Capítulo 11

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Capítulo 11

Os ouvidos de Gabi estavam zunindo e ela conseguia sentir a batida da música vibrando no seu peito enquanto ela dançava acompanhando o ritmo. Como em um trance, com as mãos juntas acima da sua cabeça, puxando seu vestido para cima ao ponto de indecência, sua pele brilhando com o suor, Gabi se movia junto ao ritmo pulsante, de olhos fechados e lábios entreabertos. Em meio à massa de humanidade aglomerada no Ministry of Sound de Londres, a dança sensual e hipnótica de Gabi, assim como os flashes da sua calcinha, não tinham passado despercebidos, e um número de jovens homens se reunia ao redor das três mulheres, como urubus circulando um cervo recém-nascido, esperando pelo momento em que as garotas cairiam naquele estado de intoxicação que as transformaria em presas fáceis.

De fato, vários homens haviam forçado seu caminho para o pequeno grupo de Gabi, imaginando que suas tentativas de dançar mais e mais perto fossem sutis e espertas.

Na verdade, as três garotas estavam se sentindo um pouco inebriadas, tendo consumido uma garrafa de vinho durante o jantar, seguida por vários coquetéis antes mesmo de chegarem ao clube, onde dividiram uma garrafa de champanhe assim que chegaram. Porém, a esta altura, elas já estavam dançando há algumas horas e, levadas pela sede, não haviam bebido nada mais forte que água; então, apesar das aparências, elas estavam bem mais alertas ao que se passava ao seu redor do que aqueles que estavam em volta poderiam pensar.

A música mudou para uma que nenhuma das garotas parecia gostar, então elas se viraram para deixar a pista de dança, evitando cuidadosamente as várias mãos e tentativas dos homens reunidos. Passando pela multidão, elas seguiram para a área VIP, para a qual haviam ganhado acesso mais cedo por cortesia do primo de Amy, Bob, que era um dos DJs regulares do clube. Lá, elas encontraram sua mesa e se deixaram cair, exaustas, nos assentos vazios, onde Gabi pegou seu celular para olhar as horas. Se lembrando que o havia desligado mais cedo depois de ver a ligação de Theo, ela decidiu deixar as coisas como estavam e o colocou de volta na sua bolsa.

— Que horas são? — Ela perguntou, interrompendo Sofia e Amy, que estavam discutindo um cara gostoso que haviam visto do outro lado do espaço.

Olhando ao redor, Amy olhou seu relógio e ofegou.

— Merda, já é mais de três e meia. É melhor irmos, senão não vamos ter a menor chance de pegar um táxi.

Gabi e Sofia assentiram e elas rapidamente pegaram suas bolsas e começaram a atravessar a área na direção da escada.

— Ei, garotas, não estão indo embora, estão?

As três garotas se viraram e viram o cara gostoso que Sofia e Amy estavam encarando instantes atrás. Ele foi até elas, sorrindo enquanto deixava seus olhos correrem por cada uma delas de uma vez.

Gabi falou primeiro, menos extasiada pelo seu interesse óbvio.

— Hmm, não... Só estávamos indo ao banheiro. Sabe como é, mulheres sempre têm que ir juntas! — Ela deu uma risadinha, olhando para ele. — Não saia daí, nós já voltamos.

Ela se virou para as amigas, que agora estavam olhando para ela como se tivesse anunciado que ia se tornar mórmon.

— Vamos, estou explodindo. — ela exclamou, discretamente cutucando Amy, que estava mais perto, nas costelas.

— Ooookay. — ela respondeu, dando um olhar confuso para Gabi, mas sem discutir.

Gabi foi na frente enquanto desciam as escadas e, sorrindo rapidamente para o estranho, Amy e Sofia a seguiram.

Entrando na inevitável fila para o banheiro feminino, as duas garotas giraram Gabi e a encararam.

— O que foi tudo aquilo? Nós vamos subir de novo? Pensei que queria pegar um táxi. — Sofia perguntou.

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