Capítulo 15

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Capítulo 15

Gabi decidiu tomar um banho. Uma vez que o dia estava quente, novamente, ela vestiu um top azul que se prendia às suas curvas e shorts jeans cortados minúsculos que, quando ela se inclinava, deixava uma área de bom tamanho do seu traseiro exposta.

Uma hora depois, aproximadamente, ela estava deitada de bruços na cama, encarando as páginas do livro grosso diante de si. Não importava o quanto tentasse, ela apenas não conseguia se concentrar nas consequências políticas da anexação da Bósnia-Herzegovina e o subsequente assassinado do Arquiduque Ferdinando, que levou ao começo da Primeira Guerra Mundial.

Luna tinha chegado da sua reunião matinal pouco tempo atrás, entre gritinhos de "amor" e "querido". Gabi sabia que aquele pedaço de fio dental quebradiço, junto com seus peitos de plástico desproporcionais, estaria se jogando sobre Theo como se fosse uma roupa barata. Agora ela não conseguia ouvir mais nada e imaginava que Theo havia levado Luna para seu escritório, justamente para que não os ouvisse. Ela estava feliz que não tivessem ido para o quarto dele, porque Luna gritava, e ter que ouvir aquilo definitivamente faria Gabi ir para a rua. Ela imediatamente colocara seus fones de ouvido e ligara seu iPod, por via das dúvidas.

Naquele momento, seu estômago decidiu fazer sua presença ser notada e ela se perguntou se seria seguro ir até a cozinha. Ela tinha certeza de que aquele era o único lugar onde nunca encontraria Luna, que inegavelmente correria de qualquer possibilidade de sujar suas roupas de alta costura de comida, ou então ter um pedaço de qualquer coisa debaixo das suas garras brilhantes de acrílico. Tirando seus fones de ouvido, Gabi escutou atentamente por um instante, antes de sair do quarto e descer a escada, descalça.

Chegando ao primeiro andar, ela foi direto para a cozinha e começou a preparar uma omelete simples de queijo e presunto. Com seu iPod berrando sua playlist dance, Gabi girou pela cozinha, pegando ingredientes da geladeira, e começou a picá-los e misturar tudo. Enquanto ela pegava uma frigideira de um dos armários mais baixos, ela subitamente percebeu uma sensação de formigamento na pele e soube que Theo estava atrás dela.

Ela girou, com a frigideira na mão, para vê-lo apoiado contra o balcão, de braços cruzados, a encarando com uma expressão estranha, quase dolorida.

— Nossa, você me fez dar um pulo — Gabi arfou, colocando a mão livre no peito.

Arqueando uma sobrancelha, Theo continuou a encará-la, seus olhos passeando do seu rosto para seus seios, que mal estavam cobertos pelo seu top, deixando sua barriga exposta onde um piercing com uma pedra azul era visível e descendo para o pequeno short. De lá, ele deixou seu olhar seguir pelas pernas aparentemente sem fim de Gabi, até chegar aos seus pés descalços. Sem conseguir se conter, ele então subiu o olhar lentamente, até encontrar os olhos dela.

Theo franziu a testa. Ele queria perguntar se ela estava sendo provocativa de propósito, se estava tentando lhe dar um ataque cardíaco, ou talvez, mais acertadamente, causar sua morte através de uma total falta de sangue no cérebro, causada pelo fato de seu sangue ter tomado residência permanente em uma área específica do seu corpo que não era nem um pouco próxima da sua cabeça... Pelo menos, não da cabeça nos seus ombros.

Ele havia deixado Luna no seu escritório, onde ela cochilara no sofá pegar um voo noturno fazia isso com as pessoas e ele decidiu pegar uma Coca da geladeira, apenas para ser confrontado pela visão da bunda fenomenal de Gabi balançando pela cozinha. Ela ainda não o havia notado enquanto ele contornava o balcão. Exatamente quando ela se inclinou para pegar uma frigideira em um dos armários, ela lhe deu uma visão das suas curvas traseiras praticamente nuas e expostas de forma pecaminosa.

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