Capítulo 13

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N/A: Feliz dia dos pais, amores! 

Beijos, Jull

Capítulo 13

Theo caiu pesadamente na cadeira atrás da sua mesa, se inclinou para frente para colocar os cotovelos na superfície polida, e afundou o rosto nas mãos.

Quando ele ouviu as garotas saindo, tinha ido à cozinha pegar mais uma xícara de café e viu o pacote de cereal aberto sobre o balcão. Ele estava prestes a fechá-lo quando decidiu experimentá-lo e porra, isto é delicioso! Enfiando a mão no pacote novamente, ele ficou surpreso ao ouvir Gabi falar ele pensara que ela demoraria muito mais para se despedir das amigas e ficou mortificado por ter sido pego.

Decidindo ignorar seu comentário e sua vergonha, ele apenas exigiu sua presença imediata na sua sala e saiu da cozinha.

Mas agora ele se via temendo o momento em que ela se apresentaria e teriam que realmente começar a conversar. Na noite passada ele teve tempo mais que o suficiente para pensar no que diria. Enquanto o tempo passava e a noite se transformava em manhã, ele se viu cada vez com mais raiva, um sentimento que não era nem um pouco equilibrado pela segunda emoção que ameaçava se sobrepor à sua fúria crescente: preocupação.

Quando os primeiros sinais do amanhecer começaram a clarear o céu, todo tipo de cenário terrível começou a entrar em sua mente cansada e receptiva demais: o táxi delas envolvido em um acidente, bebidas com drogas, elas serem estupradas por um taxista não licenciado, sequestro por comerciantes de escravos e serem vendidas como escravas sexuais...

Theo tinha consciência de que seus medos estavam se tornando cada vez mais irracionais, mas o pensamento de qualquer coisa ruim acontecendo com elas... acontecendo com Gabi, era intolerável, então quando ele ouviu o som das garotas tropeçando e rindo, seu alívio foi extremo. Mas então, como acontece com essas coisas, seu alívio se tornou fúria. Eram quatro horas da manhã, elas estavam claramente bêbadas e provavelmente intoxicadas por outras substâncias, desta forma se tornando vulneráveis a todo tipo de predador humano.

Foi infelicidade que, enquanto Theo sentia sua raiva crescer novamente, Gabi escolheu aquele exato momento para entrar na sala e se acomodar na cadeira do outro lado da sua mesa.

Theo passou as mãos pelo rosto lentamente e as deixou cair sobre a mesa. Ele encarou Gabi em silêncio, notando sua posição defensiva. Seus braços estavam de novo cruzados sobre seu peito, sua expressão mal-humorada enquanto ela encarava algo logo acima do seu ombro direito, e aquelas longas, longas pernas estendidas à sua frente enquanto ela se acomodava na cadeira.

Ele precisava admitir que, apesar da sua pose inelegante e comportamento truculento, era impossível ignorar sua beleza e sensualidade natas. Com seu cabelo escuro de um tom rico preso em um rabo de cabelo, suas bochechas esculpidas, nariz e queixo delicados em um rosto em formato de coração, estavam em destaque. Quando você acrescentava o par de olhos mais expressivos cor de cinza, tudo isto combinava para fazer com que ele se lembrasse da observação de Mr. Darcy em Orgulho e Preconceito: "Estive meditando no prazer que nos pode dar um par de belos olhos no rosto bonito de uma mulher".

— Posso estar errada, mas tive a impressão clara de que íamos conversar.

Theo foi arrancado dos seus pensamentos pela interjeição sardônica de Gabi e estreitou os olhos para ela.

— De fato, Gabriela. Me perdoe a procrastinação, mas estou tendo alguns problemas para saber como começar. — Theo respondeu, um pouco mais seco do que era sua intenção.

Gabi olhou para os pés, se esforçando para não mostrar como a frieza de Theo a feria. Ela respirou fundo e, se controlando, o encarou, com um brilho de aço no olhar, antes de se inclinar para a frente.

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