era uma garota esperta que sempre foi excelente na escola. Ela aprendia fácil e o ambiente um tanto quanto recluso do colégio interno era bom para ela. Mesmo que não fosse muito exuberante, preferindo ser uma observadora a uma participante, ainda assim ela fizera bons amigos ali e não podia negar que gostava da escola.

Mesmo depois da morte dos seus pais, em um trágico acidente de carro na Itália, ela notou que a rotina e a vida regrada de uma aluna de colégio interno, em conjunto com o apoio dos seus professores, seus amigos e suas família, ajudara imensamente durante os meses que passou lamentando a perda dos seus muito amados pais. O fato de que o melhor amigo do seu pai e colega de negócios, Theo Crawford, agora era seu guardião legal, não foi uma surpresa, visto que seus pais haviam discutido em detalhes o que aconteceria caso morressem prematuramente.

Gabi conhecera Theo por metade da sua vida, e tinha uma certa paixão por ele pelo mesmo tempo. À medida que sua tristeza diminuía, ela começou a fantasiar sobre como Theo passaria a amara, não apenas como a garota sob sua custódia, mas como mais, muito mais. Mas enquanto o tempo passava, ela percebeu que para que ele se apaixonasse por ela, ele teria que passar mais de cinco minutos em sua companhia uma vez na vida e outra na morte. Mesmo nas raras ocasiões em que ocupavam o mesmo espaço, ultimamente Theo era pouco mais que educadamente solícito, mal parecendo notar que a garota magrela e sem jeito para quem costumava ter tanto tempo estava se tornando uma bela e curvilínea mulher. Nada que ele fizesse parecia ser capaz de chamar sua atenção, muito menos agitar suas emoções.

Bem, ele estava pensando agora, ah sim, agora que ela finalmente estava começando a se soltar e se divertir, aqui estava ele, conversando com a senhora Cooper no seu escritório, enquanto os dois sem dúvida planejavam como arruinar sua vida. Ela sabia que ele chegara porque sua amiga Sofia havia mandado uma mensagem contando a novidade. Várias das garotas estavam esperando por ele, sabendo que Gabi estava ferrada e que seu guardião teria que ser chamado. Ele não costumava vir em Sussex, mas quando vinha, ah cara, as garotas passavam um pouco mais de gloss e subiam as saias de forma ridícula, trocando seus tênis por saltos.

Foram suas amigas, Amy e Sofia, que finalmente convenceram Gabi que ela precisava parar de devanear sobre algo que sabia, no fundo, que jamais teria apenas a diferença de idade já era um obstáculo praticamente instrasponível e começar a procurar algo que fosse possível. Uma vez libertada, porém, ficou claro que Gabi não era uma garota de meias medidas, e ela logo ultrapassou suas duas amigas no quesito mal comportamento. Resumidamente: Gabi rapidamente passara de uma estudante comportada e dedicada para uma garota selvagem, sexy e festeira, bebendo demais, experimentando drogas, e flertando descaradamente com homens menos que apropriados.

E ali estava o ponto que tanto havia incomodado e consternado Theo, mas nesta área seus temores eram infudados: apesar de anos de clube de equitação e cavalgadas terem colocado uma certa pressão sobre seu hímen, tecnicamente ela ainda era virgem, mesmo que seu comportamento cada vez mais fora de controle parecesse confirmar o oposto.

Gabi não podia deixar de imaginar como seria se seus pais houvessem sobrevivido. Ela tinha certeza de que teria seguido outro caminho, um muito mais de acordo com as expectativas dos seus pais e professores. Ela imaginava, também, se teria visto mais ou menos de Theo do que via agora. Parecia improvável que fosse menos, porque como parceiro de negócios do seu pai ele fora um visitante frequente quando ela era uma criança, mesmo que estando na escola na maior parte do tempo e com seus pais sendo viajantes incansáveis, tanto a trabalho quanto por prazer, significasse que suas interações com Theo, como eram, geralmente ocorressem apenas durante as férias escolares.

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